[RP] Consultório do Dr. Dinis

Enquanto o seu amo recolhia as ervas para fazer as suas poções, Gilafonso resolve limpar o consultório. Pega em alguns criados da casa e dirige-se com eles ao anexo onde Dinis dava as consultas.

- Quero tudo a brilhar. Nem um grão de pó no chão. E rápido, tem de estar tudo pronto antes de o senhor chegar.

Todos os ciados começam as limpezas. Uns dedicam-se a limpar o chão, outros as janelas e outros aos instrumentos e bancadas de trabalho. Num instante tudo fica como novo. Gilafonso inspeciona cada janela e cada bancada, satisfeito com o que vê ordena que os criados voltem ao solar. Também lá havia muito trabalho, como sempre.

A doença tinha levado Dinis a uma profunda prostração e várias semanas depois de ter desmaiado, ali no seu consultório, finalmente regressa. Felizmente que os que haviam ficado doentes tinham-se curado por si mesmo, ou talves não. O mais provável era que a doença tenha ficado adormecida, à espera de uma novo oportunidade para atacar.

Uma fina camada de pó cobria o mobiliário, os potes e os livros. Antes de voltar ao trabalho, era necessária uma grande limpeza. Tudo. Tectos, paredes, chão, mobiliaário, potes e livros, tudo seria limpo de forma imaculada.

Capeside assim que recebe as instruções do seu primo vai ate a bancada, começando a ler o livro. Iria ser a primeira vez que iria fazer algo na área e esperava que tudo corresse bem.
Começou a ler e ao mesmo tempo ia murmurando alguns ingredientes que ia buscar... "um pouco de Camomila... Hortelã... Casca de Salgueiro Branco..." Assim que tinha os ingredientes que faltava começou a triturar e esmagar os ingredientes que precisavam ser utilizados assim.
Conseguindo um momento de pausa, olha para onde estavam os doentes, esperava que não viesse mais ninguém doente porque não seria fácil atender mais gente. Preocupado, mas sem puder sair da bancada, faz a pergunta que tanto o inquieta.

-Dinis, como estão eles?

Assim que faz a pergunta continua o preparo das poções, porque parado é perda de tempo e isso não podia ser...

- Tenho frio.

- É por causa de febre... Toma este cobertor. - Dinis coloca um cobertor sobre Lorena e continua o seu exame.

Tal e qual como o seu primo Cape também Lorena apanhou a gripe de Alexandria.

-Dinis eu não consigo ficar aqui sem ajudar-te... Eu vou trazer para dentro quem esta la fora. Ok? Depois diz-me o que posso fazer... nem penses em dizer que não... precisas de ajuda e eu alem de estar melhor tenho algum conhecimento de medicina. Pouco mas pode ser útil para te ajudar.

- Acho que a esta altura não posso negar ajuda. Ou muito me engano ou eu também estou doente, tenho os mesmos sintomas que vocês.

Quando Cape regressa traz consigo a Ava.

- Dinis o que posso fazer?

- Ajuda-a a deitar-se ali. - apontando para a cama. - Entretanto achas que consegues preparar as poções? As receitas estão aí ao lado nesse livro sobre a mesa. Eu vou examinar a Ava e o Zé, que também não está com boa cara.

- Amor, não te preocupes que não é grave. - diz a Lorena.

Em seguida levanta-se e aproxima-se da cama onde estava a Ava.

- Dama Ava o que lhe aconteceu?

Lorena estava com frio, arrepios tomavam-lhe conta do corpo. A cabeça doía e ela enroscou-se em posição fetal na maca.

Ouviu burburinho na entrada, mais pacientes estavam a chegar.

- Tenho frio. - sussurrou para Dinis.

Acudam-me, Acudam-me... - gritam lá fora.

Dinis ouve Gil Afonso, que entretanto chegara, a abrir a porta. Assoma-se à sala de espera e vê Gil Afonso a conduzir Zé_povinho, que carregava Ava às costas, para a outra sala.

- Só um momento que já vou ter convosco. - diz-lhes.

Entretanto Dinis dirige-se ao leito onde Lorena estava deitada.

- Então meu amor, como te sentes? - enquanto isso começa o seu exame.

Ze bate á porta do consultório e grita - "Acudam-me, Acudam-me..." - aos seus ombros qual saco de batatas trazia uma dama...

Alguém abre a porta e indaga - "Quem sois, que alarido é este?"

Ze pousa a dama cuidadosamente nos degraus e diz - "Eu sou o Ze Povinho, esta dama é a tasqueira da Casa do Povo, a menina Ava, encontrei-a sem sentidos no chão da taverna, por favor ajudai-a..."

-"Entrai e pouse-a ali naquela maca"

Ze apressou-se a fazer o que o distindo sr lhe mandou...

Cape continuava deitado apesar de já estar farto de ali estar. Quando ouviu um barulho ia para se levantar para espreitar mas quando viu o primo a ir para la deixou-se ficar quietinho.

- Querias alguém para te fazer companhia, não era?

Cape rapidamente responde.

- Arranjaste uma enfermeira?

Logo em seguida o primo traz Lorena consigo.

Pois agora já tens.Ou muito me engano ou a Lorena também apanhou a gripe.

- Oh... Eu a pensar que era uma enfermeira...

- Bandido, foste tu que me pegaste a gripe.

- Eu avisei-te para não vires a taverna... agora ficas de caminha...

Olha para o primo e pensa que só faltava agora ser o médico a estar de cama...

Dinis preparava as poções quando ouve o barulho da porta lá fora. Pousa o frasco na bancada e assoma-se à porta, lá fora vê Lorena com os olhos marejados de água e um ar profundamente abatido.

- Oh não, meu amor! Também tu? Espera só um instante.

Regressa ao consultório e corre a cortina que separava a cama, onde se encontrava o primo, da outra que estava ao lado.

- Querias alguém para te fazer companhia, não era? - pergunta-lhe - Pois agora já tens.Ou muito me engano ou a Lorena também apanhou a gripe.

De volta à sala de espera ajuda Lorena a levantar-se e deita-a na outra cama.

- Pronto meu amor, deixa-te estar aqui que eu já venho ter contigo.

-Erm... Dinis... Já descobriste o que tenho? É grave?

- Bem nem sei como te dizer isto... - e faz um ar preocupado. - Já sei o que tens, mas as notícias não são boas... Ainda não foi desta que me livro de ti. AHAHAHAH! Estas apenas com a gripe de Alexandria.

Dinis levanta-se e vai para a bancada de trabalho.

- De certeza que não queres as sanguessugas? - e pisca-lhe o olho. - Deixa-te estar sossegado enquanto eu te preparo a essência. Vai levar um pouco, porque ainda não tenho os ingredientes prontos.

- Sabes o que falta aqui no consultório? Uma enfermeira gira para ajudar-te e sempre animava os doentes...

- Ahahahah! A Lorena matava-me se eu sonhasse em contratar uma enfermeira.

Dinis coloca a mão na testa do primo.

- Sim, de facto estás cheio de febre... Deita-te ali. - e aponta para uma cama existente no consultório.

Seguidamente pega em panos de linho e ensopa-os em água fria e coloca-os sobre a testa de Cape. Entretanto continua o seu exame, e uma vez por outra consultava os seus livros à procura da correspondência para os sintomas que via.

- O que tu precisavas era de umas quantas sangue-sugas, mas por sorte o Beau não anda por cá. - diz-lhe rindo.

À muito que o consultório estava preparado, mas Dinis ainda não o tinha aberto. O consultório ficava num outro edifício mesmo junto ao portão da propriedade. À porta estava um letreiro onde se lia:



A oportunidade chegou quando o seu primo Cape, que estava de visita, apareceu lá em casa a queixar-se de febre e cansaço.

- Vamos para o meu consultório. - diz-lhe - Estás com uma cara pior que o costume.

Chegados ao consultório, Dinis manda o seu primo sentar-se.

- Então o que é que sentes?

Seguindo as instruções do seu amo, Gil Afonso coloca uma tabuleta à porta do consultório.