Narrador, roleplayed by Maria_madalena
A primavera viera tardia naquele ano. A chuva grassara com intensidade raramente vista, alagando campos e destruindo plantios. Uma repentina subida do caudal do rio, em meados de Abril, apanhou os moradores das aldeias mais ribeirinhas completamente desprevenidos. As águas do Douro, fonte de vida e riqueza, tornaram-se então um símbolo de morte e destruição, levando consigo dezenas de bocas famintas e corpos maltrapilhos.
Estávamos agora no final de Maio e as primeiras flores desabrochavam. Os agricultores enchiam os campos e os mercados estavam de novo cheios de vida. A cidade do Porto parecia ter recuperado o seu encanto. Nada faria antever que, naquela fatídica noite, uma jovem e bela mulher morreria assassinada no leito do bordel mais afamado do reino de Portugal.
Foi na manhã seguinte que o seu corpo, mutilado e dilacerado, foi transportado até à floresta que ladeava a cidade do Porto. Adepta da fé druidica, Marilu foi levada até àquele santuário da natureza para ali poder receber as últimas palavras de conforto. Sorte que aquela era a sua crença, pois certamente que a fé Aristotélica recusar-se-ia a abençoar o seu percurso, agora totalmente espiritual, não tivesse Marilu sido uma pecadora. A jovem mulher, órfã de pai e de mãe, teve na Casa da Babilónia a sua família. E para o seu funeral não se esperava a presença de mais ninguém, para além das mulheres da Babilónia e, talvez, um ou dois clientes mais afeiçoados.
Estávamos agora no final de Maio e as primeiras flores desabrochavam. Os agricultores enchiam os campos e os mercados estavam de novo cheios de vida. A cidade do Porto parecia ter recuperado o seu encanto. Nada faria antever que, naquela fatídica noite, uma jovem e bela mulher morreria assassinada no leito do bordel mais afamado do reino de Portugal.
Foi na manhã seguinte que o seu corpo, mutilado e dilacerado, foi transportado até à floresta que ladeava a cidade do Porto. Adepta da fé druidica, Marilu foi levada até àquele santuário da natureza para ali poder receber as últimas palavras de conforto. Sorte que aquela era a sua crença, pois certamente que a fé Aristotélica recusar-se-ia a abençoar o seu percurso, agora totalmente espiritual, não tivesse Marilu sido uma pecadora. A jovem mulher, órfã de pai e de mãe, teve na Casa da Babilónia a sua família. E para o seu funeral não se esperava a presença de mais ninguém, para além das mulheres da Babilónia e, talvez, um ou dois clientes mais afeiçoados.