Dalur
O dia amanheceu esplêndido, o cheiro das flores impregnavam os ventos que sopravam calmamente sobre a cidade. O céu estava nublado, e o sol encontrava-se timidamente atrás das brancas nuvens. Era um sábado do mês de Agosto, e também, uma data especial para alguns ilustres habitantes do Reino de Portugal. E neste dia especial, tudo indicava um acontecimento fora do comum, algo para marcar a vida de tais pessoas.
No recém construído templo, flores foram trazidas para enfeitar e embelezar a cerimônia que lá ocorreria. Lírios, rosas e jasmins decoravam toda a extensão das brancas do mármore nas arquibancadas, bem como ao longo do pátio exterior. O obelisco fora envolto por belas fitas coloridas, e outras tantas fitas estavam enfeitando aqui ou ali.
Logo o sacerdote chegou, calmo e sereno, em uma veste diferente, como uma toga ornamentada com símbolos estranhos e palavras desconhecidas de uma língua esquecida pela humanidade. Em seu rosto, a alegria estampada do tio que casaria sua sobrinha, e o orgulho do pai que iria de casar seu filho. Conheceria também Antonia, de quem tanto escutara falar, e a quem nunca havia pousado os olhos.
Certificando-se que tudo estava preparado, o sacerdote aguardava pacientemente a chegada dos noivos e dos demais convidados. Olhando para o céu falou baixinho
- Parece que pode chover, seria um ótimo sinal. Uma benção dos deuses aos noivos... É realmente um lindo dia hoje....
E cantarolando uma canção feliz, aguardou os demais