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[RP - Privado] Raízes Mortas

M.benoit


Benoit decidira consigo que deveria permanecer calmo. Se o objetivo fosse tua morte já teriam feito há muito tempo. Talvez fosse algum inimigo antigo de sua família, mas como descobririam que estava em Guarda? Ou melhor, aqui seria realmente a povoação de Guarda? Quem seriam essas pessoas? Apesar da forte dor de cabeça, Benoit ouve algumas vozes, e ao recostasse na parede fria pergunta em tom alto:

- Quem sois vós?

Tua pergunta é seguida de uma longa tosse, bastante seca ao levantar sua voz o que o faz cair no estante em que vê algumas silhuetas embaçadas.
Leticia


Letícia aproximou-se do homem caído.

- Não deram comida a esse coitado? Acho que exageraram nas ervas.

Ela disse e se abaixou, dando uma sequência de tapinhas na cara de Benoit para ver se ele despertava. Ou ele ainda estava drogado ou desmaiara de medo.

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Olivershaggy
Those be some sweet jugs
M.benoit


Fora uma leve tontura que o francês sentira. Ele não chegou a ficar totalmente desacordado, seus sentidos pareciam estar lutando para que o corpo os acompanhasse. Tal mal estar pelo menos pareceu um bom presságio para Benoit, que sentia suas forças estarem se regenerando, aos poucos. Só precisaria de um pouco mais de repouso. Ao recobrar um mínimo de consciência percebe uma mulher de rosto incrivelmente belo em sua direção e o acudindo. Benoit pensa que tal rosto lhe lembra da mais pura e fatal beleza pagã, amálgama de sonhos libidinosos e pesadelos horrendos transubstanciados em um único ser, portador de toda a ousada formosura proibida. Ao receber alguns tapinhas seus pensamentos se explodem e esvaem, no que o deixa de aspecto abismado.

- Je pensais qu'il n'y avait pas de paradis... – escapam-lhe de sua boca no instante que parece ser o último delírio.

- Pardon belle demoiselle! – se desculpa rapidamente – Onde estou e quem sois vós? Tudo me parece muito confuso...


Je pensais qu'il n'y avait pas de paradis - pensei que não havia paraíso
Pardon belle demoiselle - perdão bela moça
Leticia


Letícia ri, levanta-se e põe as mãos na cintura. Obviamente ela compreendera tudo que Benoit dissera em sua língua materna.


- Olha que bem poderias estar no inferno e a essa altura. Mas tens amigos astuciosos.


Ela indica ao "carcereiro".

- Dê a ele um bom caldo de carne, um pão e uma caneca de cerveja. E também um banho. Quando ele estiver recuperado, quero ter com ele.


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M.benoit


Benoit percebe que a moça entendeu o que soltou, pois o respondeu em uma ironia que lembrava muito bem certo alguém. Ele também percebeu que aquelas pessoas no mínimo não o queriam morto, então decidiu não lhes encher de perguntas ou tentar qualquer ato insano, apesar de sua intuição ainda lhe deixar desconfiado. Alguns homens vestidos como guerreiros, apesar de não embainharem armas, o conduziu a um pequeno cômodo, razoavelmente iluminado onde havia uma mesa simples de madeira escura e um barril onde poderia se sentar. Comeu tudo rapidamente; um caldo de carne bastante salgado e um pão seco. Recusou a cerveja mais ganhara um pedaço de bolo doce, muito bem recheado. Comera num espaço de tempo muito curto, mas seu banho se torna bastante demorado. No mesmo quarto onde acordou possuía um tonel para seu banho. Quando chegou a água estava em uma temperatura ideal. Despiu-se, adentrou o tonel e permanecera lá por muitos, muitos minutos o que irritou alguns daqueles homens que tiveram que arrombar a porta para chamá-lo. Fora-lhe providenciado novos trapos semelhantes ao que vestia antes, porém a bota lhe cabia melhor aos pés. Após ser conduzido por um corredor estreito entrou em um cômodo que parecia uma biblioteca, cheia de pergaminhos e rolos e se assentou junto a uma grande mesa.
Leticia


Letícia ficou aguardando no aposento que lhe foi preparado naquele lugar, um aposento bem mais confortável do que haviam preparado para Benoit. Ela ficou ali, descansando da viagem e também se alimentou. Diogo e seus homens foram hospedados em um dormitório militar e receberam a refeição no refeitório comunal.

Depois que Benoit comera e se recompusera, Letícia foi avisada. Ela foi encontrar-se com ele na biblioteca.

- E então, Monsieur? Sente-se melhor?

Ela perguntou e sentou-se diante dele.

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M.benoit


A calma que manteve até este tempo aos poucos se diluía com o incômodo que sentia naquele local. De repente, a loira se apresenta a biblioteca e Benoit a acha ainda mais bela depois do descanso da viagem. Um pouco desconcertado ele responde pigarreando:

- Ça va, ça va. Mas vossa formosura poderia me explicar o que se passa?


ça va - tudo bem.
Leticia


- Ao que fui informada trata-se de uma armadilha, para comprometê-lo com um crime que obviamente não cometeu. Provar sua inocência não será tão difícil, o que me intriga é como esse corpo veio parar tão longe, pois ele morreu nos arredores da cidade do Porto. E outra é que a verdadeira assassina está bem longe agora, mas mesmo ela, pela primeira vez é inocente. Quem matou esse homem foi Nicole Casterwill, mas quem trouxe esse corpo até aqui certamente tem relações com os Casterwill e conseguiu a informação de onde ele foi sepultado.

Após transmitir essas informações, Letícia queda-se em silêncio pensativa. Aquela ação teria a ver com Apolinário Celestino, obviamente. Aquela situação levava a crer que ele havia se aliado aos Casterwill com o proposito de destruir os Azure. O que Letícia não sabia ainda, é o quanto eles haviam avançado nesse propósito.

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M.benoit


Benoit presta bastante atenção no que a dama lhe fala. Ao ouvir sobre Nicole notavelmente ele franse a testa. Não pensava nela como uma inimiga declarada. Ele havia cortado laços com sua família na França há muito tempo. Não conseguiria pensar em alguém que lhe tenha maquinado nada naquele instante.

- Mademoiselle, disseis que não é difícil provar minha inocência? - pausa pra tosse seca. -Poderiam vocês me ajudar e quem realmente são esses amigos astutos que querem me ajudar?
Leticia


- Quando tiver oportunidade pergunte a sua prima Beatrix, ela poderá lhe contar mais detalhes. se achar necessário. Por enquanto só posso dizer que a ajuda vem da parte dela e de Madalena, por seus aliados da Ordem de Azure. Digamos que é uma sorte e ao mesmo tempo um infortúnio, pois é por conta dessa ligação de suas primas com os Azure, que inimigos tentaram prejudicá-lo. Claro que não podemos esquecer que é um Nunes, e isso é motivo suficiente para que os Casterwill tenham cooperado também nessa situação.

Letícia diz essas palavras que parecem mais confundir que explicar a situação de Benoit. Enquanto conversa com Benoit, um guerreiro de cota de malha e vestes escuras procura por Letícia.

- Creio que vou ter que deixá-lo agora. Mas não se preocupe, devo retornar em breve.

Ela disse e partiu acompanhada do guerreiro, que tinha uma expressão preocupada, o que deixou Letícia tensa e ansiosa por saber do que se tratava.

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M.benoit


A dama de cabelos dourados passa a dizer coisas intrigantes para Benoit. Ele fica bastante confuso a princípio, prestando bem mais atenção nos lábios polidos da moça que em suas palavras. No entanto, assim que ouve falar dos Casterwills a expressão confusa de seu rosto evapora dando lugar a um aspecto forte e fechado. Após receber as informações, Benoit permanece cabisbaixo enquanto a moça se retira ao ser chamado por um homem estranho de roupas escuras. Quando eles estavam deixando o local Benoit se levanta e respeitosamente pede a um dos guardas encostado na porta mais uma refeição.
Leticia


O guarda traz a refeição. Não demora muito para que Letícia retorne. Ela o faz quando Benoit já está saboreando o prato seguinte.

- Receio que teremos problemas além dos que o envolem. Lamentavelmente há um exército vindo para cá. Os homens estão avisados e os batedores tem uma ideia do tamanho da ameaça. Tentaremos evitar que tomem Portelo, mas se não houver alternativa há uma forma de deixarmos esse lugar sem sermos vistos. Espero que já esteja se sentindo mais forte.

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.narrador


Depois da conversa com Benoit, Letícia ordenou aos guardas que preparassem dois cavalos e uma bagagem leve, com mantimentos suficientes para uma viagem de três dias, pois era só quando eles poderiam se considerar a salvo daquela situação, pois se de um lado havia o perigo pairando sobre a vida de Benoit, o mesmo poderia se dizer da fortaleza em que estavam abrigados. Aquele lugar em breve se tornaria o campo da batalha mais sangrenta da Ordem de Azure contra os agentes do desequilíbrio.

Benoit partiu com Letícia por um túnel subterrâneo que dava acesso a um local aparentemente ermo na floresta circunvizinha. Ali, os esperavam com o necessário para a viagem, dois cavalos, firmemente amarrados a uma arvore de tronco grosso.

A missão de Letícia era conduzir Benoit até à fronteira com Castela, e dali ele seria conduzido por outro guardião que deveria garantir a segurança do jovem, até que ele estivesse de fato longe de perigo. Apenas Leticia saberia de quem se tratava aquele jovem, e apenas ela e poucos guerreiros sobreviventes da antiga e extinta Ordem de Azure saberiam que o jovem Benoit não havia de fato morrido durante a batalha de Portello.

Para os Casterwill que receberam a mensagem da morte de Benoit, aquele era menos um Nunes para se preocuparem e mais um motivo para festejarem a proximidade da aniquilação total de dois de seus mais odiados inimigos.
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