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Casamento de Volúpia, Pekente e Antonia

Ltdamasceno


Damasceno havia recebido um convite indireto para o casamento de Volúpia, seu amigo e Conde Majarax o havia convidado para os acompanhar, mas o Patriarca ficou pensativo se deveria ir ou não. Conhecia a dama Volúpia, mas não saberia se seria bem-vindo em um templo hexista, suas experiências em adentrar templos nunca eram agradáveis e nem lhe traziam boas lembranças...

O caminho era razoavelmente longo e ele já se sentia cansado das estradas, longas viagens lhe fazia filosofar sobre a vida e sobre o que viveu até então. Isso lhe entristecia, pois chegava a conclusões deprimentes e por fim, ficava com raiva.

Na estrada e em sua carroça, desacompanhado da esposa e de seu fiel amigo Manoel que ainda se recuperava do último assalto que sofreram, Damasceno viajou em silêncio e sem pressa. A chuva caia e ele passou a "adorar" ainda mais o percurso, a melancolia agora gargalhava de si e o Patriarca podia notar isso claramente. Por fim, avistou uma nuvem negra se elevar a distância e quando se aproximou melhor, percebeu que se tratava de fumaça, era fumaça demais para ser uma simples fogueira.

Pessoas e carroças cruzavam o caminho de Damasceno, a frequência aumentava cada vez mais e isso deixou o Patriarca preocupado, até que abordou um sujeito:

- Salaam Aleikum cidadão, o que houve?

- Um incêndio meu senhor, queimaram o templo mais ao sul durante um casamento, houve um ataque, uma confusão generalizada. Estamos indo para a próxima cidade buscar por auxílio para retirar os escombros e cuidar dos feridos. Diz o homem apontando para a fumaça e depois voltando para Damasceno.

- É necessário tanta gente para ir buscar ajuda? Diz Damasceno notando o número de pessoas a ir na direção contrária.

- Alguns deixaram a cidade e estão indo se refugiar na casa de parentes distantes, ao que parece será uma noite difícil por lá. Disse o homem com um ar preocupado. - Eu lhe recomendaria cautela se estiver indo para o templo.

- Obrigado cidadão, que o Único abençoe seu caminho. Finaliza Damasceno, dando um estalo no cavalo para continuar o caminho.

Algumas horas se passaram na estrada e a fumaça estava cada vez mais próxima, já o suficiente para que fosse possível sentir o cheiro de queimado. Subitamente, um vento bateu contra Damasceno trazendo as gotas de chuvas para o seu rosto, porém não era só isso, junto do vento e da chuva veio um sussurro...

"A noite de inverno está pálida e atraente, dançando nas nuvens ela está levando os seus sonhos para o abismo do limbo...ame-a."

Damasceno para a carroça e começa a olhar para todas as direções em busca da voz, mas nada encontrou, havia apenas uma estalagem próximo da estrada. Ele olhou para as mãos e percebeu que elas estavam tremendo, mas não de medo ou de frio, apenas tremiam.

- Mas o que? Diz o Patriarca para si mesmo enquanto fechava as mãos com força, tentando cessar o tremor.

Ele se aproximou da estalagem, precisava parar por alguns momentos e beber algo forte. Amarrou os cavalos próximo a um cocho e adentrou a estalagem, buscou por uma cadeira vaga no balcão e levantou o braço ao taverneiro.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
Ltdamasceno


- Me dê 7 doses da sua bebida mais forte, não importa o preço, só seja rápido. Ele baixou a cabeça no balcão enquanto aguardava a sua bebida ficar pronta.

Os sons da estalagem foram interrompidos por uma confusão, um homem foi arrastado para dentro do lugar por uma bela ruiva. A moça não parecia uma mulher qualquer, era destemida e forte o suficiente para dominar e arrastar o homem daquela forma. Damasceno levantou o olhar e encarou a moça estudando-a, a mesma respondeu o olhar mas o ignorou, dirigindo-se ao taverneiro buscando saber onde estava a moça ferida pelo o ataque. O taverneiro aponta para cima e a moça sobe as escadas rumo aos quartos.

Damasceno observa a cena incrédulo e pergunta ao taverneiro:

- Quem foi ferido?

- Ferida. Respondeu o homem detrás do balcão. - Foi uma mulher, ao que parece houve um ataque no templo e a moça se machucou. Espero que tudo fique bem com a senhorita Madalena.

- Madalena? Maria Madalena? Da Babilônia? Indagou o Patriarca.

- Sim, ela mesmo. Que Jah a proteja... Diz o taverneiro suspirando.

A ruiva que subiu as escadas arrastando o homem agora desceu sozinha e saiu sem dizer nada. Damasceno virou as últimas doses da bebida que estava em cima da mesa, deixou alguns moedas no balcão e subiu as escadas. Passou por todas as portas lentamente até chegar no último quarto, quando a sua mão pareceu tremer mais do que já estava. Ele bateu na porta e esperou uma resposta.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
--_beatrix_algrave


Beatrix ouviu as batidas e sobressaltou-se. Se fossem os Grigori, provavelmente prefeririam as janelas, e assim, ela ficou preocupada. Apagou a vela que iluminava o quarto deixando-o na semi-escuridão da noite.

A ruiva deixou a espada na bainha, mas tomou uma bacia de loiça que estava no toucador e segurando a bacia com uma das mãos, com a outra correu o ferrolho, abrindo a porta e deixando que quem quer que fosse entrasse. Ao ver o homem entrar, achou que aqueles cabelos certamente não eram de Eleazar.

Como não reconheceu o estranho, bateu com a bacia em cheio em sua cabeça, quando ele deu o segundo passo, adentrando o quarto. A bacia não chegou a quebrar, mas certamente aquela rachadura não passaria desapercebida pelo estalajadeiro.
Ltdamasceno


A porta se abriu, o quarto era negro por dentro, não apenas escuro, era quase surreal. Deitada na cama estava a figura de uma mulher pálida que parecia expurgar as trevas que habitavam ao redor do quarto, ela era única coisa no qual a escuridão não tocava. O Patriarca sem dizer nada foi tomado por ações que ele não compreendia e naquele momento não tentava compreender. Avançou para próximo da mulher que estava deitada mas algo lhe acertou a cabeça com uma força razoável. O latejar começou a aumentar, mas o seu corpo parecia não responder a dor. Olhou para quem lhe atacou e viu uma mulher que chorava sangue. Ele parecia não reconhecer o seu rosto e voltando para a que estava deitada, se aproximou, apoiou um dos joelhos na cama e deixou o rosto próximo do dela, encarando-a por alguns segundos.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
--_beatrix_algrave


Como o homem estranho não pareceu sentir a pancada e foi em direção a cama onde estava adormecida Maria Madalena, Beatrix não hesitou em atacá-lo uma segunda vez, acertando-o novamente na cabeça com a bacia de loiça que dessa vez se partiu em dois pedaços.

A ruiva não iria permitir que ninguém fizesse mal a Maria, não novamente e jamais enquanto ela estivesse ali. Esperava que aquele golpe fosse suficiente para deter o estranho que adentrara seu quarto.
Ltdamasceno


O golpe acertou Damasceno e ele sentiu algo úmido escorrer pelo o seu pescoço, não parecia suor. Foi somado ao latejar uma dor aguda, como se algo tivesse entrado em sua mente e buscasse espaço para se abrigar. Ele fechou os olhos e pôs a mão que ainda tremia na testa da moça, hipnotizado proferiu:

- "Gaia...in tot annos me non te videre."

As trevas desapareceram, a luz do luar que entrava pela a janela invadia o quarto e devolvia as cores ao ambiente. Damasceno se afastou da cama num susto, como se tivesse acabado de acordar de um pesadelo. Suas mãos não tremiam mais, porém sua cabeça doía como se 1.000 mangas tivessem caído de uma árvore e lhe acertado em simultâneo. Para a sua surpresa, um rosto familiar estava ali acompanhado de um estranho, enquanto ambos lhe observavam com uma interrogação. Foi inevitável sentir a tontura.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
Microbio
A confusao estava instalada dakele casamento.
Depois de tentar consolar a noiva, ve o padre leva la dali, ficando com Talassa e Sirkratos duma das laterais do templo.

- Madrinha vamos embora ... ja nao se faz nada ca ... alem disso to com um fome de leao. Diz, impaciente, virado pra Talassa e nao conseguindo controlar os roncos da barriga.
--_beatrix_algrave


Beatrix viu que o homem caíra sobre a cama, e afastou-o da prima, pondo- sobre o tapete no chão. Arrastou-o até ali com certo esforço, pois o corpo desacordado era pesado para ela e a ruiva já estava cansada por todo o esforço daquele dia.

Então, ela acendeu a vela, e vou ver quem era o sujeito, se ele trazia algo que o identificasse com os fanáticos ou se estava armado.

Quando ela aproximou a luz do rosto do homem, levou um susto enorme, pois deu-se conta de que o conhecia. Ela havia atacado o senhor Damasceno Saadi Altir, o mercador da cidade da Guarda. Lembrou-se dele de quando ele fora fazer uma solicitação à Heráldica Portuguesa.

- O que deu em mim? Ataquei o senhor Damasceno.

Ela pegou um pano e a água que estava na jarra para passar na cabeça dele, e percebeu que ele sangrava. Um corte se abrira bem no local onde ela o acertara.
Ltdamasceno


"- Pai, quando eu estarei pronto para assumir a família?"

"- Quando você não mais se perguntar sobre isso criança."

Damasceno abriu os olhos e viu uma ruiva a cuidar dele. Parecia com a mulher que havia visto chorar sangue, porém com um decote muito mais atraente. Estava deitado no chão, mas não lembrava de como fora parar ali, buscou se sentar com alguma dificuldade, mas sua cabeça ainda doía e ainda se sentia um pouco tonto. Voltou a olhar para as mãos e aliviado percebeu que elas continuavam sem tremer.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
--_beatrix_algrave


Ao ver que o homem abrira os olhos e havia acordado, Beatrix surpreendeu-se e pensou. - "Oh! Graças a Jah! Eu não o matei. Que alívio."

- O senhor se sente bem? Tem um corte na sua cabeça. Eu estava tentando estancar com esse pano.

Ela disse e mostrou o pano úmido e ensanguentado.

- Eu acertei o senhor duas vezes, mas não foi por querer. Quer dizer...Eu pensava que o senhor era um dos homens que atacaram o templo e feriram a minha prima Maria Madalena. Como aquele ali que está amarrado e amordaçado

Ela disse, mostrando o homem que haviam deixado ali e que Beatrix deixara imobilizado, para quando os Gregori chegassem.
Ltdamasceno


A palavras da moça se perdiam em sua mente, Damasceno não evitava olhar para o decote da mesma pois isso de certa forma o fazia esquecer da dor, quase como aliviando-a.

- Estou ótimo, obrigado pela ajuda. Disse fazendo um esforço para se levantar. Observou o sujeito quando a moça o apontou como um dos que atacaram o templo, mas Damasceno estava mais preocupado com o que tinha acabado de acontecer. Levou a mão a cabeça e depois olhou, vendo ainda algumas marcas de sangue. - Quem e porque diabos iria atacar um templo de tal forma? Perguntou enquanto se aproximava do sujeito que atacara Madalena. - E porque acha que viriam até aqui lhe atacar? Agora desviando o olhar para Beatrix, mas sem esperar resposta voltou a olhar para o sujeito uma vez mais, buscando tentar reconhecê-lo, em vão. Por alguma razão, Damasceno estava sentindo gosto de sangue na boca, se afastou do sujeito e aproximou-se de Beatrix, dizendo: - A senhorita bate forte para uma moça da Heráldica. A dor ainda estava aguda, mas ele tentava não demonstrar.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
Grigori


Eles percorreram a noite como sombras de um vento raivoso, a escura de seus cavalos apenas se diferenciando do negro de suas vestes. Os quatro cavaleiros cobertos por mantos de viagem cruzaram a noite em direção à estalagem. Pouco mais atrás a carroça que os acompanhava começava a ficar para trás a medida que seus cavalos avançavam em um galope rápido. Ele não os perdoaria se falhassem.

O líder daquele pequeno grupo indicou aos demais a estalagem de onde viera a mensagem. Em silêncio pediu aos céus que não fosse demasiado tarde.

Os quatro ginetes se detiveram atrás da estalagem, e com a habilidade de seu oficio chegaram até a janela pretendida e sem nenhuma cerimonia por ali entraram.

Quatro sombras junto à janela aberta. Até que uma voz veio de uma delas, uma voz feminina. - Como se encontra Maria? - ao mesmo tempo uma daquelas figuras se aproximava da cama para examinar o vulto de Maria Madalena.
--_beatrix_algrave


Beatrix quase riu do comentário do senhor Damasceno, quando notou a chegada dos Gregori que de maneira furtiva foram adentrando o quarto.

- Ela está bem, pois antes de vossa chegada um altai esteve aqui e tratou dela a meu pedido. O ferimento foi superficial, mas ela perdeu muito sangue. Não foi aquele homem que a atacou. O atacante fugiu, mas talvez aquele homem saiba algo e ele precisa ser interrogado.

Ela respondeu isso tanto para os Gregori quanto para o senhor Damasceno, indicando novamente o prisioneiro. Em seguida Beatrix continuou.

- Precisamos deixar esse lugar. Depois desse ataque não sei se é seguro permanecermos aqui por mais tempo.
Ltdamasceno


Damasceno em reflexo colocou a mão na cintura buscando o machado que não estava mais ali, havia deixado na carroça, passou em busca da adaga mas quando já estava pronto para empunhá-la, percebeu que os intrusos na verdade eram convidados. O seu tempo de resposta foi lento, pela a graça do Único, não eram inimigos.

Todo aquele ar de mistério invadia o quarto e Damasceno sentia uma explosão de emoções, uma mistura de medo com ansiedade. Os quatro vultos tinham uma posição ameaçadora e isso deixava o Patriarca inquieto, se forem lutar, não gostaria que tivesse de esperar muito tempo para começar.

Uma das figuras se aproximou da cama buscando avaliar Madalena, Damasceno tomou alguns passos para trás, se afastando.

- Se vocês não conhecem um local seguro por perto, tenho uma parente não tão distante daqui. Ela certamente vos receberia sem muitas perguntas.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
Grigori


- Um coche está em caminho para levar-las a um local seguro. - respondeu a voz feminina à Beatrix. - Quanto a este, - começou dizendo indicando ao prisioneiro. - nos encarregaremos dele. - sentenciou, e havia algo gélido em sua voz quando disse isso, ao mesmo tempo que as outras duas figuras se dispunham a carregar o prisioneiro para fora. De inicio o prisioneiro forcejou, mas então um saco encerrou-se sobre a cabeça dele e um golpe o deixou desacordado. Pouco tempo depois os três haviam desaparecido pela janela.

Quanto o senhor. - Disse aproximando-se de Damasceno. - Lhe recomendo que esqueças o que visteis aqui esta noite. - completou. Não havia nenhuma ameaça em sua voz, e por isso mesmo aquilo soava muito mais ameaçador.

A figura que observava Maria retornou para junto da que falava a Damasceno, e ao lado dela reportou sobre o estado da ferida, seu sussurro apenas audível para a Grigori. E então um aviso subiu pela janela, como o canto de um rouxinol. A figura que havia observado Madalena, retornou ao borde da cama e tomou a jovem em seus braços, indo silenciosamente em direção à porta enquanto a outra saia novamente pela janela.

- O coche as espera abaixo. - disse antes de desaparecer por ali.
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