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Vila Cruzeiro [RP]

Dalur


Ante o comentário da artista, o barão se intriga em conhecer tal animal, certamente seria um belo exemplar, de outra forma não seria mencionado pela dama. Imaginava se era também um belo exemplar, apesar de não fazer ideia da raça do cavalo, ainda com os pensamentos nisto, convidou-a para continuar o passeio.

- Imagino que seja mesmo um espetacular cavalo, este que chamas... Desheret, creio ser o nome se bem compreendi. Teria gosto conhecer tal animal, mas deixemos isto para uma outra oportunidade. Venha, conheceremos apenas mais um local.

Andaram por pouco tempo e logo chegaram ao belo jardim que o barão tinha ao norte da residência. Deixou a melhor parte para o final, assim como as belas peças inglesas que recitavam nos teatros, o local era repleto de pequenos quadriculados de terra onde toda sorte de flores estavam semeadas. Também belas árvores brotavam em outros locais, e caminhos de pedra talhada ramificavam por toda a extensão, possibilitando caminhar no espaço. Alguns bancos de madeira foram construídos e colocados em alguns pontos, tanto para descanso, como para admirar a paisagem. Ao fundo ainda, árvores frutíferas brotavam em um amplo cercado, as mais variadas frutas cresciam nas folhas daquelas belas árvores, e o frescor era envolvente.

- Este é meu jardim, cara dama. Ainda faltam algumas estatuas para embelezar, e alguns exemplares de flores e árvores não brotaram completamente. Venha, caminhemos um pouco, se não importar-se porém, acompanhe-me por entre tão bela paisagem, e hei de mostrar-lhe tudo quanto desejar.

Convidou-a oferecendo o braço para acompanhá-la no vasto jardim.
Beatrix_algrave


- Talvez quando retornar aqui em algum momento possa trazê-lo. Desheret é um nome egípcio, significa coroa vermelha. Meu cavalo tem um belo pelo marrom avermelhado, é um árabe kehilan, mas creio que nunca esteve no Egito.

Ela comenta em tom divertido enquanto acompanha o barão, por notar que o nome de seu cavalo chamou-lhe atenção.

- Esse me parece um recanto bem agradável. Creio que começou um bom planejamento e futuramente será muito belo.


Beatrix comentou enquanto observava aquele espaço. Talvez um dia retornasse ali e ficasse surpresa por ter visto aquelas árvores ainda em sua juventude. Algumas é claro cresceriam rapidamente e não seria necessário esperar tanto assim para que o jardim manifestasse sua beleza. Ela concordou em caminhar com o barão e tomou respeitosamente o seu braço.

Se o barão desejava algo que evocasse uma beleza natural certamente ali poderia ser um cenário bastante adequado.

Ela ainda não estava totalmente acomodada à ideia daquilo que o barão desejava. Enquanto caminhava, ela se recordava dos desenhos de Pisanello, que ela recebeu do irmão de presente. O mestre buscava o nu como rascunho e estudo de obras mais complexas, seria aceito em um ambiente clássico, podendo manifestar harmonia, energia, êxtase, humildade e pathos. O barão Dalur ao que parece, desejava ressaltar a humildade, e assim não haveria a necessidade de fazê-lo encarnar um deus grego. Não conseguia pensar em nenhum que se encaixasse, apesar de haver algo no barão que lhe sugeria um velho sátiro.

Ela evidentemente guardou essas reflexões para si e continuou o passeio.

- E como está vossa esposa, a baronesa?

Perguntou, lembrando que sua afilhada Anglys comentara sobre ela ser uma pessoa muito agradável, a baronesa.

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Dalur


Enquanto caminhava, o barão imaginava o cavalo mencionado por Beatrix anteriormente, e pensava consigo mesmo se um dia poderia conseguir um exemplar igual ao descrito. O tom avermelhado do cavalo descrito parecia muito invejável, e considerava esta tonalidade perfeita para um corcel de batalha.

- É mesmo um belo local. Tem uma certa paz que não encontro em nenhum outro lugar, aqui posso perder-me em outro mundo, abandonar as aflições mundanas. Oh sim, aqui será um pedaço paradisíaco!

Inalou o ar fresco do ambiente, enchendo seus pulmões e os aliviando vagarosamente. Viu um pássaro pousar próximo de onde caminhavam, sua tranquilidade chamou a atenção do barão, que não pode deixar de invejar de certa forma a ave. Voltando sua atenção para o caminho, lembrou-se que a artista havia indagado sobre sua esposa, ele tornou seu olhar para o lado, uma pontada de dor atingiu seu peito, e controlou-se para nada demonstrar.

- Ela... está um tanto indisposta. Um tempo passou com os monges, antes que regressasse, quando a vi parecia bem e disposta. Isto antes que um mal lhe acometesse, e tivesse que ficar a cuidados médicos, agora mal sai do quarto, e dificilmente a verá durante sua estada. Tudo começou por causa daqueles...

O barão deteve sua língua antes de prolongar o assunto, iria derramar toda a culpa e fúria sobre os monges aristotélicos, mas que bom havia nisto? E afinal não o poderia fazer, pelo que notava e ouvira, a artista era aristotélica, seria muita falta de prudência algo dizer sobre o que realmente pensava. Guardou seus pensamentos para si.

Por mais que esforçou-se, não pode deixar de pensar na baronesa novamente, a verdade é que não sabia de seu paradeiro, e a desculpa que ela estivesse no quarto satisfaria a qualquer um. Por muitas vezes considerava se seu estado não fosse reflexo das atitudes dele mesmo, ou se havia ele mesmo causado tanto sofrimento que ela sucumbia lentamente a doença, maldita culpa que corroía-o internamente.

Logo percebeu que já havia deixado de falar a algum tempo, e que logo Beatrix algo perceberia, se já não o havia feito. Afastou a nuvem negra de sua mente e tratou de mudar o assunto.

- Que achas do que vês até agora, alguma inspiração nesta caminhada?

Forçou a sorrir, olhando nos olhos da mulher que o acompanhava no jardim.
Beatrix_algrave


Humildade? Não, certamente escolhera errado a manifestação. Talvez harmonia fosse melhor e por que não energia e êxtase? A ideia de liberdade suscitava sentimentos e sensações variadas nas pessoas. Pensou notando a calma do ambiente. Ela também estava pensativa. Aquele lugar era muito agradável e isso a fez sentir saudades de alguém. Certamente um passeio com ele naquele jardim seria prazeroso. Esse pensamento a fez sorrir mas ela logo voltou suas atenções para o barão e notou que ele se calara um pouco, depois de responder sobre a senhora baronesa. Talvez fosse uma pergunta desagradável, mas ela não tivera essa intenção.

- Estimo melhoras a vossa senhora.

Ela disse e logo em seguida comentou diante da pergunta que ele lhe fez.

- Sim, por certo que sim. O senhor se importaria de posar assim ao ar livre? Não precisa se desnudar hoje e aqui, ainda mais com esse frio, mas gostaria ao menos de ter uma noção de onde ficaria mais à vontade e harmonizado com o ambiente natural. A luz dessa hora da manhã tem uma intensidade e suavidade perfeitas e de fato me inspiram.

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Dalur


Ainda com alguns resquícios dos pensamentos que o afligiram a pouco tempo, o barão tenta se concentrar na pergunta que foi- lhe dirigida, e após a compreender, observa o ambiente a seu redor, tentando se imaginar na pintura. A verdade é que amava a todo jardim, e seria demasiadamente cruel pedir-lhe a indicação de apenas um local.

- Sentirei-me a vontade de posar onde melhor achar. Confiarei em vossos olhos artísticos, algo que não foi agraciado a mim. Se quiserdes, poderei conhecer melhor o jardim pela tarde, quando não poderei acompanhar-te, assim estarás a vontade para melhor escolher um local onde seja de teu gosto, pois nada percebo de tais coisas. Mas sentemo-nos um pouco.

Sentando-se em um dos bancos dispostos, o barão prossegue

- Tenho apenas um pedido a fazer, algo que talvez não compreendas por serdes uma mulher, mas que faz alguma diferença na cultura masculina, espero que não se importe. Ao pintar... certos detalhes de minha pessoa, desejaria que tal fosse em um ambiente mais.... recluso, como por exemplo minha residência.

Pensando no imenso frio que haveria de fazer, e que tal condição não favoreceria certos aspectos de sua pessoa. Um pouco enrubescido, aguardou a resposta da dama.
Beatrix_algrave


Beatrix acompanhou com o olhar aquilo que o barão observava, o espaço em sua volta, e sentiu-se também a princípio indecisa quanto a posição que ele ocuparia ali naquela paisagem.

- Farei isso com cuidado. Terá que posar aqui ao menos uma vez para relacioná-lo com o fundo, mas não se preocupe, não haverá necessidade que se exponha ao vento ou ao frio, poderá fazê-lo devidamente vestido. Aliás, uma vez que farei um trabalho de estúdio, eu gostaria de poder contar com meu assistente. Trata-se de meu primo, o senhor Benoit Blanc Nunes. Isso não acrescentará nenhuma expensa extra ao nosso acerto, espero que não se importe.

Ela propõe e espera a resposta do barão quanto a isso.

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Dalur


Pensando na proposta de Beatrix, o barão não pensou em nenhum impedimento a princípio, afinal a residência era grande o suficiente para tal, e certamente faria a peça de arte sair com mais qualidade, ao menos era tal que imaginava, então logo respondeu

- Não vejo problemas, providenciarei um quarto para ele, e não será incômodo algum mais uma pessoa em minha residência. E fico também contente quanto ao que foi dito a mim sobre o procedimento para a pintura do quadro. Bem, escusas mas tenho de partir, pelo pouco que sei sobre o movimento dos astros, deve ser hora avançada da metade do dia. Terei de ir imediatamente aos meus afazeres, mas ficai a vontade neste jardim, e providenciai tudo para a chegada de vosso assistente. Pela noite regresso, e ai poderá dizer-me quando precisarás que pose para vossa arte. Minhas desculpas por ter de ir tão apressadamente.

Levantando-se do banco, faz uma vênia a dama e partiu apressadamente em direção a residência. No caminho, deu ordens para que Maria vá até o jardim para prestar assistência no que a artista precisasse. Vestindo-se rapidamente, e não dispondo de tempo para comer coisa alguma, o barão subiu o lance de escadas para buscar alguns documentos que havia deixado em seu quarto. Por um momento, ao abrir a porta, deteve-se ao pensar na sua esposa, imóvel recordou de alguns momentos que passara com ela. Sua expressão ficou sombria, e podia notar em seus olhos a dor.

Lentamente entrou no quarto e pegou os documentos, pausando novamente antes de sair daquele local. Respirou fundo e desceu as escadas, ordenou que um coche fosse trago até a porta da residência, adentrou o veículo e logo distanciava de seu lar. Ao olhar para a janela de seu quarto, teve a impressão de ver um rosto feminino, que em um segundo la estava e no outro não. Tentou verificar o que vira mas já haviam se afastado demais.

- Cocheiro! Pare em um mercado qualquer, compre-me um vinho e não questione nada!

Bradou o barão enquanto se afastavam do feudo
Beatrix_algrave


O que Beatrix disse ao barão pareceu trazer-lhe alívio, ela também ficou mais tranquila com o fato dele ter concordado com a presença de Benoit durante as seções em que posaria despido. De fato o primo seria útil para separar e escolher as tintas, enquanto ela preparava a cola de pele de coelho para "selar" a tela, uma vez que ela pretendia pintar a óleo. Quando estivesse pintando poderia ajudar a limpar pincéis, e principalmente a presença dele evitaria boatos indesejados.

Mas isso seria depois que ela fizesse os rascunhos em papel. Esses rascunhos seriam a base para todos os seus trabalhos de pintura envolvendo a figura do barão. O primo poderia ajudá-la a apontar o esfuminho com lixa e limpá-lo. Também poderia contribuir na direção do modelo. Enfim, certamente Benoit seria muito útil e a ajudaria bastante no trabalho, e sua presença lhe traria mais segurança e tranquilidade.

Ela pensou e despediu-se do barão com uma vênia. Ele era um homem ocupado e muito apressado, e ela já imaginava que ele não teria muito tempo para ela enquanto estivesse ali.

- Agradeço. Entendo perfeitamente, o senhor é muito ocupado, não imaginei que teria a vossa companhia no almoço. Até a noite e bom trabalho.

Ela disse e viu o barão partir. Depois disso ela sentou-se em um dos bancos observando mais livremente a paisagem. Quando retornou a residência do barão, escreveu uma carta a Benoit pedindo que viesse imediatamente para ajudá-la. Entregou a carta a um mensageiro e em seguida foi almoçar.

Durante a tarde ela retornou novamente ao recanto apresentado pelo barão levando seus materiais e um suporte para desenho. Ela fez diversos rascunhos a pena e carvão, para composição de fundo. Então, por volta do anoitecer, ela retornou para a residência do barão do Cruzeiro.

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Primo_benoit


Aos paços miúdos a bela paisagem da Vila Cruzeiro se tornava mais expressiva no horizonte. Já era por volta da tardinha, Benoit caminhava aquele pequeno trecho, depois de um percurso de charrete.

Aproveitara sua passagem pelo Condado de Lisboa para apreciar os singulares cenários das terras ao sul de Coimbra. Ao lembrar-se da carta que recebera de sua prima exprime um alegre sorriso no rosto. Apesar de suas mãos não possuírem talento nenhum para as artes, o jovem sempre procurou manter uma postura solicita. Beatrix é uma talentosa artista, em tempos onde mecenas valorizam bastante as artes e não apenas em sentido monetário.

No entanto Benoit não esconde seu nervosismo e já nas propriedades do barão percebe que está sendo seguido por um cachorro abandonado. Ele pensa em afugentá-lo, mas sente pena então brinca com ele um pouco e lhe oferece migalhas. À sua frente ele observa um extenso e magnífico jardim e uma esplendorosa mansão, de cor branca. Para em frente aos portões da mansão, portando uma roupa simples, porém, de certa formalidade elegante e algumas tralhas em sua bolsa. E o cãozinho ao seu lado passa a latir alto, abanando a cauda.
Dalur


A noite caiu e logo o astro prateado ergueu-se nos céus, um coche cruzava a estrada, o condutor batia nos cavalos para estes locomoverem, e no interior um homem sacolejava a cada buraco, e eles não eram poucos. O barão do cruzeiro regressava a sua residência, tivera um péssimo dia, causado em grande parte pela indagação de Beatrix no jardim, e tentou solucionar este problema a sua maneira.

Quando finalmente o transporte parou a frente de sua residência, o barão desceu com dificuldades, derrubando no processo o jarro de vinho que bebera, ordenou ao servo mais próximo que pegasse suas coisas e as colocasse na sala de estudos. Depois trataria de cuidar de seus pertences, tudo que ele desejava era chegar em sua cama e esquecer tal dia.

Ao entrar, porém, o cabelo ruivo da artista lembrou-lhe que abrigava uma visita, fez uma vênia saudando-a como se fosse uma monarca estrangeira, e por pouco não caiu ao chão.

- Boa noite, dama Beatrix! Eu...er...finalmente chego em minha casa depois de... depois de... depois de um cansativo dia de trabalho. Onde está aquele teu primo que mencionou? Certamente quero conhecê-lo, és tu que estais ao meu lado? Não, é apenas um criado!

Aproximando-se da artista, o barão tentou caminhar com certa dignidade, até a cozinha, onde esperava tomar água no intuito de recobrar seus sentidos. Porém encontrava-se um tanto zonzo, e as imagens alternavam diante de seus olhos, oram passavam demasiadamente rápidas, ora eram demasiadamente vagarosas. Piscou fortemente e, após beber água sem reservas, regressou.

- Então..... senhorita Beatrix... onde está vosso primo? Querei eu...quero... é minha vontade o conhecer... deve ser o melhor assistente do condado! Ou afinal não o trarias do outro lado do reino.... digo do condado... Então, onde está?

Disse o barão concentrando-se para não demonstrar nada do estado alterado, desejava que apenas percebessem que estava cansado e isto fosse tudo. Haveria de ser a explicação que daria de qualquer forma, caso fosse indagado é claro.
Beatrix_algrave


Após preparar-se e guardar seus desenhos, Beatrix desceu para o jantar. O barão ainda não retornara, mas mesmo assim, os criados serviram a mesa para Beatrix, que achava estranho jantar sem a presença de seu anfitrião. Contudo, como sentia fome e os criados insistiram, ela acabou iniciando assim mesmo o jantar. Quando levantou a taça aos lábios, ouviu um barulho na porta, não sabia dizer se seria o barão, ou se era seu primo Benoit que atendera seu chamado.

Os servos do barão atenderam e ela viu que era Dom Dalur que retornava. Seria impossível ignorar que ele estava bêbado e confuso e dirigiu-se a ela com ares de surpresa, talvez por ter esquecido completamente que havia uma hospede em sua casa. Ele cumprimentou-a com uma vênia, e antes que ela pudesse se levantar para cumprimentá-lo em resposta, ele deixou a sala de jantar rumo a cozinha.

- Boa noite, barão...

Mal pode ela articular antes que ele a deixasse. Quando ele retornou, questionou sobre o assistente. Seu estado contudo não era melhor do que aquele em que ali entrara, sua embriaguez era ainda mais evidente, assim como o cheiro de vinho. Antes que Beatrix respondesse ouviram-se batidas na porta. Talvez fosse o primo Benoit dessa vez. Isso trouxe alívio a expressão da ruiva.

- Eu o estou aguardando. Ouço batidas na porta. Talvez seja ele.- comentou Beatrix



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Dalur


O barão escuta batidas na porta, tão altas e fortes como um ariete a irromper em uma fortaleza guarnecida. Levou a mão até a cabeça, sentindo uma aguda dor em sua mente, cambaleou um pouco e ordenou a criadagem a atender a porta

- O que estão esperando? Andem logo com isto.

Logo os criados abriram, e lá estava o referido assistente, o barão foi até ele, pisando uma ou duas vezes em falso.

- Sê tu bem...bem vindo a esta casa...digo a esta residência. É um gosto tê-lo conosco, não fiques na porta. Entrai e conhecei todo o ambiente, preparei tudo para vossa... para...er..chegada. Garantimos, digo, garanto que nunca passará tão bons dias em qualquer outro lugar.

Dito isto, o barão lhe faz uma vênia, desta vez não tão desconcertada como antes, parecia-lhe um bom rapaz, e agradeceu o fato de não ser o único foco de atenção da noite. A chegada do assistente certamente aliviaria os olhares de sua pessoa, e também daria a oportunidade do barão comer algo, que aliviasse os sintomas da embriagues.
Primo_benoit


O ambiente da Vila Cruzeiro era agradável. Benoit estava curioso para conhecer a pessoa do barão. Logo os criados abriram o portão e uma figura cambaleante lhe recebera. As iniciais palavras titubeantes e o hálito que elas carregavam não deixaram razões para dúvidas de sua sobriedade. Mas de todo modo as palavras lhes dirigidas foram acolhedoras.

- Muito obrigado pelas boas vindas senhor barão, é uma honra inestimável poder estar em vossa casa.

Faz-lhe também uma vênia e segue suas instruções para adentrar na mansão.
Dalur


Terminado de convidar o assistente, o barão ainda meio cambaleante, dirige-se aos convidados presentes.

- Um prazer conhecer vosso...primo. Parece-me uma boa pessoa! E espero que tenha feito muito boa viagem. Temos comida e aposentos se precisares Benoit, creio ser este sua referência...digo nome. Qualquer coisa que desejar, tens aqui a Marilu....Maria, ela chama-se Maria. Sua prima já a conheceu, bem, quando iremos iniciar os procedimentos...digo a pintura?

O barão pediu mais um pouco de água, parecia-lhe que isto poderia resultar em melhoras de seu estado, mesmo que a primeira tentativa tenha sido um tanto frustrada. Aguardou as instruções da artista, mesmo que ela tenha aceitado o pedido de fazer tal pintura, não fazia ideia de como se procederia tal coisa. O frio não o incomodava tanto naquela noite, muito devido a bebida ingerida a algum tempo, esta aquecia seu interior, ou simplesmente o tornava imune a sensação térmica. Apenas desta forma conseguia manter-se de costas e apoiado em uma das paredes, frias sim, mas que ao mesmo tempo o mantinha sem cambalear.
Beatrix_algrave


- Fico feliz em revê-lo, primo Benoit e que tenha conseguido atender meu pedido tão prontamente.

Beatrix disse dirigindo-se ao primo, fez-lhe uma vênia e cumprimentou-o com um abraço. Ela estava feliz com aquela chegada tão providencial que traria um auxilio imprescindível naquele momento tão delicado. A expressão de Beatrix era de profundo alívio pela presença do primo Benoit. Apesar dele ter suas esquisitices o considerava confiável. Mas afinal, qual dos Nunes estava imune a isso? Mesmo Beatrix, aparentemente a mais centrada e circunspecta tinha suas peculiaridades. Mas de perto ninguém é normal.

- Senhor barão, meu primo acabou de chegar e talvez seja bom que descanse um pouco da viagem, eu consegui adiantar bastante meus estudos de composição de cena nessa tarde, pintando rascunhos de várias partes de seus jardins. Creio que o senhor está cansado do trabalho. Amanhã de manhã todos estarão repousados e bem dispostos. Que acha que posar amanhã pela manhã, logo depois do pequeno almoço?

Ela fez a proposta e aguardou a reação de Benoit e principalmente do Barão do Cruzeiro.


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