Dom Verbus aguardara paciente a chegada de todos os convidados, observou a chegada de alguns amigos e cumprimentou-os.
Dom Rodolfo, sempre uma honra ver-lhe. Soube que a Academia esta tendo melhoras significativas, faço votos de bom trabalho.Caminhando em direção ao adro percebe a presença de Dom Vilacovense, Senescal da Ordem dos Cavaleiros Templários e Dom Nuno, Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários.
Dom Vilacovense seja bem vindo ao nosso quartel, fique a vontade, qualquer necessidade estaremos a vossa disposição.Ao lado de Dom Vilacovense se encontrava Dom Nuno. Dom Verbus o cumprimenta e tece alguns elogios ao Nobre Militar que sempre fora uma referencia para os jovens mancebos que buscavam seguir carreira militar.
Dom Nuno! Quanta honra! Estas a fazer um excelente trabalho a frente da OCT, se me permite a abreviatura.
Eu, assim como muitos militares somos admiradores incondicionais de seu trabalho. Seja bem vindo! Mais tarde faremos questão de lhe mostrar todas as dependências do Castelo.Logo que termina a recepção dos Templários Dom Verbus se depara com um senhor em trajes muito elegantes indo em direção a um assento reconhece meio ao longe se tratar do Presidente da Corte dos Nobres, Dom John Martins de Almeida Miranda e Sousa Coutinho, Duque de Bragança. E fazendo uma vênia o cumprimenta e diz-lhe:
Dom John, é uma honra ter a Corte dos Nobres representada em vossa pessoa, sou Dom Verbus Viriatus d'Coimbra, Baronete da Ribeira Negra, Visconde do Condado de Coimbra, Primeiro Marechal do Reino de Portugal e Escrivão da Ordem Militar dos Dragões de Portugal, é um prazer conhece-lo pessoalmente, por favor me siga, existe um assento próprio para Vossa Graça. Após indicar o local para Dom John, Dom Verbus pede para que dois Dragões fiquem na escolta do Duque de Bragança para lhe auxiliar no que for preciso.
Mais convidados iam chegando e Dom Verbus recebia um a um indicando seus devidos lugares, o pátio já se encontrava quase cheio e todos esperavam pela presença dos Condes de Lisboa, Coimbra e Porto além claro, da Comitiva Real.
Ao toque das cornetas Dom Verbus reconhecera o som, se tratava da escolta das FAC, Forças Armadas de Coimbra, pode ver que vinha montado em um corcel Dom Chronnos de Sagres, 44º Conde de Coimbra e a sua frente vinha um Porta-Estandarte com o brasão condal alinhando o caminho. Sendo auxiliado para desmontar de seu corcel Dom Chronnos se direciona ao local reservado para as autoridades, Dom Verbus vai em sua direção e comprimenta-o.
Dom Chronnos. Sinta-se em vossa casa se precisar de algo peça para os dois Dragões que aqui estão, eles irão tratar para que nada lhe falte.Os praças já se mostravam agitados, militares acostumados a estar sempre em movimento não conseguiam se manter em formação por muito tempo, os sargentos alinhavam as tropas e tentavam manter o posicionamento de todos então cornetas soam mais uma vez.
Chega em frente aos portões dois cavalariços, pelo estado dos animais podia se ver que vieram de longe, os sentinelas dos portões ajudam eles desmontarem e levam os cavalos para estrebaria. Após se recomporem são recebidos por Dom Verbus. Os dois jovens ao verem a insígnia da Ordem Militar dos Dragões de Portugal e o colar que representava o Visconde de Coimbra prestam continência e aguardam serem interpelados.
Descansar Soldados! Diz Dom Verbus aos jovens soldados. No que eles respondem.
Permissão para fala senhor!Dom Verbus já reconhecendo o fardamento que estava impecável mesmo após uma longa viagem, responde.
Permissão concedida!Então o mais jovem dos soldados diz.
Somos batedores do Condado de Lisboa, viemos em paz avaliando o caminho para chegada de Dom David D'Açor, o Conde Caminheiro, Conde de Lisboa. Ele está a pouco tempo daqui e aguarda confirmações de segurança.Dom Verbus consente com a cabeça, então o soldado com um pouco mais de pericia que o mais novo retira seu arco e lança uma flecha em direção ao Sul, a flecha percorre uma distancia ainda não vista por ali e elogia o arqueiro que a lançou.
Soldado! Deves aparecer mais por cá, existe torneios de arco que remuneram muito bem os bons arqueiros, parabéns! Fiquem a vontade, comam e bebam, sejam bem vindos.Em poucos minutos após a flecha ser lançada pode-se ver a chegada de um regimento de escolta e a sua frente vinha o Porta-Estandarte com o brasão do Condado de Lisboa, ao meio do regimento surgia Dom Caminheiro que um pouco cansado aceitou a ajuda para desmontar seu alazão. Dom Verbus então se dirigiu a sua frente e o saudou com uma vênia.
Dom Caminheiro, se me permite chama-lo pela alcunha, é um prazer recebe-lo em nosso Castelo, me acompanhe, vosso lugar esta reservado junto as demais autoridades. Estamos colocando dois Dragões pra auxiliar as autoridades no que for preciso, sinta-se a vontade e aproveite a cerimônia.Direcionado o Conde de Lisboa ao seu lugar, Dom Verbus recebe uma missiva das mãos de um Sargento e constatou ser uma carta com o selo condal do Condado do Porto, nela dizia que lamentavam a falta de representantes e que felicitavam todos da Ordem pela cerimônia.
Dom Verbus olhava todo o pátio cheio, varias comitivas condais, fardamentos diversos de todas as Ordens e Forças Condais, admirava todo aquele movimento e sentia-se realizado por conduzir todo o evento. Com mais um toque de corneta pode ver chegar um Almogavar trajado em farda de gala que parecia não saber ao certo onde poderia de assentar, Dom Verbus foi em sua direção e o recepcionou com todo respeito dedicado aos velhos militares, Dom Carlos já havia-lhe dito sobre seu antigo amigo Joceli.
Meu senhor. É um prazer tê-lo em nossa cerimonia, me chamo Verbus, me acompanhe vou lhe colocar em um lugar privilegiado de onde poderá apreciar a cerimonia com tranquilidade.Dom Verbus estava à meia distancia do local onde iria instalar o Almogavar Joceli quando ouve o Sargento Diogo Afonso falar em alto tom.
ATENÇÃO TODOS DE PÉ!
ESCOLTA!
Firme!
Sentido!
Em Continência a Sua Majestade Real!Dom Verbus então para e se mantém imóvel diante da entrada da Rainha. Observa com o olhar abaixado a passagem de Sua Alteza e sua Camareira-Mor Dama Beatrix Algrave e toda a corte que as cercavam. Após o Sargento Diogo Afonso cessar a continência Dom Verbus se dirigiu a Rainha e com a voz em baixo tom por respeito a Sua Alteza Real falou.
Majestade, uma honra tê-la conosco, venha, irei coloca-la na tribuna, não será necessário que vossos pajens acompanhem Vossa Majestade. Rogo para que deixe que eles sentem-se junto aos Dragões para comerem alguns quitutes, nossos Dragões em serviço irão lhe proporcionar toda comodidade que Vossa Alteza merece.Dama Beatrix seja bem vinda o que precisar não hesite em nos falar atenderemos prontamente.Com a chegada da Comitiva Real de Sua Majestade Real, a Rainha Marih I, Dom Verbus ordenou que se fechassem os portões para dar inicio a cerimônia. Talvez aparecesse algum convidado atrasado por isso deixou instruído o Sargento Diogo Afonso para recepcionar lhes e garantir assentos para todos.
Quatro Dragões que faziam a guarda dos Portões ouviram quando Dom Verbus disse:
Dragões! Sentido!
Dragões! Fechar portões!Após os portões serem fechados Dom Verbus então ordenou o descanso.
Dragões! Descansar!Após todos os convidados estarem confortavelmente instalados Dom Verbus falou:
Irmãos, Autoridades presentes, Sua Alteza Real, Rainha Marih , iremos proceder com a cerimonia de troca de Mestres da Ordem Militar dos Dragões de Portugal. De frente a tribuna Dom Verbus se coloca por trás do púlpito e chama Dom Carlos apenas pelo nome de batismo.
Carlos Emanuel Magalhaes e Torre se aproxime!
Teus feitos perante a Ordem Militar dos Dragões de Portugal foram reconhecidos!Com a voz firme Dom Verbus continua.
Provaste teu valor e o Capitulo Geral, órgão máximo da Ordem Militar dos Dragões de Portugal lhe reconhecerá como Comandante supremo da Ordem.
Juras perante todas estas testemunhas defender a soberania de Portugal?
Juras perante todas estas testemunhas defender o direito estabelecido?
Juras perante todas estas testemunhas zelar pela concórdia e fazer valer a paz?Após as perguntas Dom Verbus aguarda a resposta de Dom Carlos.