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A Casa da hera - Número 30

Yochanan


Senhorita Irises, bons olhos a vêem com saúde. - disse o Prior fazendo uma leve vênia com a cabeça. - Estou por partir em viagem por alguns dias, e como conversamos aquele dia na tasca, venho oferecer um lugar no grupo para o Celinho, se ele quiser nos acompanhar. - agregando em seguida - Com o vosso aprouver, é claro.

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Celinho


Celinho ouve as palavras do tiuoo Yoch e sorri.

Puxa a a barra da saia da mãe e diz:

Deixa deixa deixa deixa deixa deixa manheeeeee. Diz enquanto pula todo euforico
Irises


Vendo a alegria de Celinho, empolgado em viajar com os cavaleiros, Irises não conseguiu negar o convite.
Agradeceu pela oportunidade para que Celinho conhecesse mais do Reino, além de conviver com o seleto grupo da Ordem.

Depois de fazer todas as recomendações para Yochanan, que escutava com um sorriso complacente, foi buscar e entregou a Celinho um cobertorzinho, gorros extras, o cavalinho que ganhara de Aodh, para lembrar-se de casa... Ainda pegou uma folhinha de hera e colocou discretamente dentro de um dos gorrinhos, seria uma surpresa quando o pequeno fosse vesti-lo.

Ficou observando os preparativos, com o coraçãozinho de mãe apertado, mas feliz por Celinho!
Yochanan


Assim que estiveram todos prontos, Yochanan ajudou a Celinho a subir na sela do potro e lhe disse: -Este é Sereno, e ele cuidará de ti, mas deves cuidar dele também. Ele havia escolhido esse cavalo especialmente para o menino, era um animal dócil e pacifico, de passo firme, daí o nome de Sereno.

Entregou então parte das rédeas à Celinho, e lhe mostrou como devia apoiar os pés nos estribos e os ajustou à altura do pequeno. Outra parte das rédeas seria levada por algum dos cavaleiros ou por ele mesmo, até que o pequeno aprendesse a guiar o animal.

Com tudo pronto, Yochanan agradeceu a confiança de Irises, e após uma leve vênia, montou a Itzal e partiram, com os cavalos ao passo, para que Celinho se acostumasse ao movimento de Sereno, e a estar só em uma sela.

O Prior conhecia da fascinação que o menino tinha com os cavalos, mas desconhecia se o pequeno sabia montar...

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Irises


Ao preparar o desjejum, Irises, sem perceber, colocou dois pratos e duas canecas na mesa. Habituara-se a estes deliciosos momentos matinais, quando conversavam sobre os sonhos e planejavam as atividades para o dia.

Poe voou para a mesa e pousou no encosto da cadeira de Celinho. Olhava para o pratinho vazio e para Irises, como a perguntar por onde andava o cabelinho de cachos de fogo. Ao notar que Celinho não viria, pousou no ombro de Irises, a pedinchar lasquinhas de pão.

Terminada a refeição, Irises dirigiu-se ao bosque, tinha saudades de Aodh e todos estes dias não tiveram tempo de conversar, limitando-se ao abraço na chegada e cumprimentos rápidos quando se encontravam, tão atarefados que andavam. Aodh tinha até apressado o passo, geralmente lento, e Irises estava curiosa para saber o que estava despertando tanta energia no amigo.

No caminho um mensageiro, entregou à moça uma carta e disse que poderia esperar resposta até o final da tarde, podendo ser encontrado na taverna da Ribeirinha.

Aodh vinha se aproximando, então leram juntos a cartinha.
Irises


Irises e Aodh escreveram a resposta à cartinha que receberam de Celinho.

Todos os dias chegavam notícias e isso tranquilizava muito a recente mamãe... As novidades da viagem, as impressões do pequenino, e até relatos de negociação comercial que andava fazendo, ahh, este miúdo tem mesmo tino para o comércio!

Sem portador para as respostas, Irises decidira copiar a idéia de Aodh e guardar as cartinhas todas juntas, um novo diario de viagem.
Aos poucos, e sem que ela se desse conta disso, estava sendo montado um histórico da pequena família.
Aodh
Entre tantas viagens, Irises que volta, Celinho que parte, depois volta... somente Aodh e Poe permaneciam na Hera o tempo todo.

Gostava de conviver com Celinho e Irises, mas andava bem envolvido numa busca pessoal, a qual não escolhera, mas que vinha se revelando muito interessante: estava redescobrindo-se!

Percebera que por muito que tivesse a consciência aberta, que conseguisse compreender as pessoas e seus motivos e que conhecesse a sua busca na presente vida, notara que em algum ponto deixara-se, a ele, Aodh, esquecido.

Nestes dias sonolentos e silenciosos continuava ocupando-se dos estudos das runas e dos mistérios, mas passara a tentar perceber como estas buscas afetavam-no, o que refletiam nele próprio, como reagia a cada descoberta... conhecendo-se, aprendendo a gostar de si.

Era um momento que não poderia compartilhar, sabia que ainda teria muito a resgatar, e... estava gostando!


    By Madá
Celinho


Celinho chega de viagem morrendo de saudades.

Entra correndo a procura de todos, na mãozinha segura uma folhinha de Hera, que foi sua companhia nas noites que esteve fora.

Para dormir, colocava a folhinha pertinho do nariz, assim o miúdo sentia o cheirinho de casa e dormia tranquilamente.

Manheeeeeeeeeeee manheeeeeeeeeeeeeeeeee chegueiiiiiiiiiii. Gritava enquanto Poe já vinha dar as boas vindas gritando e dando voos rasantes sob os cabelinhos ruivos do garoto.
Irises


Uma semana para colocar a conversa em dia e matar as saudades !! A companhia de Celinho era muito preciosa, Irises fez uma nota mental para analisar mais as futuras viagens do pequeno...

Finalmente chegou o dia do batismo, Irises acordou cedo e organizou as cartinhas que recebera respeito da cerimônia.
Anotou os nomes das pessoas queridas que enviaram votos de felicidades e palavras de afeto, algumas a confirmar, outras a justificar o motivo pelo qual não poderiam estar presentes neste dia.
Sheila, Achilles, Joel, Alexandre Torre e Soraia, Luznik, Aristarco, Rosinha BCD, Monsterguid.
Dionisia e David, além de muito carinho, enviaram uma caixa de doces para Celinho, que Irises pensava em entregar logo após a cerimônia, uma surpresa!

Seria um dia especial para ela, para Celinho, para Vivian e para as pessoas que gostavam deles!

Depois de deixar separada a roupa que a estrelinha do dia usaria, toda perfumadinha de água de lavanda, e de recomendar a Aodh que acompanhasse Celinho até a igreja, saiu de casa bem cedo, para colher, ainda orvalhadas, as flores com que pensava enfeitar a cerimônia. Pretendia distribui-las pela igreja antes que os convidados comecassem a chegar.
--Mensageiro.
O majestoso cavalo de pêlo castanho brilhante e crina doirada desceu a rua num galope desenfreado. Atrás de si uma nuvem de pó tomava contornos avultados e os que por ali passavam cobriam os rostos com as mãos e roupas, tentando escapar ao grosso da poeira. Mas nem aquela terra seca podia calar as línguas hábeis que insultavam o maldito cavaleiro de cada vez que os tímidos olhos tentavam espreitar, para logo se arrependerem. O cavaleiro ia coberto por uma capa de cor escura e, àquela velocidade, pouco mais era possível discernir. Não se importou minimamente com os comentários viperinos daquelas bocas acerbas, ia apenas concentrado em guiar Trovão e o seu pensamento estava distante, absorvido na sensação de liberdade que a velocidade lhe conferia. Por vezes sentia que voava.

"As paredes estão cobertas pela hera mais verde e no jardim três carvalhos centenários...", lembrou-se destas palavras no exacto momento em que passava por uma casa que correspondia à descrição. A ordem para Trovão interromper o galope foi dada tardiamente e o cavalo continuou a corrida por mais alguns metros parando em frente à banca de uma mercadora rotunda e grisalha.

Perdão senhora... - disse-lhe em jeito de desculpa, e no momento seguinte estavam já a trote para a Casa da Hera.

Chegados ao portão, Diogo contemplou as imediações por algum tempo. As janelas, assim como a porta, estavam fechadas, o ar calmo e complacente era dotado de amor, carinho, paz e algum misticismo. Tal como ela lhe descrevera. Não tinha dúvidas. Num único movimento desmontou do cavalo e pegou numa pequena bolsa de cabedal castanho, colocando-a ao ombro. O rosto permanecia coberto pelo capa.


Ó da casa! - gritou sem ainda ter entrado na propriedade. A resposta tardou e os seus pés foram caminhando.

Ó da casa! - tentou novamente, desta vez já em frente à porta. Novamente a resposta não veio. De imediato procurou o sol. Estaria atrasado? Não, não podia ser, o sol ainda não ia alto o suficiente. No seu âmago, soube que os perdera por instantes. Todavia não iria desistir por ali, o recado fora bem claro: "Se não os encontrares em casa, procura na Igreja! Não deixes o dia passar sem entregar esta carta.".

O cavalo ainda esbaforido recebeu-o de novo no lombo e partiram para a Igreja do Porto.

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Aodh
Aodh escutou o chamado do rapaz, mas antes que pudesse alcançar o limiar do bosque onde estava em recolhimento o moço já ia longe, em meio a poeira da estrada.
Chegou até a porta da casa, sentia a ausência dos moradores. Celinho vivia praticamente o tempo todo na padaria, e ainda, com a ajuda de "Seu" Manel, abrira uma pequena tasca no centro da cidade.
Irises... não se sabia por onde andava. Parecia desanimada e tristonha nas vezes em que se encontraram, ainda tentara entabular conversa - sem sucesso - e respeitara o silencio da moça.
Não chegavam cartas nem notícias, o campo de carneiros estava agora coberto com um milharal denso, que demandava menos cuidados. Um camponês costumava zelar pelo cultivo, as espigas cresciam.

Era uma manhã com ar limpo, como as que costumam seguir-se às tempestades elétricas. Aodh resolveu caminhar pela praia, em busca dos objetos de raras formas, translúcidos, que p0r vezes são formados na areia atingida por algum raio.
Na realidade sabia, por experiência, que precisaria de muita sorte para encontrar algo, mas só a busca, por si, ja valeria a pena naquela bela manhã.

Por mais que já tivesse visto barcos entrarem e saírem do porto, neste dia notou um deles que chamou sua atenção. Não que diferisse de todos os outros, sempre muito parecidos, com poucas variações em detalhes. Mas havia algo naquele barco... ou alguém?

Apertando os olhos conseguiu ler: "O Mariscal". Lembrava-lhe vagamente alguém, a quem Irises referira-se várias vezes, mas quem?
Mais tarde lembraria-se, talvez não fosse tão importante lembrar neste momento quanto reconhecer um sopro de alegria e vida que emanava dali.


    By Madá
Aodh
E o Tempo, este fenômeno inexplicável que por vezes parece curto para tudo o que se deseja, e por outras ganha elasticidade e as horas custam a passar...
A vida na casa da hera seguiu seu curso, cheia de trabalhos, algumas alegrias, pequenos apuros. As estações foram chegando, trazendo seus rigores ou leveza, revezando-se, e, sem perceber, dez anos haviam se passado. A hera cobrira completamente a casa, que agora, vista de longe, misturava-se na paisagem.

Celinho, o rapazinho de cabelos ruivos, que encantara o coração de Irises, estava agora próximo do seu décimo oitavo aniversário. Durante aqueles anos, que pareceram tão curtos, o rapaz crescera a olhos vistos, o seu corpo franzino era agora alto e esguio, os músculos ligeiramente definidos, uma consequência do trabalho manual nos campos e do esforço que aplicava na sua padaria. Seu Manel, o velhote que ensinara a Celinho tão bonito ofício, falecera havia cinco anos, deixando todos os seus pertences ao rapaz por quem tinha enorme estima.
Com os ensinamentos de Irises presentes na sua mente e o seu inestimável amor no coração, Celinho foi ganhando independência.
Eventualmente, Celinho abriu uma taverna e era agora capaz de se sustentar. Estava no vigor da idade, os seus olhos refulgiam com a intensidade dos cabelos ruivos, tinha em si a determinação e a audácia daquela idade. As cordas que o prendiam tinham sido lentamente cortadas e estava na altura de Celinho voar sozinho.
Os dias passados na padaria tornaram-se uma constante, muitas vezes as noites eram também por ali passadas, e uma distância saudável foi criada entre os dois. Nos primeiros tempos, o coração de Irises contraía-se em receios e ânsias, afinal aquele era o seu menino, mas o tempo trouxe confiança e segurança.

A vida de Irises transcorrera sem grandes acontecimentos. Perdera o viço da juventude, mas continuava bela, embora não se apercebesse disso e nem dos olhares que recebia ao passar pelas ruas da cidade. Deixara seus sonhos de menina e muitos dos planos que fizera não se realizaram, mas a vida trouxe novos desafios, muito trabalho e grandes alegrias junto dos amigos. Conseguira concluir a educação de Celinho sem ajuda de um pai, mantinha a casa e a propriedade em franco desenvolvimento. Nunca pedira muito, gostava da Vida e conseguia perceber os pequenos encantos que tornam o cotidiano cheio de magia. Era feliz.

Aodh mantinha-se como sempre, um tanto mais casmurro e alguns fios de cabelos brancos eram as únicas diferenças notáveis.


    By Madá
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Lorena_davila
Lorena percorreu o jardim da Casa da Hera sem tocar a sineta. Já passava da hora de jantar, sabia que não devia incomodar. Os carvalhos centenários que se destacavam no jardim pareciam assustadores à noite, com as suas formas pitorescas. Lorena estugou o passo até à porta e bateu:

- Ó da casa!
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Irises


Fazia tempo que Irises não escutava aquela voz, tão conhecida e querida!
Deixou as panelas sobre a grade do fogão e correu para a porta:
- Lorena! Quantas saudades minha amiga! Venha, entre, está ventando muito, chegue aqui perto do fogo! as frases entremeadas de sorrisos e abraços.

Chegaram as cadeiras para perto do fogão, Irises colocou água para ferver, preparar um chazinho perfumado, que Lorena gostava.

Não se conteve, e perguntou logo:
- Então, querida, novidades? Tenho ouvido coisas, conversas soltas, pelos vistos prenúncios de momentos felizes chegando?

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When the night is overcome, you may rise to find the sun
Lorena_davila
Lorena rasgou a boca num sorriso, os olhos a irradiar felicidade:

- É verdade, minha querida. Tenho um anúncio a fazer-te. - enquanto observava a amiga a encher as chávenas, acrescentou - Quis vir dar-te a notícia pessoalmente e de forma informal, porque sei que vais partilhar da minha alegria e vamos brindar a isso.

Pegando na chávena com chá quentinho que Irises lhe entendeu, Lorena bebericou um pouco e fez silêncio, prolongando a expectativa.

- Vou finalmente casar-me com o Dinis. Marcámos a cerimónia para 3 de Dezembro. Vai ser em Vila Real, na capela da família. Sei como é importante para ele e não me opus. Vamos é ter de fazer uma viagenzinha. Conto contigo, claro!

Lorena sorriu à amiga, sem conseguir conter o amor que sentia, e aguardou pela reacção.
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