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O Rapto

--Caseiro_manuel


Manuel um pobre velho já cansado da vida e dos trabalhos no campo aproveitava o seu novo trabalho para dormir o dia todo. Passava as noite na taverna a beber e de dia dormia no banco junto ao portão principal da casa. Raramente aparecia alguém...

Contudo sentia um estranho barulho ao seu redor, estaria a sonhar pensava o homem enquanto entreabria os olhos. Ao focar a imagem à sua frente vê a figura de uma mulher jovem, muito bem vestida mas aos gritos...

- Mas o que é qui si passa mulheri??? Tenha lá calma que ainda tou acordando.

Juana sorri por finalmente o homem ter acordado, retoma a sua voz calma e mantendo uma distância do caseiro dirige-lhe umas palavras.

- Senhor Manuel, prazer conhecer, chamo-me Juana Maria Ávila Guimarães, mulher do Necas, estou aqui a pedido dele.

Ao ouvir o nome da Dama depressa se recompõem, era mulher do seu patrão o Barão de Nelas, Visconde de Mesquitela, olha a jovem com atenção e depressa a reconhece, era exactamente como as mulher da vila a retractavam, rosto liso, pele clara, olhos esverdeados e longos cabelos loiros, era comum haver conversa de tasca sobre o Visconde e a sua mulher, ninguém ainda a conhecia apenas se ouviam boatos sobre a sua beleza e corria pelas más línguas que a jovem praticava feitiçaria... O casal nunca tinha ido à mansão juntos e isso parecia ter criado uma estranheza entre as pessoas.

- Minha Senhora.. perdoe-me os modos, não a estava a reconhecer, devo-lhe dizer que é ainda mais bela do que se fala. Em que a posso ajudar?
Juana.


Ao ouvir os elogios não consegue disfarçar e esboça um sorriso, não era habitual sorrir a qualquer pessoa mas Juana engraçará com o bom homem que por incrível que pareça corou mais do que já estava e parecia cada vez mais envergonhado.

Ficou a ouvir as palavras de homem e por momentos o seu coração parou... "Minha Senhora" palavras estranhas aos ouvidos da jovem, habituada á vida modesta no campo.. Percebera pela primeira vez o "valor" que tinha, esposa de um Visconde... O que a sua vida mudará em poucos anos.. Agora percebia a preocupação do marido todas as vezes que repetia "Tens um valor incalculável para mim!! Nem quero imaginar no que te possa acontecer se não estiver por perto para te defender!!”

Olhando de novo para o caseiro diz lhe calmamente:

- Senhor Manuel vim aqui a pedido do meu marido, ele precisa de algo que esta numa caixa no quarto dele. Tenho as chaves, pode me acompanhar? Não conheço a casa, e temo que iria perder horas à procurar do quarto principal. Solta uma pequena gargalhada. - Será que me pode ajudar??

Ao ouvir a resposta afirmativa do caseiro aproxima-se do portão principal, abre o portão e segue até á porta. Já dentro da casa Juana fica pasma a olhar para a mansão, o luxo, o requinte, o brilho.. era de facto a melhor casa onde já tinha entrado. Segue atrás do caseiro e entra no grande salão.. Os espelhos, os tecidos das cortinas, os sofás grandes e cheios de almofadas.. tudo encantava Juana. Passando a mão suavemente sobre os móveis da sala ia pensando para si mesma as emoções que o seu marido vivera ali em tempos. Ao aproximar-se de um cadeirão junto á lareira senta-se um pouco, fechando os olhos por momentos perde-se em pensamentos até ser interrompida pelo caseiro.

- Minha Senhora estou a ouvir uns barulhos vinda da cave, sabe... pode ser uns ratitos ou coelhos, gostam muito da cave, guardo lá alguma comida.. Eu já volto, se precisar de algo diga!! Dá-me licença?

- Pode ir Senhor Manuel, se precisar de ajuda com os animais diga, não os mate por favor!!!
Voltando e recostar-se no cadeirão olha á sua volta, uma mesa junto ao cadeirão tinha um pequeno livro, sacode o pó da capa do livro e começa ler.
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Edmundo_salgado


Edmundo deixa cair um escudo que faz um enorme estrondo ecoando por toda a casa.

- Olha aí desgraçado!! Queres que a vizinhança oiça?! - grita Roberto.

- Desculpa, escorregou-me! Mas olha para este escudo? Tem o escudo do visconde, mas nós metemos uma pele por cima e fica nosso!!

Soltam uma risada.
Juana.


Ainda na cadeira a ler o livro ouve um barulho vindo da cave.. Olha de imediato para a porta do salão onde se encontravam tentando perceber o que se passara. Certamente seria o Senhor Manuel à procura dos ratos.. Pensa para si ao mesmo tempo que volta a recostar-se calmamente na cadeira, retornando a leitura.
--Eduardo_salgado


Enquanto de apressava a limpar as prateleiras da cave para um grande saco de pano que trazia ia ouvindo os irmãos a discutir. Ignorando o que eles iam gritando continuava a colocar todas as riquezas de um dos armários no saco, descobrira o armário onde estavam muitas das medalhas ganhas pelo Visconde.

Na prateleira seguinte cálices de prata pregados com pequenas pedras de muitas cores.. os olhos de Eduardo brilhavam ao ver tanta riqueza, pegando uma a uma ia calculando o peço de cada cálice e o possível valor que poderia render, colocando todos no saco olha pra outro armário da sala.. Os seus olhos nem queriam acreditar no que via ...

- Cooo..coorooo..aaa !!!!

Grita para os irmãos que continuam a discutir e o ignoram. Começa então a correr direito ao armário onde estava uma coroa, parecia ouro puro e Eduardo ia deitando já lágrimas de alegria enquanto atravessava o salão..
Com tanto entusiasmo e balanço da correria desequilibra-se e cai ao chão.. Com ele cai o saco cheio de coisas... Ao tocar no chão saem cálices, taças e outras riquezas fazendo um enorme barulho que de repente interrompe a discussão dos irmãos mais velhos e logo recai sobre si a atenção.

Ali no chão com a cabeça entre as mãos sentira o rosto a aquecer.. corou de imediato e começou a barafustar baixinho ... sabia que tinha feito demasiado barulho e os irmãos não iam perdoar aquele acidente ..
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