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[RP Fechado] Banquete no Paço

Narrador do Paço, roleplayed by Yochanan


Aquele que faça meia jornada de viagem ao norte da cidade do Porto, se encontrará com a colina fortificada que é o Paço dos Arcanjos. Mas naquele dia o Paço estava pronto para receber os ilustres convidados de seu senhor. Os grandes portões ladeados pelas esculturas dos Arcanjos se encontravam abertos, seus guardiões vigilantes de todos os que por ele cruzavam.

Uma grande plataforma havia sido construída, nivelando o inclinado terreno da colina, e sobre ela uma longa mesa estava posta para receber os convidados. Ao fundo a Villa se recortava na encosta e dispersos sobre o terreno os demais edifícios do Paço que servia de sede para os Azure. No alto da colina, apenas algumas antigas ruínas permaneciam de pé, entre elas as de um antigo templo romano.

Sobre a mesa, bandejas com frutas e pães diversos estavam colocadas a intervalos regulares, pratos e taças se dispunham onde os convidados se sentariam em cadeiras de espaldar baixo. Nas cozinhas diversas carnes de caça estavam sendo assadas.

As ordens haviam sido dadas, restava apenas aguardar a chegada dos convidados...
Pajem_otto


Para o desconhecimento de Yochanan, sua filha Celestis Pallas agora tinha um pajem. Foi na época em que ainda não estava curada de sua perna, após um acidente em outras paragens. Meio desorientado, como quem abre um papelinho e checa bem as informações, o mocinho desce do cavalo e chama, a plenos pulmões:

- Alguém? Eu tenho uma carta! Venho em nome de senhorita Celestis!

O aroma da comida à mesa estava deveras convidativo. Mas ele não estava lá para fartar-se, já estava a ser muito bem pago. A carta sequer estava selada, a jovem mal tivera tempo para tal. Curioso, decidiu desdobrar o papel:

" Querido papai

Creio que eu vá me demorar um pouco. Houve um imprevisto em minha casa. Neste momento, estou em meu cavalo, dirigindo-me à Casa do Povo. Talvez, quem sabe, ainda tenha alguém por lá. Um infeliz tentou assaltar-me, mas tenho as provas cá comigo e darei jeito na situação, não te preocupas. Também estou a portar o meu punhal.

Com amor, sua delicada filha
Celly "

A rir da ironia da despedida - que talvez nem tenha sido intencional, Otto rapidamente dobra o papelinho e espera que algum guarda possa avistá-lo.
Grigori


- Espere aqui. - disse o homem de cabeleira escura e vestes ainda mais escuras ao Pajem quando recebeu a carta de suas mãos. Era Matias, um dos Grigori apostado no Paço.

Com a carta em mãos o jovem Grigori, pois não deveria ter mais de 14 anos, se dirigiu até a villa, onde o Prior tratava dos últimos assuntos antes de poder se dedicar ao banquete.

Ele deve ter ficado na vila apenas alguns minutos, mas no momento que saiu, se dirigiu não aos portões mas às barracas, de lá saiu acompanhado de um grupo de três outras figuras com vestes idênticas às suas, mas estas figuras se dirigiram aos estábulos, enquanto Matias empreendia o caminho de regresso aos portões.

- Meu senhor lhe agradece a carta, e destacou uma escolta para acompanhar-lo em seu regresso à cidade e a menina Celestis quando estiver vindo para cá. - Neste momento as três figuras chegaram aos portões montados e armados, Matias entregou um embrulho ao Pajem. - Estes homens o acompanharão. E estes são algumas rações para vossa viagem de regresso. - Disse Matias. E então apenas observou como os quatro se afastavam dos portões em direção à cidade novamente.

Pelos cálculos de Yochanan, cuja figura agora se recortava em uma das varandas da Villa, o grupo encontraria sua filha em caminho na estrada.
Talitasx


Talita recebe o convite para um banquete, rapidamente começa fazer as malas e planejar a roupa para tal evento, decide ir com o vestido vermelho que a muito tempo não usava. Chama a carruagem para ir ao lugar que não conhecia muito bem, por precaução aproveita para chamar sua amiga Clarie e passa na casa dela para irem juntas.

No caminho passa na hospedaria onde seu cunhado estava para lembrar do banquete, pois sabia que a situação estava complicada e seria uma boa oportunidade para ele tirar a barriga da miséria.

Descendo da carruagem observa que não havia ninguém no recinto, olha para Clarie e questiona:

-Será que estamos no lugar certo? - E ri pensando na hipótese de estarem no lugar errado, entretanto o endereço dado era aquele.

Entra no recinto a procura do amigo Yoch...

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Manoel


Manoel acordara naquele dia bem disposto e totalmente recuperado. Por um milagre, a sua coxa esquerda que sangrava e apodrecia quando chegou ao Paço, agora estava cicatrizada e ele já conseguia andar sem mancar. O Mestre Teodoro havia feito um excelente trabalho, não havia mais dores e a única lembrança do ataque era somente a cicatriz.

Por vezes, Manoel se perguntou porque o seu senhor não havia ido lhe visitar nenhuma vez desde o dia do ataque. Mas imaginava que Damasceno não podia parar o seu trabalho como mercador e sempre dizia isso a si mesmo quando duvidava de sua amizade.

Ao descer para ir ao dejejum, repetiu seu costume, deu bom dia a todos os guardas e serviçais. Durante os quatro meses que ficou no Paço, ele buscou fazer amizade com a maioria deles e sempre tentava ajudar naquilo que podia. Manoel não gostava da ideia de abusar da hospitalidade de quem ele não conhecia, mesmo aqueles sendo amigos de seu senhor.

Aquele era um dia especial, um baquete para reunir amigos e familiares. Manoel sempre foi tratado como membro dos Saadi Altir, apesar dele não ser averroísta. Estava ansioso para reencontrar seu senhor e os grandes amigos que ele trazia.
Clarie


Clarie tinha recebido um convite, de um tal banquete, que o Senhor seu tio Yochanan, ao qual carinhosamente ela o apelidou de Totó Yoch, estava organizando.
Não tinha nenhuma pretensão de ir, pois detestava tal tipo de evento, ainda mais quando sabia que estaria no meio de familiares e de várias pessoas desconhecida. Porém, por insistência de Talita, ao qual a mesma foi convidada, e por mera curiosidade, cedeu-se ao apelo da amiga e resolveu ir.

(...) Ao chegar, desce primeiro da carruagem, logo em seguida Talita, ao qual olhando ao redor fala:

-Será que estamos no lugar certo?

-Pela péssima decoração, confirma que estamos no lugar certo. - disse Clarie, dirigindo-se a porta.

Antes de bater a porta, ela se abre e é recepcionada por um rapaz, ao qual o empurra para o lado, entrando logo em seguida, sem nenhuma cerimônia.

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Buy a cat so you can take care of the seven lives of it, and forget mine
Yochanan


Yochanan desde a varanda da Vila viu a chegada de um coche pelos imponentes portões da fortificação que era o Paço dos Arcanjos. Retornou ao interior de seu escritório particular e terminou de guardar alguns documentos em uma caixa à qual trancou, e guardou em uma gaveta a qual também passou chave.

Deixou o escritório e descia as escadas ao primeiro andar para receber os primeiros convidados que chegavam ao Paço, quando escutou que tocavam à porta. Deu sinal a um dos jovens da Villa que abrisse a porta, e sua sobrinha Heloise entrou sem qualquer cerimônia na residência.

O rosto de Yochanan tinha traços de cansaço, a barba bem cuidada e os cabelos puxados para trás emolduravam o rosto do patriarca dos Viana. Já aos cinquenta anos seus olhos ainda possuíam o brilho da juventude e a profundidade da experiencia em um tom verde azulado. Vestia os trajes negros da Ordem da qual era prior, e sobre os ombros lhe pendia o grão-colar de prata e safiras do qual pendia o símbolo da Ordem que mostrava sua posição naquela organização, na mão esquerda o anel com a safira solitária.

O Viana respirou profundamente um momento e então dirigindo-se à sua sobrinha disse: - Heloise! Esses não são os modos de uma jovem de vossa estirpe! - ralhou com a menina. - Onde deixastes vossa educação e vossos modos! - sua voz soava calma mas firme enquanto dizia isso. Então reparou em Talita sua outra convidada que chegara acompanhando a sobrinha. - Senhorita França, meus mais sinceros pêsames por vossa perda, e minhas desculpas pelo comportamento de minha sobrinha.- disse lançando um olhar de reprovação à sobrinha. Então disse com voz amena - A viagem lhes deve ter sido longa, me acompanhem por favor, providenciarei que lhes seja servido algo para refrescar-lhe a garganta. - Disse indicando a porta que dava ao exterior onde a longa mesa havia sido preparada para receber os convidados.

Ali elas poderiam comer algumas das frutas e pães antes que a refeição fosse servida e vinho, cerveja, e outras bebidas seriam servidas aos convidados. Reparou ao chegar na tarima onde a mesa havia sido preparada que Manoel se encontrava por ali. Lhe dirigiu um aceno com a cabeça e um ademão convidando-o a se reunir com eles.

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Manoel


Manoel sorriu e disse:

- Obrigado meu senhor. Ele sentou-se na mesa e buscou servi-se de um copo de cerveja e um pedaço de pão.
Ltdamasceno


Damasceno partiu de Aveiro rumo o Paço dos Arcanjos, depois de um longo tempo sem por lá visitar. Estava ansioso por reencontrar seu velho amigo Manoel, eventualmente recebia notícias do Rei de Armas Yochanan, falando sobre o estado de saúde e a bem sucedida recuperação de seu amigo. O mouro estava ansioso e durante a viagem inteira, pensou em como seria bom rever seu amigo uma vez mais com saúde.

Dessa vez Damasceno não viajava sozinho, estava acompanhado de um pequeno grupo de milicianos que havia pago para viajar consigo. As estradas do Norte não costumavam mais ser tão seguras.

Sua cunhada chegou a frente, apressada, mas Damasceno trazia consigo um presente ao Rei de Armas de muita importância. Não arriscaria que aquilo caísse em mãos erradas e preferia chegar algumas horas atrasado do que correr o risco de uma emboscada.

A viagem correu tranquila e logo Damasceno estava uma vez mais entre as duas estátuas dos Arcanjos, aquela entrada lhe surpreendia e sempre se sentia mais próximo da Graça do Único quando cruzava tais estátuas. A caravana parou no pátio e um jovem desceu da carroça para anunciar a sua chegada.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
Beatrix_algrave


Beatrix chegou ao Paço dos Arcanjos para o banquete que ali se realizaria, a convite do senhor Yochanan, o prior da Ordem de Azure. Beatrix nunca havia visitado a residência do prior mas não teve dúvidas de que havia chegado ao Paço dos Arcanjos, quando a carruagem cruzou o portão ladeado pelas estátuas das duas imponentes figuras angelicais.

No alto da colina ela avistou algumas ruínas de um antigo templo romano e só então se deu conta de que já havia estado ali naquelas proximidades por conta da "prova do labirinto", sua iniciação na Ordem de Azure.

Mais uma vez, Beatrix estava acompanhada por Fitzwilliam, que estaria com ela naquele evento. Os dois partiram de Santarém muito cedo e depois de uma viagem cansativa finalmente chegavam ao Paço. Felizmente, a viagem foi tranquila e os dois puderam aproveitar a companhia um do outro com agradáveis conversas durante o trajeto. Assim que a carruagem parou no pátio, ambos desceram. Aquele era um evento restrito apenas a familiares e amigos próximos. Ela notou que algumas carruagens já haviam chegado.

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Talitasx


Acha piada a resposta, e ri da entrada triunfal da amiga ao recinto. Avista Yoch ao qual a cumprimenta dando os pêsames pelo falecimento de seu grande amigo Abeth, e pedindo desculpas pelo comportamento de Clarie, algo que Talita já havia se acostumado e achava graça, responde amigavelmente:

-Ah, já diziam para morrer basta estar vivo...Imagine ela apenas poupa o trabalho do homem de ser cortês,- tenta contornar dando um sorriso.

Segue até a porta indicada, senta-se na mesa e fica a espera de alguém trazer um refresco, enquanto observa Manuel comendo e bebendo como um esfomeado, até pensa em beber da cerveja dele porem bebia com tanto gosto que por um instante pensou em Amy se ela estaria também passando fome igual os empregados. Logo chegou a sua caneca de cerveja e ficou ali bebendo e reparando na troca de olhares de Manuel a Clarie.

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Aqil_nagi


Quando desceu da carroça em seus negros trajes o Andaluz estava entre seus pares naquele lugar. Ao pé da pequena escada que auxiliava o descenso e ascenso ao veículo detido no pátio em direção à plataforma, ele anunciou:

- Sua Graça o Conde de Coimbra, Dom Damasceno Saadi Altir, sua esposa Dama Amy e filho Nahum Saadi Altir. E Sua Graça a Condessa de Cantanhede Dama Amber de Camões.
Yochanan


Desde a mesa colocada na plataforma o prior viu a chegada de uma pequena caravana, e levantando-se de seu lugar disse a um dos jovens que serviam no paço:

- Levem os cavalos destes bons homens aos estábulos e lhes seja dado água e forragem nova. E aos homens cerveja e comida no refeitório. - Ao que o jovem respondeu com uma vênia silenciosa e partiu a providenciar que as ordens fossem cumpridas.

O Viana então desceu da plataforma e se dirigiu ao pátio para receber seus convidados.

- Sejam bem vindos ao Paço dos Arcanjos neste formoso dia meus amigos! - disse abrindo os braços como se quisesse abarcar toda a extensão da propriedade entre eles. Neste momento um novo coche chegou com Beatrix e Fitzwilliam.

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Nahum


Após ser anunciado, Nahum desce da carroça olhando para todos os lados, ele parece estar procurando alguem, após olhar para todos presentes ali, Nahum fala:

- Onde está minha amada? onde está minha celly?
Disse ele com um tom curioso e preocupado.

Esperando uma resposta ele permanece em silêncio e senta na mesa aguardando seus pais.

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Ltdamasceno


Damasceno vê o Rei de Armas se aproximar e o cumprimenta com uma profunda vênia:

- Salaam Aleikum Sua Graça. Disse o mouro recuperando-se da vênia. - É uma honra receber vosso convite e estar uma vez mais neste local sagrado. Disse ele, agora estendendo o braço rumo ao filho e continuou. - Este aqui é o meu filho Nahum, o jovem no qual lhe falei. Estendendo o braço a Dahur, continuou. - Este é meu irmão Dahur, um jovem extraordinário. Disse com um largo sorriso.

Logo após, Damasceno notou a chegada de um novo coche e percebeu que se tratava de Beatrix e Fitzwilliam. Ele ficou a espera deles se aproximarem mais para saudá-los.

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"E eu testemunharei que não há ninguém digno de adoração, exceto o Único."
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