A donzela tecelã chegara a Alcobaça, a Guilda de tecelãs e fiandeiras ganhara ali um novo nome como era comum em cada uma das cidades em que se instalara. Dessa vez havia condições muito melhores e pela primeira vez havia não uma mas duas casas para hospedar em uma o ateliê e em outra o lar das fiandeiras.
As duas propriedades estavam situadas na parte litorânea da cidade. As salas amplas do prédio do ateliê permitiam que mais assistentes fossem contratadas para dar conta das diversas encomendas que eram ali feitas. Havia espaço também para o atelier de arte onde Beatrix poderia fazer seus trabalhos de heráldica e pintura.
Na casa das fiandeiras, estava a maior parte dos móveis trazidos do antigo atelier, alguns mais foram encomendados à carpintaria de Samuel. Havia uma ampla sala de visitas, onde colocaram cadeiras, aparadores, mesas e uma mesa menor para servirem chá e bolo às visitas. A sala de jantar era igualmente ampla, e nela foi colocada a grande mesa de madeira antiga, que já acompanhava a família a tanto tempo. Os aposentos com amplas janelas possuíam cortinas para em dias ensolarados regular a entrada de luz e tornar o ambiente arejado mas não excessivamente quente. Mas como ainda era inverno, as janelas estavam fechadas. Do alto do sobrado de três pavimentos, se via através das janelas a bela cidade de Alcobaça com seus pomares e macieiras, e do lado oposto era possível admirar o mar quebrando suas ondas na costa.
Aquele lar muito agradara às fiandeiras. Beatrix ia visitá-las sempre que possível mas continuava a residir na casa dos Henriques que apesar da mudança efetiva da família, ainda precisava de algumas reformas.
O ateliê estava pronto, para receber seus clientes e novas encomendas.
Uma
tabela de preços foi afixada em uma das paredes da recepção do ateliê, mas tal tabela era apenas uma indicação, pois dependendo da quantidade de pedidos e do tipo de tecido empregado, da fidelidade e antiguidade do cliente, os valores poderiam ser negociados.
O prédio do ateliê também tinha três pavimentos superiores e mais um porão, que poderia servir para depósito de mercadorias. Foram encomendados alguns manequins de madeira forrados em tecido para suporte de vestidos e roupas.
Com poucas semanas, o negócio começava a prosperar, o atelier também não perdera a clientela antiga que continuava a buscar o atelier.
OOC: Apesar do ateliê "funcionar" na Praça Pública de Portugal, por conta das mudanças de localidade que o RP exigiu, resolvi deixar a casa propriamente, aqui, para registrar minha presença na cidade de Alcobaça, e assim contribuir para fomentar o RP local como tenho feito de praxe.
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