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Noivado de Celestis Viana e Lockee Torre

Celestis_pallas


Enquanto ouvia a canção, Celestis foi gentilmente convidada por Lockee a dançar. Várias pessoas também aproveitavam da música e dos efeitos do álcool para tal, mas os noivos dançavam apenas pela felicidade que os movia.

- Perdoa se eu por acaso pisar em teus pés! Receio não saber dançar tão bem quanto deveria!

Fechava os olhos e já imaginava-se sobre o altar, a trocar as alianças definitivas. Seu pensamento ia longe, quando lembrou-se de que não tinha cumprimentado alguns convidados que acabaram de chegar.

- Com licença, querido. Tua companhia é essencial para preencher minha alma de imensa alegria! Mas aqueles que nos querem bem estão à espera de que eu os receba!

Repousou um beijo carinhoso em sua face esquerda e ausentou-se. Beatrix vinha em sua direção com um embrulho nas mãos.

Quote:
- Meus parabéns aos noivos. Desejo muitas felicidades.


- O que será? Livros? Eu simplesmente aprecio muito a leitura! Obrigada, espero que Lockee também goste!

Dito isso, conduziu-a a uma mesa livre e acenou a Emengardo para que a servisse com tudo o que houvesse disponível. Foi quando o criado-pajem aproximou-se e pediu para falar com a senhorita em particular.

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Emengardo


Emengardo não apresentava um bom semblante. E se havia pedido para falar à parte era porque algum imprevisto ocorrera. Percebendo que Celly já se encontrava apreensiva, decidiu falar, sem rodeios:

- Senhorita, tua prima Sissi pediu para avisar-lhe que ia embora, pois não se sentia bem. Parece que foi algo com a comida, perdoa-me se a entupi com tanta carne!

Depois, transmitiu a notícia que para ele lhe parecia a pior:

- Eduardo empurrou Otto e o coitado caiu sobre a grama! Cruzei com ele, estava sujo de terra! Não sei se ele vai embora depois disso, mas está zangado e triste. Otto pensou que o pajem do Raphael já tinha esquecido aquele episódio no qual investiu amorosamente em Sancha!

Celestis, por um momento, ficou séria. Depois, começou a rir, sem parar. Emengardo nada compreendeu.

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Celestis_pallas


Celly repousou a mão direita sobre o ventre, enquanto a esquerda sobre os lábios tentava dar conta de abafar os seus incontidos risos:

- Desculpe, mas é deveras cômico! Meto-me a imaginar a infelicidade de Sissi Edelweiss, sempre tão contida, a perder a compostura em meio ao banquete de carne que tu serviu a ela!

Emengardo também avisou-lhe que fosse ao Paço dos Arcanjos no dia seguinte.

- Sim, eu irei. Até lá minha prima já deve estar a se sentir muito melhor! E espero que Raphael deixe o orgulho de lado para cuidar dela!

Depois, riu mais um pouco, a imaginar Otto atirado sobre a grama e na tirania de Eduardo.

- Esses dois nunca declararão paz! Deixemos o circo correr, Eduardinho sabe que não pode derramar sangue em minha propriedade.

Dito isso, pediu licença a Emengardo e recomendou que ele continuasse a servir os convidados.

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Pajem_otto


Otto limpava as vestes, indignado com o tratamento que recebia nas terras de sua ex-patroa.

- Também, fui meter-me logo com uma Viana...onde estava com a cabeça? São todos uns loucos! E Eduardo, de tanto andar com eles, ficou mais louco ainda!

Resmungava, esperando que ninguém ouvisse suas lamentações. Respirou fundo e contou de zero a cem para não revidar o ataque sofrido. Tinha de viver sob a esperança de que um dia o rapaz esquecesse a rixa. Até lá, sofreria calado.

De repente, avistou o bardo. Tomou uma garrafa de vinho da mesa e entornou-a pelo próprio gargalho, sem preocupar-se com as mesuras.

- Seu músico? Faz-me uma canção! Vou contar a minha história...

Era uma história de bêbado. Mas o bardo, mesmo assim, traduziu-a em poesia.

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Bardo Josephino, roleplayed by Celestis_pallas


Josephino coçou a cabeça. Tinha de ser criativo para conservar a censura.

- Tem certeza que depois dessa o tal homem nervoso não irá querer matar-te? Bem, vamos lá. Espero que Eduardo não presuma ser para ele a canção!

"Foi nas terrinhas do Porto
que toda a confusão se sucedeu
Um homem disse: amanhã tu estarás morto!
O outro, de tanto medo, nem respondeu!

Com mulher dos outros todo cuidado é pouco!
Mas alguns insistem em seguir o pobre coração.
Outro desfecho? Só se o tal apaixonado fosse um louco!
E de mulher alheia decidisse ser ladrão!"

Que achaste?
Raphael.viana


Paço dos Arcanjos.

-Espero que ele apareça logo. E espero que Celestis compreenda a mensagem...- Raphael deitou-se e foi dormir.

Esse post é para cobrir um pequeno acidente.

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Escudeiro.eduardo
- Anda, vamos para dentro. Tem comida e bebida boa! Já provaste dos doce? Eu que ajudei a fazer! Ficamo lá os dois, um olhando para a fuça do outro, mas é melhor que aqui fora, contigo a ralhar com aquele cujo nome não quero mais citar! Ele é convidado da Celestis, tu sabes bem. Não dá para mudar isso.

Eduardo era rude, e mais ainda ficava se ameaçassem tirar Sancha de seu coração de manteiga. Não era mau, só amava demais.

-Convidado... convidado... Já disse eu que esse diabo nom é flor que se cheire, ora... Esse peste... Acho bom ele nom estar de olho em tu, minha sanchinha... eu fico... fico... grunf...- viu que estava se irritando de novo, e Sancha não ia gostar. - Disculpa eu, sanchinha... disculpa eu que eu nom sei di jeito nenhum o que dá n'eu... Tenho medo ele roubare-te d'eu, fico com muita raiva... Nom quero perder a ti de jeito ninhum... Já sei... Bamos andare um pouco juntos pela festa. Eu ajudo-te com o que tu precisares, inda garanto que aquele cachorro nom chega nem perto... Prometo que ajudo, ah se ajudo... E prometo, o próximo anel é o teu, já tenho o dinheiro quase todo, só mais uns dias...

Mais tranquilo com a presença da noiva (é um parvo apaixonado mesmo...), Eduardo pôs-se a ajudar no que fosse preciso.
Celestis_pallas


Celestis seguia intrigada pelo fato de muitos de seus familiares ainda não comparecerem. E os Viana estavam ainda mais desfalcados com a ausência abrupta de Sissi. Foi quando avistou a pequena infanta Maria ao lado da rainha Marih. Desconhecia que a pequena também estava por lá.

- Querida, por que estás assim tão embirrada? É festa de gente grande, mas também tem doces! Vem, vou pegar um monte deles para você!

Pediu então permissão à tia para conduzir Maria pela mão e passear um pouco com a menina. A jovenzinha estava simplesmente encantada com as fitinhas coloridas que enfeitavam o sítio.

- Queres uma para si? Eu pego, toma!

Celly abaixou-se à altura da miúda e amarrou uma fita cor-de-rosa em seu pulso.

- Vê só, mais um Viana! Vamos cumprimentar o titio Gasppare?

Tomou a menininha no colo e seguiu rumo à mesa onde encontrava-se Gasppare. Este estava acompanhado de Pascoal:

- Tio Gasppare! É tão dificultoso falar com o senhor! Estás sempre enfurnado na igreja, essa vida de servidão a Jah não deve ser nada fácil!

Foi mais difícil ainda tratar com o tio, dado que ele e Paschoal tinham engatado um assunto longo no qual dava pouca abertura para que alguém interrompesse. Ainda assim, Celly prendeu a atenção dos dois, sobretudo porque trazia a miudinha de Marih em seus braços.

Depois, dirigiu-se a Pascoal

- Como não haveria eu de me lembrar do senhor? Estava em Roma, na ocasião de sua diaconização. Como tens passado desde aqueles dias?

Sentou-se à mesa com eles e conversaram brevemente. Celly aproveitou para provar da famosa carne que Raquel trouxera, já que ainda não havia experimentado.

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Sancha


Quote:
- Disculpa eu, sanchinha... disculpa eu que eu nom sei di jeito nenhum o que dá n'eu... Tenho medo ele roubare-te d'eu, fico com muita raiva... Nom quero perder a ti de jeito ninhum... Já sei... Bamos andare um pouco juntos pela festa. Eu ajudo-te com o que tu precisares, inda garanto que aquele cachorro nom chega nem perto... Prometo que ajudo, ah se ajudo... E prometo, o próximo anel é o teu, já tenho o dinheiro quase todo, só mais uns dias...


Sancha vivia sob as promessas de que Eduardo traria-lhe o tal anel. Aquele noivado, se demorasse muito, logo tornar-se-ia o casamento direto, sem direito a festas! Mas a loira falhara com ele, evitava reclamar demais para não trazer à tona novas desavenças:

- Vi que tem um rapaz tão sozinho por aí! Acho que ele é padre... o nome é Kali...Kalimetro. Isso. Vamos avisar pra Celly, ela ainda não deve saber que ele chegou. Aliás, vamos pedir que ele realize nosso casório?

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Celestis_pallas


- Este assado está realmente divino! - suspirava Celestis, enquanto limpava na tigelinha d'água as pontas dos dedos.

Nisso, Sancha aparece com Eduardo. Vinha avisar que o padre Kalimetro estava na festa, mas parecia um pouco solitário.

- Antes que tu digas qualquer cousa, quero falar com os dois. Que raio de ideia é essa a de empurrar o Otto no chão, Eduardinho? Estás numa festa decente ou numa arena? Acertem isso depois, não quero carnificina aqui!

Sancha pareceu envergonhada com a bronca que o noivo levara, ainda mais porque estavam diante de dois diáconos.

- Quanto a ti, Sancha. Bem, depois falo contigo em particular! Onde está o padre?

A amiga apontou para um canto. Celestis foi ter com Kalimetro:

-Sinto-me verdadeiramente lisonjeada em ter a presença de um padre, senhor Kalimetro! Aproveito o ensejo para saber se podes abençoar nossas alianças, proteção divina nunca é demais!

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Emengardo


- Senhorita, trago aqui a aliança de Lockee para ser abençoada pelo padre. Ele soube que o religioso cá estava, então decidiu aproveitar!

A aliança vinha num prato limpo e vazio. Aprovando a ideia, Celestis depositou sobre o mesmo prato a sua aliança e reforçou o pedido a Kalimetro.

- Outra coisa, senhorita. Já faz um bom tempo que Talita, acompanhada de seus, aham, seus, aham...maridos...enfim, Talita, Rodolfo e Abeth estão aqui! Achei melhor avisar.

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Leonardodavinci


Enquanto saciava sua fome com os doces maravilhosos da festa, em companhia de Ladislau e Guilherme, Leonardo reparou que Lockee gritava alguma coisa do centro. O rapaz deu de ombros e continuou comendo os doces, repentinamente as pessoas começaram a bater palmas, no susto Leonardo deixa cair uma bolachinha de nata meio mordida no chão.
Leonardo reparou então que sua mais que justa comilança estava sendo observada por Anton e Raquel que cochichavam e olhavam pra ele. Ele então se pergunta:
Se estão com fome então porque não vêm comer logo? Como dizia Cícero: "O melhor tempero da comida é a fome". - O rapaz então morde outra bolachinha de nata e volta a pensar - Esses romanos eram mesmo sábios... Ora, pra quê tanto julgamento, Ab auditione mala non timebit

Após a despedida de Ladislau, o rapaz, então, se deu por satisfeito e resolveu sair de perto da mesa. Leonardo,então, bem intencionado, coleta alguns doces da mesa e vai até os primos ao ver que Anton fora buscar uma bebida, oferece os doces a Raquel dizendo:
Se você queria alguns doces, prima, bastava ter me perguntado.

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Celestis_pallas


Quote:
- Outra coisa, senhorita. Já faz um bom tempo que Talita, acompanhada de seus, aham, seus, aham...maridos...enfim, Talita, Rodolfo e Abeth estão aqui! Achei melhor avisar


- Para que tantos rodeios? Já entendi, Talita e seus maridos cá estão! Bem, preciso ir, senhor Kalimetro! É um prazer tê-lo aqui conosco! Emengardo, olho nessas alianças!

Depois, compreendeu melhor a situação. Emengardo estava constrangido em falar na frente de um padre a respeito da situação matrimonial na qual os averroístas se encontravam. Riu sozinha, ainda a pensar na situação complicada em que Emengardo tinha metido-se. Logo avistou a amiga e os dois senhores:

- Talita, que surpresa agradável! Não faz tanto tempo que contraiu matrimônio...diga-me, que pensas sobre a vida de casada? Dizem que não é o céu que pintam por aí.

Não costumava conversar muito com Talita, pois temia que tivesse o mesmo temperamento de Heloise. E Heloise, apesar de ser praticamente prima de Celestis, não se dava bem com a morena. Ainda assim, quis arriscar.

- E quanto a vocês, Rodolfo e Abeth? O que me dizem do casamento? Se forem falar mal e ofenderem a senhora Talita é melhor que calem-se, claro! Mas se for tudo positivo e agradável quero muito saber.

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Raquel_


Raquel percebe a aproximação de Leonardo, que vem se posicionar próximo a ela. Ainda de pé estende doces com a mão e diz:

Se você queria alguns doces, prima, bastava ter me perguntado.

Ela pisca os olhos sem entender direito, e estende a mão para alcançar a mão desocupada de Leonardo, segurando a ponta dos dedos e o conduzindo.

Acho que estavas longe de mim, não dava para perguntar sobre nada... mas senta aqui desse lado que ainda está vago, mon petit artiste. Enquanto sentava, Leonardo deixou os doces na mesa. Raquel pegou um, olhou, cheirou, abocanhou e exprimiu com satisfação depois de engolir o primeiro pedaço: hmmmm, se soubesse que era tão gostoso teria comido mais cedo!

Depois de terminar o doce, ela se vira para o primo e diz, sorrindo:

Obrigada pela gentileza. Está gostando da festa?

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Lockee


Por um instante Celly afastou-se de Lockee, deixando-o um pouco perdido na festa, apesar de ser o noivado do casal o rapaz ainda não sabia como se comportar e logo avistou a mesa onde estavam Anton, Raquel e Leonardo. Dirigindo-se à mesa dos Torre:

-Obrigado meus irmão e meu primo por terem vindo, sei que moramos um pouco distante mas a presença de vocês é para mim, muito especial, assim como a presença do nosso avô, Azen, tia Ines e tio Lobo no qual já tive o prazer de conversar assim quando chegaram.

Aproximou-se do ouvido de seu irmão e disse:

-Ainda não tenho uma casa aqui, estou dormindo em uma estalagem por isso não os convidei para ficarem comigo, mas se quiserem a estalagem têm mais vagas. Espero em breve poder vê-los em Coimbra.

Virando para Raquel disse:

-Minha irmã, estava dizendo o Anton para que após a festa vocês descansem na estalagem onde me encontro até a minha casa ficar pronta.

Lockee puxou uma cadeira que estava vazia entre Anton e Raquel sentando-se para aproveitar a presença da família.

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