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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Sissiedelweiss
-Bons olhos a veem, senhorita minha prima. Rogo-te que me perdoe a demora. Como estão os senhores seus pais? Há muito não os vejo. Estive aguardando-a para levá-la à sepultura de Madame Dumond, e entregar-te alguns pertences teus que ela trazia consigo. Diz John.

-Bons olhos lhe veem também caro primo. Não demoraste, até por que estava perdida em meus pensamentos, nem percebi quanto tempo passou. Por favor, leve-me até a ultima morada de madame Dumond.

John e Sissi pegam os cavalos que aguardam na frente do casarão. John vai na frente para indicar o caminho. Atrás vai Sissi e o pajem Carlos.

Ao chegar ao túmulo, Sissi emocionasse. Sua tutora de tantos anos, que havia lhe mostrado o mundo do conhecimento, que era tão importante para ela não estava mais aqui. Sissi coloca algumas flores que havia colhido pelo caminho e ajoelhasse no túmulo.

- Que Jah esteja contigo, minha tutora, e mais do que isso companheira e amiga de tanto tempo! Aprendi tanto contigo.. Sinto como se tivesse perdido uma parte de mim.. Je t'aime, ma grand-mère!! (te amo, minha avó). Sempre virei visitá-la.

Sissi chorava muito, levantasse e enxuga suas lágrimas. Carlos, também vai ao túmulo e faz uma prece e coloca uma flor no túmulo de sua chefe.

-Caro primo, podemos ir. Já despedi de minha Brigitte. Peço que me permita vir visitar seu túmulo, quando tenha vontade. Posso? e olha para o primo que parecia absorto em seus pensamentos.
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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Johnrafael


-Caro primo, podemos ir. Já despedi de minha Brigitte. Peço que me permita vir visitar seu túmulo, quando tenha vontade. Posso?

Pensando em como tocaria no assunto das cartas, desviou-se do luto de Sissi.

-Enquanto esta villa for propriedade da família Viana, venha sempre que desejar. Terei gosto em oferecer-lhe a melhor hospitalidade possível. Mas antes que parta, peço que diga a data de nascimento de Madame Dumond. A lápide ficou incompleta.

Code:
BRIGITTE MARIE DUMOND
30 - XII - 1462


#

Deixaram o cemitério de volta ao Paço. A residência, sede dos outrora membros da Ordem de Azure, extinta com a morte de seu Prior, agora era, de acordo com o desejo de Yochanan, propriedade e pouso para toda a antiga e honrada casa dos Viana.

Entrando novamente pelo salão. Rafael chamou um pajem para que trouxesse o baú de Madame Dumond. Sentaram-se à mesa do Salão, grande e vazia. Nem parecia a mesma que havia há tão pouco tempo atrás sido palco de um grande banquete.

-Eduardo, traga baú que está na minha mesa. traga também as cartas.


Passados alguns momentos, volta o rapaz, com o Baú e as cartas que a ruiva escrevera mais de dois anos antes.

-Minha prima, este baú pertence a ti e fui incumbido de entregar-te pessoalmente, por Madame Dumond.


#Sugestão de Trilha Sonora: Oblivion, por Bastille.

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Sissiedelweiss
Ao receber o baú, Sissi o olha atentamente.

-Era o baú de lembranças de Brigitte. Ela dizia que sua vida e seus segredos estavam aqui.. e sorri tristemente.

Ao abrir o baú, encontra uma carta com seu selo pessoal. Acha estranho e abre a carta.



Minha menina,

Se abres meu baú, nesta terra não estou mais. Quero dizer que todos os anos que fui tua tutora, foram muito bons para mim. Sempre foste uma criança inteligente, meiga, obediente, linda e bondosa. Foi uma alegria ser tua tutora. E se tornou uma linda dama, uma das mais belas e educadas que já vi.

Deixo para ti, todas as poucas jóias que me sobraram depois que meu marido caiu em desgraça e foi enforcado. Conheces essa história, meu bem, então não a contarei novamente.

Quero que sejas muito feliz e que Jah sempre esteja contigo. Obrigada por fazer os últimos anos de uma senhora mais felizes, da sua

Brigitte Marie Dumond


Algumas lágrimas rolaram pelo rosto de Sissi.. Olha para o primo e lhe diz:

-Muito obrigada por ter cuidado de Brigitte em seus últimos momentos. Não sabe o quanto lhe sou grata. Ela era como se fosse minha avó, muito próxima. E também te agradeço por realizar as suas últimas vontades. Ah, me perguntaste quando ela nasceu. Ela nasceu dia 18 de setembro de 1404.
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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Johnrafael


-Não há o que agradecer, Sissi. Fiz apenas o que qualquer um faria. Madame Dumond protegeu-lhe e guardou-lhe. Eu não podia deixar de cumprir seus pedidos. Sua última ação nesta vida foi entregar-me estas cartas e um relicário. - dizendo isto, retirou do bolso a medalha que recebera de Madame Dumond:


Dito isso, esperou que Sissi fizesse algo, ou que ao menos reconhecesse as cartas que um dia escreveu.

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Sissiedelweiss
Sissi ao ver o relicário, fica lívida de tão pálida. Ao ver as cartas, cora. Sissi estava perdida, não entendia nada do que estava acontecendo, como assim me entregou isso? Aquelas cartas e o relicário deveriam estar com ele há tempos..

- Não entendo o que quer me dizer, por favor explique-me. Estou confusa. Sim, escrevi estas cartas.. mas...

Sissi não conseguia encarar o primo. O que ele queria mostrando aquilo agora, e o que madame Dumond tinha haver com esta história.. o que estava acontecendo?
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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Johnrafael


- Não entendo o que quer me dizer, por favor explique-me. Estou confusa. Sim, escrevi estas cartas.. mas...

A reação de Sissi foi totalmente diferente da que imaginava. Apressou-se então a explicar.

-Madame Dumond deixou estas cartas para mim no dia de sua morte, junto com a medalha. Até então, suponho que estava tudo em sua posse. Ela não devia querer que os dois jovens que éramos tempos atrás cometessem algum desatino. Não a culpo... - fez menção de se levantar, mas a curiosidade o fez perguntar - o que havia na quinta carta? Esta não consegui ler sem rasgar, pois caiu em alguma poça e o conteúdo perdeu-se.

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Sissiedelweiss
-Madame Dumond deixou estas cartas para mim no dia de sua morte, junto com a medalha. Até então, suponho que estava tudo em sua posse. Ela não devia querer que os dois jovens que éramos tempos atrás cometessem algum desatino. Não a culpo... - fez menção de se levantar, mas a curiosidade o fez perguntar - o que havia na quinta carta? Esta não consegui ler sem rasgar, pois caiu em alguma poça e o conteúdo perdeu-se. Diz John

Sissi respira e tenta organizar seus pensamentos. As cartas não haviam sido entregues? pensa ela.

-Sim, John, escrevi todas as cartas.. e ficou corada. Achei que tivesse as recebido, assim como o relicário.

Sissi levanta-se e não consegue olhar para o primo, revelar o que estava na quinta carta a deixava inquieta.

-Na quinta carta pedia que não se casasse. Pedia que.. que.. me roubasse.. ficou quieta, de olhos fechados, sentia vergonha do que havia pedido naquela carta.. Estava desesperada por saber de teu casamento.. foi um desatino.. quando terminei a carta, Charlote entrou no quarto com uma xícara de chá e a molhou..

Sissi não conseguia se movimentar. Sabia que madame Dumond havia feito aquilo para o seu bem, e se tivesse sido a mando de seu pai, estavam certos.. eram duas crianças, o que sabiam da vida..
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Johnrafael


-Na quinta carta pedia que não se casasse. Pedia que.. que.. me roubasse... Estava desesperada por saber de teu casamento.. foi um desatino.. quando terminei a carta, Charlote entrou no quarto com uma xícara de chá e a molhou.

Ora, aquilo sim era surpreendente. Sentou-se na cadeira ao lado da prima.

-Sissi... Acredito que assim foi melhor. Se vossa carta tivesse chegado às minhas mãos, o jovem inconsequente que eu era teria feito uma loucura e apenas piorado tudo. No entanto, não te envergonhes, não te culpes, que nenhum crime ou desatino cometemos. Foi apenas o tempo que errou. Hoje sou mais velho, mais prudente. Creio que também o és. Crescemos. Se precisares de algo, qualquer coisa, podes contar com este vosso primo.

Mas logo pensou que com o "qualquer coisa" parecia aproveitador e oferecido, e tentou emendar com mais um assunto.

-Sissi, há um quarto preparado para ti. A viagem de volta ao Porto é longa e cansativa, e os últimos momentos foram um tanto fortes para nós dois. Se desejar descansar um pouco, posso pedir que levem-lhe até lá.

Precisava de alguns momentos para pensar e compreender tudo aquilo.

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Sissiedelweiss
Sissi não atinava o que faria.. Pensou em ir para casa de seus pais, pensou em sair cavalgando e nunca mais aparecer.. não sabia o que fazer.

John estava sentado ao seu lado, enquanto ela ainda continuava de pé. De tão absorta em seus pensamentos, sem querer encostou no ombro do primo. Quando deu conta do seu movimento, tentou tirar a mão. John tinha segurado sua mão. Seus olhares se cruzaram. Os dois tinham sentimentos confusos demais.. Apenas olharam-se.. Logo John larga sua mão e Sissi recolhe a sua..

Sissi caminha até a janela. Olha para fora. Decide o que vai fazer: vou-me embora para casa dos meus pais. Mas não consegue falar e nem sair dali...

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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
William_algrave


Uma carruagem com quatro cavalos atrelados e uma grande caixa de madeira presa na parte de trás adentra o Paço dos Arcanjos e é possível vê-la chegando através das janelas.

Os cavalos, a mando do cocheiro, vão aos poucos diminuindo o passo de sua lenta cavalgada, até finalmente pararem diante da residência dos Viana.

Um homem alto, vestindo uma capa escura desce da carruagem e ajuda o cocheiro, a retirar com cuidado a grande caixa que parece destinada a ser entregue ali.

Trata-se de uma caixa grande, do tamanho de um féretro.
Sissiedelweiss
Sissi aproximasse da janela e nota algo estranho.. Uma carruagem e um homem alto descarregando uma caixa grande..

Continuando olhando para a janela, chama John:


-John, estão descarregando uma caixa grande na frente da casa.. está muito estranho...

Aguarda a reação do John, sem retirar os olhos da cena.

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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Johnrafael


Deixou que a prima escapasse do toque de suas mãos para não parecer grosseiro, pondo-se a matutar o significado de tudo aquilo. Mas não teve muito tempo de pensar, pois logo sua atenção foi chamada por Sissi.

-John, estão descarregando uma caixa grande na frente da casa.. está muito estranho...

Uma caixa grande? Uma urna funerária, decerto. Aproximou-se da janela e olhou. Um homem alto, barbudo e de cabelos castanhos retirava o caixão de cima da carroça. Um gosto amargo desceu-lhe pela garganta. Não havia de ser outra coisa. Sua expressão tornou-se apática e triste, e falou sozinho:

-Enfim retornaste, senhor meu tio.

A seguir, olhou para Sissi e falou-lhe:

-Minha prima, creio que viste muita morte na guerra que devastou o sul. Podes seguir-me para tratarmos de mais uma, ou prefere ir aos aposentos que lhe foram preparados? - um suspiro desanimado e prosseguiu. - Detesto ter de prendê-la aqui, mas é necessária uma família para o funeral.

Logo um criado aparece às portas do salão.

-Senhor, há um homem com...

-Já o vi. Diga-lhe que irei recebê-lo em alguns instantes. E informe aos sentinelas que fechem os portões da villa.

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William_algrave


William aguarda ser recebido. Certamente que a situação é delicada. Ele terá que tratar com a família.

Queria que o caixão que arranjaram fosse mais apresentável, mas era o melhor que conseguiram para trazer o corpo intacto e sem chamar atenção indesejada.

William aguardava que viessem tratar com ele. Esperava que fosse o jovem Viana a recebe-lo, seria menos penoso.

Sissiedelweiss
-Minha prima, creio que viste muita morte na guerra que devastou o sul. Podes seguir-me para tratarmos de mais uma, ou prefere ir aos aposentos que lhe foram preparados? Detesto ter de prendê-la aqui, mas é necessária uma família para o funeral. disse John

-Não, vou com você. Pelo que percebo é o corpo de nosso tio.. Vamos..

John e Sissi vão a rua receber o senhor tão estranho...
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Johnrafael


Seguiu acompanhado de Sissi até a entrada do Paço, onde o visitante esperava, ao lado do caixão. Dirigiu-se então ao homem, cujo rosto era levemente familiar.

-Sou John Rafael Viana de Lencastre Lobo, sobrinho de Yochanan Flavius Viana, senhor desta villa. Esta é minha prima Sissi Edelweiss Viana Ferreira de Queirós. A quem temos a honra de conhecer, e a que vens?

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