Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3   >>

Jantar de Noivado de Samueljst e Heloysa

Dalur


O coche característico do barão não demorou para chegar ao destino, e tão logo como chegou, partiu deixando o passageiro as portas de onde se daria a festa. Entrou sem alardes e muito menos procurando ser anunciado, vestia-se tão simploriamente que não levantava suspeitas de sua nobreza. Recusou-se até mesmo usar algum anel que o distinguisse, e facilmente confundiriam-no como um dos serventes.

Ao entrar, viu algumas bebidas e caminhou para o lado oposto do baile que inciava, ou ao menos era isto que parecia. Serviu-se de uma taça de vinho, mesmo nada tendo no estômago, pois considerava que haveria o tempo de comer, e que tal demoraria, de forma que a sede seria insuportável.

Foi após findar a taça que percebeu, em um canto da festa uma figura familiar, uma bela jovem de cabelos ruivos e pele macia se distinguia dentre os convidas. Encheu nova taça e verteu seu conteúdo sem tirar os olhos dela, observando seus gestos e modos de portar. Caminhou em sua direção lentamente, sem importar-se em chegar rapidamente, e com um toque quase imperceptível de seus dedos em suas costas, tentou chamar a sua atenção, para o caso de sua voz projetada como um sussurro perto de seus ouvidos falhasse.

- Ouvi dizer que há uma bela dançarina na festa, será que ela conceder-me-ia uma valsa?
Volupia


Entre as amigas, a sorrir e conversar, sentiu o toque nas costas e olhou por instinto para o lado errado. Com vestígios de sorriso olha para a pessoa que a interpela e o sorriso cede a uma expressão de interrogação.

- Ouvi dizer que há uma bela dançarina na festa, será que ela conceder-me-ia uma valsa?

Volúpia apenas levanta uma sobrancelha. Ajeita os cabelos ruivos que por falta de manutenção da tintura já se aproximava do loiro avermelhado natural, de modo a descobrir os ombros. O sorriso volta a frequentar a face e após olhar de baixo a cima, com os olhos sem pressa, o senhor que a interpelava, responde:

- Acho que não. - Após uma pausa, após fincar os olhos claros e crepidantes nos olhos dele para deixa-lo propositalmente um pouco constrangido, levanta-se, fecha os olhos alonga graciosamente o pescoço girando a cabeça para trás, quando escapa um certo gemidinho pelo prazer da coluna refeita e pescoço relaxado. - Tenho certeza de que sim.

Com o sorriso maroto de sempre, da os braços a Dalur e diz-lhe ao ouvido:

- Guie-me, titio.

_________________
Dalur


O barão escuta as comemorações do brinde, é claro que já não havia música já a alguns minutos, e teve a leve sensação que perdeu o momento da valsa por culpa da lentidão em escolher sua roupa. Todos tem os olhos no casal que fica sorridente, e o próprio nobre poderia dirigir-se até eles para as parabenizações, mas agora o desejo era outro. Caminhando mais lentamente que a própria respiração com os braços dados a garota, foi em direção a porta enquanto dizia baixo no ouvido da sobrinha:

- Já não tem música, mas isto não será um empecilho, é claro. Está uma noite agradável, não tem porque haver dança apenas dentro do salão.

Chegaram as ruas da cidade, andaram não mais que alguns minutos até encontrar um lugar sereno, onde conseguiam ver o tapete estrelado feito a mão pela deusa Lisiene, e uma lua minguante que despontava como a obra prima noturna. Soltou-se do braço da garota, afastou dois passos e como um perfeito menestrel de corte curvou-se ante a ruiva. Logo após estendeu sua mão e aguardou que ela fosse tomada para iniciar a dança.

- Parece não haver muita música por aqui, mas preste bastante atenção. Consegues ouvir o som das cigarras como um alaúde bem afinado? E ainda o curso das águas como um sino harmônico? Estes serão nossa melodia, e quanto ao canto, peço-te humildemente que faças esta parte. Conceda a graça de sua voz para que dancemos nesta noite maravilhosa, e ainda mais deslumbrante por vossa culpa. Pois tu estás linda e radiante, de tal forma que não posso ignorar para outro dia este momento
Volupia


A música tinha de acabar logo agora? Volúpia já pensava em importunar os músicos para tocarem algo alegre para bailar quando as palavras do tio "Está uma noite agradável, não tem porque haver dança apenas dentro do salão. " soam um tanto estranhas. Mas vindas de Dalur, tudo é possível. A capacidade que ele tem de surpreender é uma das peças mais divertidas que compõem o charme do barão. E deixar-se surpreender não é apenas uma forma de atirar-se no escuro; é uma forma de atirar-se no escuro confiante de que haverá braços aconchegantes que além de nao deixarem cair, são capazes de fazer rodopiar, sustentar no ar, e alguma coisa que você não espera mas com certeza gostará.

Durante a saída furtiva, ela nem se despede de ninguém, apenas deixa-se guiar por Dalur. Ainda que vestido com simplicidade ele tinha um porte elegante. Sempre foi assim, expansivo, brincalhão, alto, forte e com um magnetismo que Volúpia sentia desde menina quando o tio a colocava nos braços e ela sentia a barba roçar na pele tenra enquanto ganhava beijinhos nas faces. Sensação difícil de explicar. Lupita lembra ainda que quando ficou mocinha era a ele que ia contar os segredos, pedir conselhos, perguntar sobre a vida, o mundo, beber sabedoria em seus lábios, sentir aconchego do seu colo e sonhar descaradamente em ser amada por um homem assim: igualzinho ao tio.

Os dois conversavam agradavelmente. Não precisaram andar muito pelas ruas da cidade para que Dalur escolhesse um lugar sereno onde se via, estrategicamente, a lua minguante a distribuir um luminoso sorriso fascinante. Sentindo a lua tocar a pele dessa maneira, Volúpia inspira voluptuosamente o ar puro, sente-se tranquila, confortável, sob a pele que se eriça com o frescor da noite, quando o tio, sempre surpreendente, faz uma vênia e a convida a dançar sob o cântico da natureza. E convida a jovem a cantar.

Volúpia sorri. Os que passam, ao não ouvir a música nos julgarão loucos. Mas talvez esse seja o julgamento mais correto. Loucos. Lupita dá mais uma risada. Loucos, surpreendentes e em harmonia com o que os deuses abençoaram o Universo. Sons sensuais, caprichosos, que Volúpia, com um imenso prazer tenta acompanhar em murmúrios suaves, para impingir o ritmo do momento. Ela desfaz a vênia de Dalur ao dar-lhe a mão, pronta para se lançar novamente nos braços dele e esperar que ele a surpreenda mais uma vez.

_________________
Dalur


O barão pegou a mão delicada e alva da sobrinha, já não era uma garota pequena que corria ao seu lado procurando comeres em seu bolso, não. Era uma moça bela, de cabelos ardentes e olhos abrasadores, e com uma voz que fazia a própria música ganhar vida. Passou o braço por sua cintura e a puxou gentilmente mais perto, e foi com grande espanto que uma lufada de ar o atingiu, com um cheiro doce que fez o chão girar por um instante.

Trocaram o salão de dança por um ambiente aberto, o lustre veneziano pomposo pela lua minguante, os músicos pelos sons da própria natureza. Parecia um baile incomum, feito para atitudes incomuns e pessoas incomuns, mas que apenas eles compreendiam. Quando as primeiras notas saíram da boca daquela garota, foi como embalar em uma canção divina, desmoronando tudo a volta, e deixando na existência apenas aquele momento. Dançou rodopiando-a, carregado pela melodia mágica de sua voz e pelo aroma doce de sua boca, e por aqueles momentos, foi feliz.

A dança foi primorosa, digna de uma plateia ilustre, mas apenas a lua foi testemunha naquela noite. Não se importaram com o tempo que passava, ou mesmo com um erro ocasional na letra da canção, afinal para que a pressa? Não era aquele momento, algo único e sem explicação, do qual relembramos tantas vezes em nossa velhice?

O barão olhava fixo no olho da sobrinha, via duas chamas lançando seu calor sobre ele, revelando uma alma que conhecia como se fosse a própria, desfazendo qualquer outro pensamento que não fosse ela. Quando a dança aproximou de seu final, ele apoiou o corpo da sobrinha no braço que estava em suas costas, e lentamente a abaixou enquanto cantava sua nota final.

Quando a trouxe de volta, olhou em seus olhos em chamas, sorriu deixando os dentes brancos a vista, e sentiu uma alegria tão genuína que deu a noite como completa ali mesmo. Depois, em um gesto tão inexplicável como o próprio convite para a dança, deu um beijo breve em seu pescoço e lhe perguntou

- Você confia em mim?
Volupia


Sem muito pensar, Volúpia respondeu:
- Confio.

_________________
Dalur


A resposta da sobrinha reverbera pelo silêncio deixado com o fim da canção, o barão nada faz a não ser observar os traços da garota, era a primeira vez que a admirava com tanta proximidade. Deu um sorriso sem razão alguma, e puxou-a lentamente enquanto afirmava sem dúvidas

- Não devias confiar.

Ao ficarem novamente se encarando, uma súbita inspiração acertou-o como um raio certeiro, e logo as palavras brotaram de seus lábios como se fossem de Lisiene.

"Grandes vales percorri
E muitas coisas eu vivi
Mas nada há que se compara
Com a melodia que não para
De uma canção divina
Que sempre me alucina
É o som de um ardente desejo
Que sinto quando te vejo
Se há algo que sempre almejo
É ter em meus lábios teu beijo
"
_beatrix_algrave


Como o jantar começara, após o brinde, Beatrix sentou-se e serviu-se junto com os demais convidados daquela festa tão agradável e de cardápio tão variado.

Depois de comer, beber e dançar, ela declarou que estava um pouco cansada e despediu-se dos noivos, renovando seus votos e desejos de felicidade ao casal.

Pediu que Fitz a acompanhasse de volta ao quartel, onde ela passaria a noite no quarto que lhe fora preparado dentre os muitos que existiam para acomodar militares viajantes.


_________________
Volupia


Volupia balança os cabelos sensualmente por cima dos ombros, se aproxima do titio Dalur ate que possa sentir a respiração dele , olha nos seus olhos, levanta o queixo dele com o dedo e quando percebe que os lábios quase se juntam para um beijo, põe o indicador em sinal de silêncio sobre aqueles lábios que um dia já desejou com a mesma fúria de vontade com que a tempestade revira céus e terra e inunda e transforma. Porém, o coração de Volúpia agora, nesse momento, só conseguia pensar em um nome: Pekente.

-Tio, meu mestre, meu amigo, pessoa que tanto adoro, que tanto desejei, tu me ensinaste que nao devemos recuar quando temos vontade de algo. E que nossos desejos são nossos guias. Um dia eu já te quis demais. Quis pertencer a seu harém, seu rol de preferidas, ser sua amante, a melhor e mais louca delas, certamente. Mas hoje não sinto essa vontade. Seria muito leviana em dar o beijo que pedes estando o meu coração gritando por um moreno que tem o melhor de ti numa personalidade fascinante, que me demonstra mais que desejo, demonstra amor. Teu filho, Pekente, tem estado comigo todas as noites e em todas, me mostra que não é mais o menino que cresceu comigo, é um homem maravilhoso que sabe muito da arte de enlouquecer uma mulher. Não digo que pertenço a ele, mas digo que em minha liberdade, de estar e de querer estar com quem eu quiser, escolho não magoar aquele rapaz por conta desse momento. Você já teve sua chance. Eu me daria toda e inteira sem nada cobrar, seria intensa, de uma intensidade que jamais conhecerás com aquelas a quem pagas para obter prazer, porque a minha paga seria saborear toda a tua excitação orgasmática no corpo, na alma, nos sentidos, em tudo que eu lhe pudesse dispor. Agora o meu desejo é fazer feliz ao teu filho, com tudo o que sou, com a volúpia de tudo o que existe e fazê-lo gozar da vida o melhor.

Mas não quebremos este clima mágico, tio, a noite continua maravilhosa. Peço que me leves em casa já que não ouso voltar à festa depois de ter saído à francesa. Eu alegrarei o caminho com uma canção alegre.



E dançando, fazendo poses de odalisca, remexendo sensualmente enquanto dança, cantarola:

Você não acreditou
Você sequer notou
Disse que eu era
Muito nova pra você
Mas, agora que cresci
Você quer me beijar

Mas pra não dizer que eu sou ruim
Vou deixar você me olhar
Só olhar, só olhar, baba


(nessa parte mostra a perna, dá uma voltinha e continua dançando muito)

Baby, baba!
Olha o que perdeu!
Baba! A criança cresceu
(Baba!)Bem feito pra você, é
Agora eu sou mais Pekente!
(Baba!)Isso é pra você aprender (baba!)
A nunca mais me esnobar...

Baba baby, baby baba, baba


Quando acaba a ousada e badalhoca dança dá um beijinho carinhoso na face do tio e o braço para irem embora.

_________________
Dalur


Ouvindo e vendo a performance digna da memória de todo o reino, o barão apenas observa, absorvendo cada palavra, cada movimento pequenino como um banquete diferente, de gosto amargo e doce. O misto de tais paladares foi-lhe o banquete que não comeu ainda, e tinha certeza que já não precisaria comer nada mais, porém a digestão lhe causara secura, seja pelo doce ou pelo amargo.

A dança lhe foi um resplendor de movimentos e jeitos, tão vivos como nunca havia visto, e tão primorosos como na festa antes do casamento de seu irmão Breft. Oh sim! Em meio aquele lugar oculto dos vorazes olhos que apenas fofocam o mal, com o intuito assassino de macular reputações, deslumbrou uma nova pessoa que renascera, e só então compreendeu a transformação total que sua sobrinha havia sofrido. Esta revelação com traços de descoberta, lhe trouxera um dos sorrisos mais sinceros que um dia já brotou de seus lábios, foi o reflexo de uma satisfação genuína em seu coração.

Ainda sentindo o abraço da sobrinha, refletiu que algo havia em seu peito, e teve de vasculhar seu interior para descobrir seu significado. O perfume da pele da sobrinha lhe carregou em tal escrutinação, e foi seu guia para finalmente perceber qual sentimento era, e descobriu que se tratava de amor. Não o amor físico e tórrido, que varre a sanidade de amantes incondicionais e os levam a cometer loucura, mas sim o amor puro em forma, que apenas ama sem razão física. Aproveitando a situação, externalizou toda a imensidão daquele sentimento

- Não quero que sejas minha amante, nem tão pouco que tire meu filho de teu coração. Pekente é um rebento fantástico! E tem muito do pai, o que chega a assustar-me as vezes. Saibas que sempre serei tudo que fui, e ainda continuarei sendo apaixonado por tua personalidade, novinha ruiba. Continuarei a te amar, como sempre o fiz

Afastando-se de seu corpo, o barão estendeu a mão para acompanhá-la até seu coche. Ao chegar no transporte, foi cavalheiro e lhe ajudou a subir, e deu ordens ao cocheiro que rumasse para a casa da sobrinha, feliz e radiante por tê-la por perto.
Volupia


Ao chegar a casa, dá mais um beijinho na face do tio, outro na palma de sua mão, desce e entra a correr, muda, sem querer esquecer nenhuma das palavras que a emocionou. Tira a roupa, deita na cama, lembra da festa de Heloyse e sabe que será inesquecível. E chora. Chora a soluçar, agarrada ao travesseiro, unica testemunha desse momento. O motivo é um segredo tão bem trancado que nem o narrador que tudo vê e percebe saberia explicar. Rosto molhado, olhos limpos de uma menina desarmada, despida e frágil em sua caminha de sonhos. Segredos de mulher balbuciados para dentro. Fim de festa para Volúpia, vontade de fugir para longe, montada num cavalo negro, a galopar com a pele clara, nua, cabelos ao vento, carnes em movimento, em busca da tal felicidade. Vontade que vai desaparecendo quando o sono traz a imagem do moreno e seus olhos vivos e o som de um sussurro sincero que ele lhe disse com sua voz bonita "te amo". Adormecendo, diz a última palavra da noite e primeira palavra de um sonho tranquilo: ''Pé..."

_________________
Renanbachazevedo
Chegada a festa de noivado da sua querida amiga
desejo muita felicidade para os dois
Mgcadv
Mgcadv e Kiarinha, chegam a festa de noivado de Heloysa.
Muitos convidados, muitos conhecidos familiares.

Dalur como vai ? A tempos não o vejo ?

Venha Kia, vamos cumprimentar a noiva Heloysa
.

_________________

De volta as origens.
As condições do homem, são resultados do meio em que vive.
Quelfescity


Dom Quelfescity, chega um pouco a pressa, pois pensa que já está atrasado.

Vendo que a festa ainda não começou abranda o paço e vai cumprimentar a noiva e quem se encontra presente.

_________________
See the RP information <<   <   1, 2, 3   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)