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[RP] Jardins Reais

Beatrix_algrave


Não era sem motivo que a rainha solicitara um novo jardineiro para os jardins reais. Aquele lugar precisaria de pelo menos uns três jardineiros para poder voltar a se chamar um jardim. Com a doença do antigo rei e as viagens dos que lhe sucederam, a verdade é que o antigo jardineiro relaxara no serviço. A chegada do inverno terminara sua obra e agora que o frio começava a partir, eis que seria necessário um trabalho intenso para recuperar a antiga beleza.

As aleias tinham a sua volta arbustos de galhos secos e mal aparados. Os canteiros de prímulas e sempre vivas estavam enfestados de ervas daninhas. O pequeno lago de pedra precisava ser limpo e os bancos embaixo das árvores precisavam de reparos. O gazebo solicitava uma pintura.

Enquanto caminhava pelo jardim, Beatrix anotara mentalmente sua lista de reparos. O jardineiro que fora contratado olhava aquilo com expressão desolada. O nome do jardineiro era Cristovão.

- Eu sei que será um trabalho difícil, mas conseguirei ajudantes e o que mais o senhor precisar.

Beatrix comentou e viu a figura da rainha aproximando-se.

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Marih


Após alguns dias de uma rotina stressante, a Rainha resolve tirar algum tempo para passear no jardim. Espera que ele esteja com um aspecto melhor desde a ultima vez que reparara nele. Qual era sua surpresa ao ver que ainda estava na mesma, porém avistou Bea com um rapaz e caminhou até eles
-Boa tarde
Disse Marih com cara de quem já esperava uma solução para resolver o problema daquele jardim tão lindo
- Então Bea, quando resolves o problema do jardim?

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Beatrix_algrave


- Estou aqui conversando com o novo jardineiro e anotando tudo que será necessário. Infelizmente, os rigores do inverno fizeram bastante estrago para além da falta de cuidado. Hoje será feita a limpeza. Creio que nos próximos três dias já se notará uma mudança de aspecto.

Beatrix foi dizendo a rainha em poucas palavras, resumindo o que discutira com o jardineiro quando o chamara e que agora ele podia avaliar com mais cuidado. O homem ia apenas concordando, enquanto que imaginava quanto precisaria de adubo e de sementes novas para replantar alguns canteiros que não tinham, infelizmente, mais salvação.

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--Encapuzado.


Havia horas que o homem encapuçado estava empoleirado no cimo de um majestoso carvalho e o seu corpo começava a dar os primeiros sinais de fadiga. Doíam-lhe as pernas e sentia o rabo esborrachado contra a dura madeira. Por diversas vezes tentara apaziguar o desconforto, tarefa de enorme futilidade quando o ramo onde nos sentamos é mais estreito do que a sela de um cavalo. Mal por mal, acabou por permanecer tal como estava, costas direitas contra o tronco da árvore e uma perna de cada lado do ramo. Pior do que a dor que lhe afligia as nádegas era a perspectiva de danos severos na região frontal e, como tal, jurou perante si e as entidades divinas que da próxima vez traria uma almofada.

Distraidamente, balançou as pernas numa tentativa de espantar o tédio e o cansaço muscular. A copa da frondosa árvore agitou-se não tão discretamente quanto teria desejado e um bando de pássaros levantou voo, uma mancha negra e súbita no céu azul e límpido. Suprimiu um grunhido de frustração e quase perdeu o equilíbrio ao bater com o punho sobre o ramo onde estava sentado. Já mais recomposto, endireitou o capuz e deixou o olhar varrer pela imensidão do jardim.

O seu coração palpitou desenfreadamente quando olhou para a mulher de cabelos loiros e brilhantes. Uma verdadeira rainha que envergava um vestido que lhe realçava todos os atributos, o seu porte digno e majestoso. A sua face rosada e os seus lábios carnudos pareciam ter sido esculpidos pelas mãos do mais hábil escultor. Se aquela visão não era merecedora das dores que sentia nas nalgas, então a vida terrena não tinha propósito.
Marih


Enquanto escutava Bea falar, do nada um bando de pássaros alçam voo deixando no azul do céu um espetáculo da natureza digno de fazer brilhar qualquer olhar humano. O cão Morphinho que até então descansava perto de sua dona, levanta-se e corre em direção aos portões alardeando um latido, como quem pressente o perigo.
Marih o chama e resolve entrar, deixando Bea resolver o problema do jardim...

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Sirman


Sirman nos Jardins Reais avista a Dama Beatrix e decide correr até ela.

- Dama Beatrix! Preciso de vós! Grita Sirman enquanto corria para Beatrix

- Dama Beatrix! respirando já sem fôlego Finalmente... Preciso da sua ajuda! Exclama Sirman exausto

- Preciso de encontrar o Jardineiro, preciso urgentemente de falar com ele, é um caso de vida ou de passar fome, podeis-me ajudar? Pergunta Sirman à Beatrix tentando fazer olhos de desespero

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Beatrix_algrave


Beatrix fez uma vênia despedindo-se da rainha. Ela também notara a presença do homem de capuz, mas não teve necessidade de fazer nada. Parecia ser apenas um viajante em busca de um descanso que admirou por alguns momentos a rainha e depois partiu.

Ela já havia tratado com o jardineiro e ia deixar o jardim quando ouviu a voz do senhor Sirman, o cozinheiro real a chamá-la.

- O que houve, senhor Sirman, acabei de falar com o jardineiro, ele está ali trabalhando no jardim mas poderá ajudá-lo se for assim tão urgente.

Ela disse com um sorriso calmo e um olhar confuso, sem entender porque falar com o jardineiro era questão de vida e morte.

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Sirman


Sirman ao reparar que a Dama Beatrix não percebera da conversa, tentou resumir a situação para que a mesma entendesse.

- Dama Beatrix o que se passa é que eu tenho uma ementa de omeletes oferecida pelo Duque de Bragança e na ementa está uma erva aromática que nós não temos na nossa cozinha respirando fundo e preciso urgentemente disso, porque a Sua Majestade Real o deseja! Diz Sirman com ar de grande preocupação

Sirman olha para todos os lados para ver se consegue avistar o jardineiro.

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Beatrix_algrave


- Nosso jardim tem apenas plantas ornamentais, não tem nada alimentício, e mesmo que tivesse no estado em que se encontra seria difícil que algo servisse no momento. Aconselho a enviar um dos seus aprendizes à feira. Quem sabe no futuro não fazemos um horto real.

Beatrix comenta com o senhor Sirman, pois de fato ali nada ajudaria muito na cozinha.

- Talvez seja melhor um pajem pois sei que terá muito trabalho na cozinha com eles. Só me diga do que precisa que mando comprar imediatamente.

Ela propõe curiosa de que erva está em falta na cozinha real.

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--Encapuzado.


Ver a Rainha dispensa-lo tão rapidamente depois daquele primeiro encontro a sós dilacerou-lhe o coração. Apesar da mágoa, o homem do capuz retomou ao baile e permaneceu durante alguns momentos, bebendo mais copos de vinho naqueles breves instantes do que na semana que antecedeu as festividades. O retorno a casa foi tão amargo que o encapuzado jazeu no leito durante uma semana, ora sonhando com a bela Marih, ora engenhando novos esquemas e feitios para a fazer sua. Desejava-a com tanta vontade que raras não eram as vezes em que a agonia de não a ter se assemelhava a uma dor física excruciante e incapacitante. Mas hoje, hoje seria um dia diferente.

Naquela manhã, o homem do capuz voltou a abrir as janelas do pequeno casebre aninhado por entre altas árvores, banhou o corpo no riacho e aparou a barba viçosa e rebelde, temporariamente abandonada às intempéries de um coração choroso. E, agora, o encapuzado caminha em torno da praceta da vila, procurando uma vendeira que lhe apregoe as mais belas rosas do Reino de Portugal, pois a sua Rainha não merece menos do que o arquétipo da perfeição. Quando finalmente as encontra, não são nada mais nem menos do que a infinidade do requinte, verdadeiras obras-primas de natureza, tão fechado é o botão da rosa daquele tom vermelho carnal, incomensuravelmente sensual e venéreo.

De ramo em riste, entra nos Jardins Reais pelo portão dos serviçais, escondido por entre trepadeiras e frondosas árvores, invisível para o comum dos mortais, tão vistoso para um homem como ele, um homem que sonha com os suspiros decadentes da Rainha gemidos ao seu ouvido. O jardim está calmo como é habitual, sendo que apenas o chilrear dos pássaros se faz ouvir e, por breves momentos, ele senta-se num banco à sombra, ponderando os próximos passos.
Marih
Após varias reuniões que a deixam cansada, a Rainha resolve passear pelo jardim em companhia de seu fiel amigo Morphinho. Ele caminha todo feliz ao lado de sua dona e vez ou outra a olha e abana o rabinho demonstrando todo amor que sente por ela. Ela por sua vez o olha e afaga sua cabeça enquanto diz baixinho
- Tem saudades de estar sempre comigo né amigão?? também sinto o mesmo.. O cão parece que entende o que Marih diz e cada vez abana mais o rabinho. Eles continuam seu passeio tranquilamente, aproveitando esses poucos instantes de folga.
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Criada, roleplayed by Beatrix_algrave


Do outro lado do jardim, distante de onde a rainha passeava, uma serviçal caminhava procurando o canteiro de rosas para colher algumas e enfeitar os vasos do quarto real. Agora isso era possível, uma vez que o jardim florescera em sua beleza exuberante e singela, graças aos cuidados do jardineiro real.

Em meio ao jardim, ela nota a figura do estranho que por ali caminhava. Ela primeiro se assusta com a figura, depois tenta se acalmar e travar conversa com o estranho. Talvez seja apenas um pobre infeliz que quis desfrutar de uma sombra.

- O que o senhor faz aqui? Deu-me um susto enorme. Há algo que possa fazer para ajudá-lo?

A criada é uma jovem de seus dezoito anos, baixinha, gorducha e sardenta, de cabelos castanhos, presos por uma touca e usando o uniforme da criadagem real. Ela tem um olhar doce e ingênuo e sua voz é um pouco fanha.
Beatrix_algrave


Beatrix chegou aos jardins acompanhada do senhor Sirman. Uma vez que ela sabia o local preferido da rainha para passear pelo jardim, não demoraram a avistá-la.

- Sua majestade está ali mais adiante passeando com o Morphinho, vamos até ela.

Ela sugeriu e seguiu até aproximar-se da rainha, quando fez-lhe uma respeitosa vênia.

- Que bom revê-la majestade. O senhor Sirman deseja falar com vossa majestade, por isso o trouxe aqui. Espero não estar atrapalhando o vosso passeio matutino.

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Marih
Marih avista a Dama Beatrix que chega acompanhada do Cozinheiro Real. Após cumprimentos, a Rainha responde docemente a Dama
- Não se preocupe que não atrapalha em nada.. Em seguida sorri para o Sr. Sirman e o olha aguardando o que ele tem a dizer..
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Sirman


Sirman antes de começar a falar decide fazer uma vénia perante a Sua Majestade Real Marih como boa educação.

- Sua Majestade Real, peço mil e dois perdões pelo incomodo, de certo terá coisas mais importantes que fazer do que receber a presença de um cozinheiro real Diz Sirman pausando um pouco
- "E com um bigode lindo também"
Pensa Sirman enquanto larga um sorriso
- Bem continuando, queria pedir a vós um pedido à sua escolha para o seu jantar, pode pedir o que lhe bem apetecer! Afirmou Sirman elevando a sua cabeça como sinal de confiança

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