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[RP Semi-Privado] As Terras do Ermitão

Yochanan


O ombro agora lhe latejava, todo seu corpo começava a protestar ante qualquer novo golpe, assim os seguintes golpes do Viana foram lentos e eram facilmente aparados ou desviados por Estevão.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


Ao ver que os ferimentos que dera ao prior o deixavam menos hábil, mais uma vez Estevão deixou-se levar pela emoção e partiu com fúria contra Yochanan, esse no entanto foi seu pior erro, uma vez que ao chocarem-se as espadas, Estevão feriu o pulso e perdeu sua espada.
Yochanan


A espada vibrou com força, seu ombro latejou e a pontada de dor que surgiu do abdome nublou sua vista com lagrimas. O Viana teve que piscar algumas vezes para despejar a visão, o golpe havia sido pesado, mas com mal jeito, e a espada de seu inimigo saiu de sua mão e agora repousava a alguns passos de distancia de ambos.

O punho de Estevão claramente ferido pelo esforço do golpe mal dado e pelo toque contra a lâmina de Yochanan que continuou seu caminho após a de Estevão deixar suas mãos.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


Diante da perda da espada, Estevão Lavre, tenta distrair o prior, ele joga poeira do chão em direção aos seus olhos. Deixando-o distraído enquanto ele tenta recuperar a espada. É com muito esforço que ele a alcança a tempo de reiniciar um combate, ainda que a dor em seu pulso o atrapalhe.
Yochanan


Um golpe baixo de Estevão, o desespero de ter perdido sua espada era claro assim como sua intenção de levar aquilo às últimas consequências. A raiva havia toldado seus sentidos para aquela batalha, mas o desequilíbrio havia desviado seu andar do Caminho.

Cair na Senda dos Espinhos era um grande tormento que o próprio Viana havia experimentado uma vez há muitos anos e foi apenas com a ajuda da Ordem que ele havia reencontrado novamente o Caminho.

Instintivamente ele fecha os olhos e vira a face, evitando a poeira que Estevão lançara contra si em uma clara tentativa de ganhar tempo para recuperar sua arma. Com a visão ainda um pouco turbada, ele caminha em direção à Estevão, a espada pendendo a um lado em um inicio, começa a subir até que junto ao Lavre, ela desce rápida deixando no ar apenas um reflexo do luar por aquela que havia sido sua trajetória.

Com um golpe seguro, o Viana decepa a mão da espada de Estevão, e com isso espera por fim naquele embate. Não gostaria de tirar-lhe a vida a menos que fosse realmente necessário. Uma deferência à lealdade do pai e da família de Estevão, antes dele.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


Estevão Lavre conseguiu recuperar a espada, mas infelizmente não a tempo de evitar um golpe poderoso do Prior que o privou da mão. Agora Lavre mal conseguia se sustentar em pé, caindo abaixado, no entanto, não planejava render-se. Com a mão que lhe restava, ele tomou um punhal que trazia escondido, e mesmo com a vida por um fio, ele usou suas últimas forças para atacar o prior Yochanan.
Yochanan


Ante o comportamento de Estevão, o Viana percebe que se deixar-lo viver ele continuará a atuar em prol do Desequilíbrio em sua busca por uma vingança cega e insaciável.

Ele então chuta o pulso e prende a mão restante de Lavre no chão com o próprio peso desarmando-o e forçando-o a ficar com a face para cima.

- Aceite a derrota Lavre. Ainda há esperança para si! - o Prior disse em uma última tentativa que ele sabia ser fútil, nascida de uma esperança infantil. Apenas um grunhido foi a resposta que obteve dele.

Yochanan respira com dificuldade, seu corpo chegando ao limite de suas forças, o sangue perdido empapando suas vestes, sua visão nublando e retornando a cada inspiração forçada.

Com Estevão no chão, uma grande poça formando em torno do pulso decepado, a luz da lua dando ao sangue um tinte ainda mais escuro. O Viana suspira cansado, e posicionando a ponta da espada sobre o peito de Estevão ele disse: - Que vossa alma possa encontrar o Caminho na Luz dos Nove. Pax vobis aeternum. - e enterrou a lâmina profundamente no coração de Estevão.

Momentos depois caia desfalecido sem ao menos ter dado cinco passos.

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Estevão Lavre, roleplayed by Beatrix_algrave


Estevão Lavre não parecia disposto a desistir de sua vingança. Seu último gesto foi de desafio ao prior, mesmo ferido de morte ele intentara matá-lo.

- Só lamento ter falhado, mas não serei o último a tentar.

Ele disse de maneira funesta antes de cerrar definitivamente os olhos e morrer.
Alvorado


Enquanto dormia, o Alvorado tinha um sonho agitado. Sangue, espadas, dor, escuridão. Acordou suado e assustou a esposa.

-- Amor, tudo bem?

-- O Prior! - diz quase em transe ainda.

-- Amor, o Prior se foi... Lembra?

O Alvorado olha para a esposa. Sorri e passa-lhe a mão pelo queixo.

-- Minha amada, a verdade é o pôr de um novo sol que deverá surgir no tempo certo. Mas preciso partir imediatamente. Confia em mim e cuida. Já avisei aos criados e tudo estará bem. Volto o mais breve que puder, Amora, prometo.

Levanta-se sobre os protestos da esposa, veste-se a longa capa negra por cima do traje de montaria e deixa a casa na fria madrugada.
Narrador_do_ermitao


A noite já ia avançada quando o combate terminou, mas o luar ainda iluminava palidamente aquela que havia sido a arena onde os dois se enfrentaram. O piso mostrava as marcas do combate e o sangue derramado escurecia a terra ávida por seu quinhão.

O Viana caído inconsciente, segurava a ferida com o braço esquerdo. A espada escapara sua mão ao cair e jazia à alguma distancia de sua mão. Sua face coberta de suor possuía um brilho estranho baixo a luz da lua, e havia em sua expressão uma serenidade que há muito não habitava aquele rosto. Sua família estava à salvo, o Equilíbrio seria restaurado e a Ordem reconstruída. Sua missão, que lhe havia sido encarregada tanto tempo atrás pelos sábios de Bayr Ghyr Marwf estava cumprida.

Aquela foi a cena encontrada pelo Alvorado ao chegar junto com as primeiras luzes da manhã naquela erma vila pesqueira. Junto ao marco foral os dois corpos jaziam, um morto o outro caído a seu lado apenas respirava, a terra empapada com sangue. O cheiro de morte e mar impregnando o amanhecer.
Querobim


Ao chegar ao local da batalha, o Alvorado percebe a imensidão daquele momento, ao caminhar pelo terreno vê os dois corpos estirados, um visivelmente morto, o outro com uma respiração difícil e notadamente pesarosa.

O Alvorado corre em direção ao homem que respira, ajoelha-se e mais para si do que para o homem inconsciente diz

-- Ah Prior, como se deixou estar sozinho? - o Alvorado pegou a bolsa de algodão bruto que levava consigo e que havia sido pintada de um tom amarelo sol.

Ao certificar-se de quem era o homem morto ao lado do prior, o Alvorado sorri e brincando com seu anel de pedra amarela na mão, diz em voz alta para que pareça mais verdade.

-- Você conseguiu, amigo, você salvou-nos a todos nós. Agora é a tua vez de salvar-se.

Ajoelhado ao lado do patriarca, o Alvorado buscava em suas coisas os ingredientes necessários. Em uma língua antiga ia dizendo palavras mágicas enquanto amassava ervas e misturava líquidos no pequeno pilão que havia na sacola. Soube o que precisava fazer na hora em que afastou a mão do prior da ferida e aliviou-se ao ouvir o gemido do mestre. Quando o unguento estava pronto, ele usou a água para limpar a ferida e colocou o emplastro. Fechou o curativo com uma faixa de algodão puro dando um nó bem firme para tentar estancar o sangue...

Levantou-e e foi até o cavalo, arrependeu-se de não trazer uma carroça olhou em volta, perto do mar, encalhado na terra, um velho barco já desmanchando, o Alvorado foi até lá e escolheu 4 ripas que ainda se encontravam inteiras, com algumas cordas feitas com tira de couro que trazia em seu bornel e amarrou as pranchas fazendo uma esteira, encontrou perto dali algumas árvores bem novas e finas, usou o machado para cortar duas e fazer duas varas compridas e firmes que prendeu na esteira, com calma, arrastou o Yochanan para a maca improvisada. Ele precisava agir com cautela,mas rápido. Essa operação levou a manhã toda,mas foi importante, o amanhecer era sua melhor hora e conforme o dia ia passando o cansaço chegava junto.

Ele fez uma pausa para o almoço. Aproveitou o momento para refletir, haviam coisas a serem feitas. Parou um pouco perto do prior e verificou se ainda respirava. A feição do homem era de tranquilidade, mas a febre ainda tomava conta dele. Ele prendeu as varas em seu cavalo, certificou-se que o Prior estava bem preso na esteira, montou no cavalo e tomou rumo ao abrigo do priorado mais próximo dali. Enquanto cavalgava o homem olhava de quando em quando para trás para certificar-se que o Viana ainda estava na esteira e respirava.

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Yochanan
Música Recomendada



Por momentos ele recobrava a consciência, lampejos da realidade como se uma tempestade de sombras cobrisse seus olhos e apenas ao abater-se um raio esta se fizesse presente, e ainda assim borrosa e sem sentido. Sons difusos, abafados e incoerentes.

Sentiu a presença de alguém junto a si, mas não saberia dizer quanto tempo havia se passado desde a luta, ou a quem pertencia aquela presença.

Destelhos de cores e movimentos cruzavam-lhe a mente. Acreditou ter visto algo de um claríssimo amarelo, e a cor ambarina traçando linhas sobre seu corpo iluminando-o como a chama de uma vela em meio à uma noite sem lua. A dor lampejou por vezes e então acalmou-se novamente quando a escuridão voltou a abater-se sobre si.

Sentiu-se mover, carregado, em um movimento constante. Solavancos o despertavam de seu torpor e viu o céu diurno, sobre sua cabeça, de um azul pristino, sentiu como o calor frio do sol acariciava-o e podia sentir debilmente a faixa sobre sua ferida, era mais uma sensação de coceira que outra coisa. Sentiu-se impotente, e deixou-se embalar por aquele passo o mais que pôde, voltando para a escuridão.

Uma luz no fundo daquela escuridão se fez presente, e ele caminhou com passos desajeitados em sua direção, a luz ficou mais forte, e começou a elevar-se longe se seu alcance até transformar-se em uma lágrima de cristal, pendente de um um longo fio de prata de uma cúpula branca como a neve, mas quebrada e invadida por galhos e folhagem de um verde profundo. A luz dançava no cristal e entre as folhagens, cores infinitas se faziam presentes e entre elas uma figura se materializou, uma figura que ele apenas havia visto em imagens feitas em livros antigos. Ele caiu de joelhos ante aquela aparição.

Quando finalmente despertou estava em uma cama macia, acima de si o cabreado de madeira escura de um telhado em águas deixava ver as telhas da cor terrosa da argila escondidas nas sombras da altura. Lençóis alvos como a primeira neve o envolviam e o perfume da lavanda enchia a habitação. Tinha a garganta seca quando tentou falar a primeira vez, produzindo apenas um grasnado seguido de um acesso de tosse que lhe produziu uma grande pontada de dor no abdome. -Então não foi um sonho. - ele se disse sem voz, respirando profundamente e apoiando a cabeça no travesseiro, a mão direita apoiada sobre a ferida por cima das cobertas. -Não foi um sonho. - ele suspirou e virou a cabeça para o lado, na cadeira ao outro lado das cortinas alguém dormitava, sua sombra recortada contra o tecido por uma luz bruxuleante, talvez fosse uma vela.

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