Maria_madalena
Estavamos no início de Novembro e Madalena não tinha a certeza se era quinta ou sexta-feira. As ruas frias e solitárias do Porto estavam envoltas pela neblina característica daqueles meses de Outono, neblina que lhe toldava a visão e gelava o rosto, nada mais se ouvia além do leve restolhar das folhas no chão e do ocasional piar de uma coruja. Aquele silêncio era o presságio dos meses difíceis que se avizinhavam.
A meretriz estava habituada a passeios nocturnos, contudo não conteve um arrepio quando uma corrente de ar lhe sacudiu a capa negra. Instintivamente apalpou o punhal que ia preso à sua coxa, por baixo da saia, sentiu-se reconfortada, mas não segura. Ajeitando a capa sobre os ombros apressou-se a percorrer aquela rua. Estava no centro do Porto, perto da Casa do Povo e do Mercado e o seu destino era mesmo ao final daquela viela.
Por fim, o edificío de telhado negro erguia-se à sua frente, mesclando-se com o negrume daquela noite. Da janela provinha uma luz alaranjada reconfortante e, agora que estava próxima, podia ouvir gargalhadas. Sem hesitar, Madalena empurrou a porta e foi bafejada por uma onda de calor e bem-estar, os olhos da meretriz brilharam e esta apressou-se a entrar, fechando a porta atrás de si.
- Boas noites. - cumprimentou enquanto retirava a sua capa negra e a pendurava num dos cabides à entrada.
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A meretriz estava habituada a passeios nocturnos, contudo não conteve um arrepio quando uma corrente de ar lhe sacudiu a capa negra. Instintivamente apalpou o punhal que ia preso à sua coxa, por baixo da saia, sentiu-se reconfortada, mas não segura. Ajeitando a capa sobre os ombros apressou-se a percorrer aquela rua. Estava no centro do Porto, perto da Casa do Povo e do Mercado e o seu destino era mesmo ao final daquela viela.
Por fim, o edificío de telhado negro erguia-se à sua frente, mesclando-se com o negrume daquela noite. Da janela provinha uma luz alaranjada reconfortante e, agora que estava próxima, podia ouvir gargalhadas. Sem hesitar, Madalena empurrou a porta e foi bafejada por uma onda de calor e bem-estar, os olhos da meretriz brilharam e esta apressou-se a entrar, fechando a porta atrás de si.
- Boas noites. - cumprimentou enquanto retirava a sua capa negra e a pendurava num dos cabides à entrada.
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