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Coroação Condal de Heitor de Sagres [Coimbra]

Volupia


Impaciente de dor, Volupia toca o rosto da pequena com a mão fria de quem realmente não estava bem.

- Meu anjo a fruta que comi já foi há nove meses e ta fazendo estrago só agora... Obrigada pela preocupação...

Uma contração forte de repente parece que vai tomar os sentidos e Lupi morde a mão do marido para abafar um possível grito no templo.

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Fiandeiras


Ao ver o que se passava, Laurinda se aproximou da moça grávida. Parece que a hora dela dar a luz tinha chegado.

- Ela vai ficar bem, menina Nahian, vou ajudá-la enquanto o médico não vem, eu já ajudei muitas como ela.

Ela disse com ar experiente e segurou firme na mão da moça, tirou algo do bolso e ofereceu.

- Mastigue isso minha jovem, que vai aliviar a dor das contrações.

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"Para tecer com fios de luz
A força que me conduz
Para olhar o mundo
Desnudando lá no fundo
Da caixa de costura
A minha alma guardada
Para tecer comigo
A minha própria caminhada"
Pekente


Pekente já desesperado a procurar ajuda para sua esposa, vê quando a jovem Nahian se aproxima e pergunta a Volupia se ela está bem, o olhar de preocupação da jovem é claro e mais pessoas começam a olhar para o casal.

Peke dirige-se a jovem se ajoelha suando bastante e para não desesperar a menina ele diz...

- pequena Nahian, ela está be...

de repente Volupia puxa a mão de pekente e morde, uma mordida forte, daquelas que deixam cicatrizes...

Aiii!!!! Nahian, chama um medico por favor!!! Fran! chama a franccesca, corre, corre!

e esperando que a jovem vá procurar a pessoa designada no meio da multidão, Peke volta a tentar acalmar a sua esposa.

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"Ser bom é facil, dificil é ser Justo"
Volupia


Desesperada como está, Volúpia mastigaria qualquer coisa. Põe então entre os dentes o que lhe é oferecido mas não larga a mão do marido. Sente medo. Na verdade, sente pânico. E as pessoas em redor olhando para ela a deixam ainda mais nervosa.

- Ai bebê quando você crescer ainda vou te dar uma surra por esse dia.

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Nahian


Nahian que estava aliviada pela Laurinda ter ajudado se assusta novamente com a alteração na voz do Pekente. Não consegue perceber nada além do desespero no rosto dele, pouco o entende, muito nervoso ele fala algo, a menina entende apenas duas palavras: chamar... Franccesca. Já tinha ouvido falar nessa dama, voltou-se para alguém a seu lado e pergunta

quem é a dama Franccesca?

é aquela senhora ali - responde a pessoa

Nahian então corre em direção a dama e sem muita cerimônia diz

Dama Franccesca, dama Franccesca!! Acode por favor, por Jah, pela Deusa, por piedade! Algo acontece com a senhora Volúpia!!

Com os braços indica o alvoroço que se formava
Fiandeiras


A erva oferecida por Laurinda, alivia aos poucos a dor violenta das contrações, deixando a respiração de Volúpia menos sôfrega e dolorosa.

Ela fica acompanhando, enquanto a médica não vem para auxiliar a parturiente.

- Vamos levá-la para a sacristia, lá é mais fresco, e não tem tanta gente amontoada. Tem também vinho que pode ajudar.

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"Para tecer com fios de luz
A força que me conduz
Para olhar o mundo
Desnudando lá no fundo
Da caixa de costura
A minha alma guardada
Para tecer comigo
A minha própria caminhada"
Marih


Marih que a muito chegara, sente sua cabeça latejando, ela tenta ficar ate o fim da cerimônia, mas um enorme mal estar se apodera de si, ela olha em volta e nota que todos estão concentrados na coroação..Marih levanta-se sem chamar atenção e sai de mansinho pela lateral da catedral..

Melhor ir pra casa descansar, depois explica ao noivo o que houve..

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Lobo82


Lobo chega bastante atrasado, nao é por mal mas como houve um extravio no correio o seu convite so chegou fora de horas!
Mesmo assim em cima da hora,vestiu uma roupa elegante,pos um pouco de colonia e correu para a catedral. entra de fininho pela porta lateral da catedral, na esperança que ninguem note no seu atraso.mas nao foi bem sucedido, ao entrar,cruza-se com Marih que esta palida como a cal! Pergunta-lhe se esta bem e apos uma resposta apressada com um simples sim ,Lobo volta a ficar sozinho .
Chega mesmo no fim da cerimonia e ja so ouve as palmas e os vivas gritados a bom som.
Lobo apercebe-se que a cerimonia deve ter sido deveras bonita e começa entao a cumprimentar os presentes a medida que passa por eles.
Ao caminhar na direcao do Conde para o felicitar assim que possivel,Lobo passa por uma jovem rodeada por uns quantos conhecidos e pelos vistos ,esta a ter uma criança ali mesmo.

- Parece que os motivos para celebrar serao agora ainda maiores!será este um bom pressagio?

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Franccesca
A cerimónia tinha sido muito bonita. Fran aplaudia-a sinceramente e havia-se levantado para saudar o amigo quando a dama Nahian se materializou à sua frente.

Dama Franccesca, dama Franccesca!! Acode por favor, por Jah, pela Deusa, por piedade! Algo acontece com a senhora Volúpia!!

-Salvé o Con... - interrompeu-se, vendo primeiro a aflição da dama antes de as palavras dela se lhe fazerem ouvir. - Onde está a senhora? É algo com a criança? - inquiriu urgentemente, seguindo sem hesitar mais a rapariga. Detectava uma confusão nos lados da sacristia diferente da habitual, e acelerou o passo.
- Rapaz. - acrescentou, mal olhando para o seu serviçal mas atirando-lhe uma moeda de ouro - Corre à cidade e traz toalhas e água quente. - o seu fiel ajudante, que em breve poderia tornar-se médico ele mesmo tantos eram os anos ao seu lado, prestável, de imediato correu na direcção oposta. Fran vasculhou na sua velha bolsa por utensílios e ervas para a dama Volúpia, mas ao entrar com Nahian na sacristia viu que uma senhora já se encarregava de a ajudar também.

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In necessariis unitas, in dubiis libertas, in omnibus caritas
Volupia


- Jah, senhor que és deus único que essas pessoas cultuam, estou com medo,estou em teu templo, por caridade se cuidares dessa criança que quer nascer, proclamarei que tens poder.

Uma fisgada forte, menos dolorida que incômoda, rasga as entranhas de Volúpia.

- Ai mãe!! - Com vergonha de estar passando por essa situação exatamente na coroação do conde, puxa a mão já tão machucada de Pekente e crava os dentes com muita força. "Pior é na guerra", pensa ela sobre a mão do marido e não o deixa escapar.

- Dona Franccesca, por Jah, pelos seis deuses, pelos onze, pelo Único, por todo o panteão divino, por tudo que seja sagrado à senhora, me ajuda! Acho que...... Acho que...... está vindo! - outra mordida repleta de lágrimas entre o dedão e o indicador do marido para nao urrar de dor.

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Pekente


Com o conselho das Senhoras Peke já tinha levado Volupia para a Sacristia, disfarçadamente para não prejudicar a festa do conde, eles entram naquele local mais reservado onde Lupita se deita se deita.

Jntamente com Franccesca eles se preparam para o acontecimento que estava proximo, a preocupação era tanta que Pekente ouve Lupi fazer uma oração para a divindade daquela igreja... Com o local já pronto Peke fica a pensar "Se é na igreja dele, espero mesmo que ele ajude..." de repente Volupia grita e Puxa Pekente pondo a mão dele mais uma vez em sua boca e mordendo-o

Aaaaaaai!!!! Cavaleiros e cavalos, Franccesca por favor, ajuda ela a terminar isso rápido se nosso filho demorar mais e a dor q ela ta sentindo for maior q a de minha mão, tenha piedade e faça-o nascer por favor!!!

Esperando q a Dama Franccesca ouça o seu apelo... Peke começa a pensar sobre a Criança "Será um menino forte, ou uma Linda menina? Espero q meu filho fique feliz com sua nova irmãzinha..." De repente Sua amada faz mais um Apelo e dá mais uma mordida Q faz uma Lagrima cair de seu olho...

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Pelo amor dos Seis, não dá para arranjar um pano extra para ela morder não, por favor!?

E o clima tenso continua naquela salinha afastada...

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"Ser bom é facil, dificil é ser Justo"
Beatrix_algrave


Segurando Rafael ao colo, Beatrix se dá conta de que Nahian e Laurinda saíram. Ouve alguns gritos e pela conversa dos presentes, parece que uma mulher está a dar a luz na sacristia.

Ao pensar em grávida, lembra de ter visto Volúpia neste estado. Ela procura à volta e não vê nem Volúpia nem Pekente.

- Ah! Meu Jah, deve ser ela então. Que tudo venha a dar certo.

Ela reza, segurando o pequeno ao colo.

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Fiandeiras


Laurinda continua ali para ajudar no que for necessário. Ela pega uma toalhinha que estava ali na sacristia decorando a mesa e vê se está limpa. Então, enrola e amarra bem e dá para que entreguem para Volúpia morder.

- Aqui, melhor que morder sua mão.

Depois ela se dirige a Nahian.

- Menina Nahian, vá para perto da sua tia, minha querida. Vou ficar aqui e ajudar, ela deve levar você e o Rafael para casa, eu vou ficar e ajudar a Dama Franccesca.

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"Para tecer com fios de luz
A força que me conduz
Para olhar o mundo
Desnudando lá no fundo
Da caixa de costura
A minha alma guardada
Para tecer comigo
A minha própria caminhada"
Nahian


Nahian que estava um pouco assustada com tudo aquilo, mal podia acreditar no que via. Se era assim que os bebês chegam ao mundo, preferia não passar por isso, pensou. Atentamente, acompanha cada movimento de Laurinda e Franccesca que cuidam da situação, mesmo assim a tensão no local só faz aumentar. A menina estava estarrecida. Ao ouvir as palavras de Laurinda para procurar sua tia, decide voltar. Correndo se aproxima da tia e lhe abraça forte, com os olhos fechados.
Beatrix_algrave


Ainda segurando Rafael, Beatrix abraça a menina Nahian, vendo-a assustada, procura acalmá-la.

- O que foi minha querida? Tudo vai ficar bem.

Ela senta deixando Rafael a seu lado e faz carinho nos cabelos de Nahian.

- Laurinda ficou lá com a dama Franccesca? Acho que a cerimônia já acabou. Vou levar os dois em casa. Acho que a Volúpia está em boas mãos, então.

Ela diz e vai levando Nahian por uma mão e com a outra, segurando a mão de Rafael. Vai para fora da catedral, onde tomam uma carruagem, indo para casa.


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