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Aforas da Cidade do Porto - Paço dos Arcanjos

Sissiedelweiss
Carlos com medo daquela voz forte diz:

-Sou Carlos, pajem da Senhorita Sissi Edelweiss Viana Ferreira de Queirós.. vim entregar uma carta a menina Celly..
O Vigia, roleplayed by Yochanan


- Aguarde um momento! - Respondeu o vigia. E chegando junto da escada que levava ao alto da plataforma disse a um dos irmãos da Ordem que ali ficava. - Vá chamar o Mestre Eleazar! Diz-lhe que há um mensageiro nos portões, que diz ser da Casa dos Viana Ferreira de Queirós!

E observou desde seu lugar como o irmão foi a um dos barracões e retornou acompanhado do Mestre Eleazar...
--Eleazar


O Mestre estava supervisionando a alguns dos aprendizes enquanto estes praticavam as lições daquele dia, corrigindo os erros com severidade enquanto assentia com a cabeça os acertos.

Terminava de ralhar com um dos aprendizes mais jovens quando um dos Irmãos destacados para a guarda do portão entrou ao barracão.

- Mestre Eleazar. Há um mensageiro nos portões. Diz ser da Casa dos Viana Ferreira de Queirós!

- Entendo. - disse ao irmão de negro, e voltando-se aos aprendizes disse em tom severo: - Continuem com suas tarefas! Vou revisar-las detidamente quando voltar!

E partiu em junto com o Irmão em direção aos portões do paço. Lá chegando, abriu uma das portas e olhou ao mensageiro dos pés à cabeça e então disse. - Boas tardes mensageiro. Receberei a mensagem que trazes.
Pajemcarlos
- Boas tardes mensageiro. Receberei a mensagem que trazes, disse Eleazar.

-Boas tardes, senhor. Sou o pajem dos Viana Ferreira de Queirós. Vim trazer esta mensagem para a menina Celly de sua prima senhorita Sissi. A senhorita quer saber se pode visitá-la amanhã. Tenho de levar a resposta

E entrega a mimosa carta de sua senhorinha ao senhor Eleazar.



Amada Prima Celly,

Preciso urgentemente falar contigo. Se permitires irei amanhã em tua casa. Por favor, mande resposta pelo pajem Carlos.

Um beijo, Sissi
Celestis_pallas


Celestis estava a ler agradáveis cantigas de amor e de amigo - e algumas de escárnio e maldizer, escondida! - quando Eleazar bateu levemente na porta com três toques curtos.

- Só um instante!

A jogar os livros sob as cobertas e a ajeitar os cabelos, mais bagunçados do que outrora, Celly puxa a maçaneta e encontra o homem com uma carta de Sissi nas mãos. Seu rosto radiava ao perceber que os amigos e familiares não a esqueceram, mesmo estando agora a morar um pouco afastada da cidade e naquele frio que fazia!

Agradecida, tornou a fechar a porta e retornou para a sua cama, a abrir de imediato a correspondência:

"Amada Prima Celly,

Preciso urgentemente falar contigo. Se permitires irei amanhã em tua casa. Por favor, mande resposta pelo pajem Carlos.

Um beijo, Sissi"

Preocupada, cerrou o envelope e tencionou guardá-la numa gaveta qualquer. Para o seu azar, estava abarrotada de ervas, das menos agradáveis! Tornando a fechá-la, lembrou-se de que havia um armário desocupado, com diversas gavetas. Suas roupas estavam provisoriamente guardadas ali, logo na primeira gaveta. Guardou a carta debaixo das roupas e logo que viu Eleazar passar pela janela, fez-lhe sinal de que esperasse.

"Querida prima Sissi

Muito preocupam-me tuas palavras. Seria algum dissabor? Podes vir à minha nova residência, só não percebas a bagunça, estamos em reformas! Perdoa-me ser breve, quero que a carta chegue logo a ti!

Abraços carinhosos
Celestis Pallas K. Viana"

- Eleazar! - disse Celly, pela própria janela - Entrega a carta ao pajem e o agradeça com estas moedas!

Celestis Pallas pensou em retomar a leitura, mas desistiu. Estava ansiosa pela visita de sua prima-amiga e decidiu arrumar seu quarto improvisado. Também separou a roupa de amanhã para quando Sissi Edelweiss chegasse, não queria repetir o vexame de andar com aquele casaco desgastado, que ela só usava mesmo quando estava a refestelar-se em casa!

_________________
Celestis_pallas
...
Sissiedelweiss
Chega as portas da casa, desce e e toca a porta. Um soldado vê a senhorita que monta como um homem e pergunta: Quem és?

-Sou Sissi Edelweiss Viana Ferreira de Queirós, por favor, diga a Celly que não poderei vir vê-la, pois tenho de viajar. Que mando notícias.

Sobe novamente em seu cavalo e vai embora
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"O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um descontentamento descontente.. É dor que desatina sem doer"
Intendente Sorento, roleplayed by Johnrafael
Não fosse aquele chão de pedra, a carroça haveria sido perdida e sobre ela todos os baús. A chuva caíra torrencialmente na noite anterior e todas as estradas de terra assimilavam-se a um imenso lamaçal. Um homem coberto por um capuz guiava a carroça, flanqueado por dois soldados cobertos de camisas de couro e meios-elmos armados de espadas, ambos a cavalo, e estes eram flanqueados pela neblina. O da direita tinha um porte elegante sobre o cavalo, enquanto o da esquerda parecia mais rústico. A carroça parou em frente à entrada da propriedade e logo viram-se diante de um guarda.

-Quem vem lá? - Os soldados entreolharam-se e olharam em seguida para o condutor da carroça que atirou o que parecia ser uma moeda de ferro ou cobre ao guarda.


Este a apanhou e atirou a outro guarda que se encaminhou rápido para dentro, e tornou a perguntar:

-Quem vem lá?

Nisto, respondeu o soldado da direita.
Este hombre no puede responder a su pregunta, es un siervo mudo. Usted ya sabe quiénes somos, ahora abra las puertas.

A comitiva fez menção de ir mais a frente, e o guarda desembainhou a espada, possivelmente para barrar o avanço dos estranhos. Não podia dizer se eram mesmo quem eram. Então o soldado da direita retirou o meio-elmo, atirando o na carroça, revelando-lhe madeixas de um ruivo acastanhado, a cair-lhe pelo rosto. Descobriu o flanco do manto, revelando uma espada e tornou a dizer, com voz mais firme:

Deje que pasemos. Ahora. O mi señor sabra que su intendente fue irrespetado en la tierra de su familia.
Monsterguid


O Conde levantou-se e aproximou-se do braseiro. Tinha as mãos geladas e aproveitou para estendê-las na direcção do calor que emanava.

- Ainda estão na carruagem os textos que eu trouxe, junto aos devidos comentários e interpretações, que tanto tempo me custaram. Precisamos ir buscá-los, mas não agora. Estou um tanto indisposto para continuar.

O vigário sorriu.

- Talvez esteja próximo da hora da ceia. Aceitaria de bom grado alimento quente e cerveja gelada, além de uma boa acomodação para este dias. Sinto-me cansado.

Com alguns passos em direcção à porta o vigário parou e ouviu com atenção.

- Creio que estão à procura de ti, meu digníssimo amigo.

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- Sua Eminência, Dom Guido Henrique de Albuquerque
- Cardeal arcebispo de Braga
- Conde de Vilar Maior
Yochanan


Pouco se havia falado até então, mas muito havia sido dito pois o Prior leu algo de temor nas palavras do conde-pároco e grandes verdades nas de Dimas. A noite avançava lenta, fria e escura. O silêncio enchia o ar e até a luz do braseiro pareceu oscilar por um momento, como a luz do sol se oculta com o passo de uma nuvem.

Sentaram-se em silêncio os três, por um momento ou dois após a chegada de Dimas, e dos três o conde-pároco foi o primeiro a levantar-se e às suas palavras ambos homens assentiram. A viagem havia sido longa, e a noite avançava. À luz do dia poderiam retomar aqueles assuntos.

Dimas tinha os olhos cansados, mas sorriu junto com o Prior ante a menção da ceia. Mas antes que pudessem dizer qualquer palavra o conde-pároco falou novamente e ante aquelas palavras o Prior se adiantou à porta do pequeno templo e viu como um dos Irmãos da Ordem subia apressurado pelo caminho de pedra.

- Mestre, - disse voltando-se a Dimas - Por favor, acompanhe ao Monsenhor ao refeitório, pois ele esta certo, a ceia deve estar por servir-se. Me unirei a vocês assim que me seja possível.

- Claro Yoch. - respondeu Dimas, um dos poucos que gozava da cercania suficiente para chamar ao Prior por aquele apelido de infância. E completou: - Por favor Monsenhor, queira acompanhar-me. - Disse indicando o caminho e guiando ao conde-pároco colina abaixo em direção ao barracão que servia de refeitório comum.

O irmão passou rápido pelos dois homens que desciam o caminho, sem aminorar o passo, fez um breve aceno de cabeça a ambos.

Esbaforido chegou o já não muito jovem Irmão, cuja idade já ultrapassava a do próprio Prior em vários anos; com a mão fechada em punho tão firme que lhe deixava os nós dos dedos brancos como a neve invernal.

- Reverendo Prior. - Disse o homem envolto em suas negras vestes, recuperando o fôlego. - Há homens armados no portão, querendo entrar. Portam este selo, meu senhor. - completou abrindo a mão e mostrando o disco que metal que o condutor da carroça havia atirado ao guarda do portão.

Yochanan tomou a moeda e a segurou frente aos olhos, observando-a à luz do braseiro. Ainda segurando a moeda, olhou em direção ao portão caminho abaixo. A luz das tochas da guarda eram pontos de um brilho alaranjado na escuridão da noite. E foi naquela direção que o Prior se encaminhou, descendo o caminho de pedra até os Portões.

Lá chegando viu a cena que se desenrolava, o Vigia na atalaia com o arco a postos e a flecha a meio caminho apontava a um dos soldados que escoltava a carroça, frente aos portões, o guarda mantinha a espada fora da bainha, a um lado do corpo, o brilho do metal refletindo a luz das duas tochas a cada lado dos Portões.

Junto à carroça o condutor observava em silêncio, um dos soldados levava um meio-elmo, enquanto o outro não. O soldado sem o elmo mantinha a mão na empunhadura da própria espada em tom desafiador.

- Mas o que é que se passa aqui! -Perguntou o Prior, e sua voz soava fria como o aço toledano.

O guarda sem tirar os olhos dos soldados respondeu: -Estes homens pretendem forçar a entrada ao Paço sem dizer quem são ou a que vem, Meu Senhor Prior! - Fez uma pausa e então completou - Além disso falam na língua dos castelhanos.

O Prior olhou aos três homens que ali estavam, o soldado com o meio-elmo, o soldado com a mão na empunhadura, e o condutor da carroça.

- Pois bem! Digam lá vocês, quem são e que os trazem a este lugar? - Perguntou o Prior com o mesmo tom frio e cortante mas sem jamais levantar a voz.
Intendente Sorento, roleplayed by Johnrafael
Com um espanhol pronunciado lentamente, como quem vigiasse para não dizer alguma palavra errada, Sorento prosseguiu.

Señor Yochanan, venimos al servicio de su sobrino, con algunas arcas de ropa de la joven Celestis, ya que la señorita no se ha visto ir en busca de sus cosas. Perdóname, pero yo soy italiano, y yo no hablo portugués, pensé que el entregar del sello seria suficiente para que los guardias nos dejasen pasar. Pero mismo despues de esto, su guarda continua a prevenir nostro paso.
Celestis_pallas


Celly ouve um burburinho incomum ao lado de fora e decide verificar. A essas alturas, já não estava mais com paciência de ler e decide guardar seus livros nas gavetas. Lépida, abre a porta e vai em direção aos portões, onde havia uma razoável concentração de pessoas.

- John disse que tem de me devolver os vestidos? - disse a menina, com os olhos cintilantes, feito diamantes negros - passem cá tudo isso, andem!

Yochanan e todos os outros certamente ouviram sua voz doce, mas que, quando estava alterada, parecia tão estridente quanto a da gralha! A melindrosa ainda fez um gestinho irritante, com a mão espalmada, como quem esperava ardentemente pelos trajes que a tornavam mulher, mesmo ainda a ser uma daminha em idade precoce.

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Yochanan


O Prior não se contentava muito com a resposta dada pelo italiano que falava espanhol.

- Ainda que não fales nosso idioma pareces entender-lo em bom tom, pois assim digo que pensaste mal, e se tivestes tido um pouco sequer de paciência, e não fordes tão tempestivo, haveria evitado todo este embrolho. - Começou dizendo o Prior quando o interrompeu a voz de sua filha a demandar os vestidos. - Porém, não posso deixar a minha filha sem seus vestidos, assim sendo vocês dois podem esperar aqui fora.

E dirigindo-se ao condutor continuou - Você, condutor, entre que meus homens lhe ajudarão a descarregar as arcas, no refeitório encontrarás algo de comida e um pouco de cerveja fresca. Vá.

E de novo falando aos dois soldados - Aguardem aqui, e meditem sobre o vosso acionar!

E com isso, o Prior aguardou a que a carroça entrasse a seus domínios, seguindo-a e os portões fechando atrás dele com um estrondo. O guarda com a espada novamente embainhada ficou a observar os dois soldados, desde o lado de dentro dos portões, enquanto o vigia passava o olhar deles para a escuridão da noite e de volta aos soldados. E assim ficaram, até que os portões se abriram novamente e o condutor passou por eles guiando a carroça.
Celestis_pallas


Celestis ficou um pouco surpresa com a reação de seu querido pai. Não esperava que ele fosse defendê-la, mesmo a requerer algo tão supérfluo para tantas pessoas, estas que passavam fome naquele reino! Lembrou-se de Celinho, um menininho carente e humilde que conhecia através de sua amiga Irises e sentiu-se a pior das criaturas!

- Papai - dirigiu-lhe, os lábios róseos agora a balbuciar de forma súplice - Poderias ter pedido para que retornassem, eu poderia ficar uns dias sem minhas vestes!

Apesar de parecer inacreditável, Celestis estava a fins de redimir-se. Ainda era uma mulher, uma menina extremamente vaidosa...Entretanto, temia que tamanha vaidade resvalasse em seu caráter e a tornasse uma pessoa vazia e sem princípios. Sim, era-lhe fácil dizer tudo aquilo, agora que já possuía mesmo seus ricos vestidos. Entretanto, nunca era tarde para arrepender-se e uma jovem tão temente a Jah sabia bem disso.

Celly ficou ali, à espera da reação de seu pai. O lençol de estrelas já havia coberto por completo a abóbada do céu. Pretendia, logo no dia seguinte, retribuir a visita de Irises e auxiliá-la novamente em sua casa. Era mais uma forma de demonstrar um pouco de humildade aos anjos que era devota.

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Yochanan


Ante aquelas novas palavras de sua filha, Yochanan limitou-se a sorrir e passar uma unica vez a mão nos cabelos negros de Celly, ajeitando uma madeixa atrás da orelha da pequena, enquanto olhava na profundidade dos olhos da filha.

Ainda sorrindo apenas disse, dando por encerrado aquele assunto - Vamos pequena, é hora da ceia e temos um convidado muito especial a aguardar-nos.

E virando para dois jovens aprendizes, lhes disse - Ajudem a descarregar a carroça e coloquem as arcas no depósito por esta noite. Amanhã lhes encontraremos melhor lugar.

E com isso começou a subir o caminho em direção ao refeitório, mas se deteve e ofereceu o braço para que a filha o acompanhasse.
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