Afficher le menu
Information and comments (0)
<<   <   1, 2, 3, 4, 5   >   >>

[RP] Casa da Família Marques Henriques

Matiahs


Matiahs retribui o cumprimento gentil com uma vênia levemente inclinada.

- Muito obrigado pela calorosa recepção. Estou contentíssimo por revê-la também e enormemente lisonjeado pelo convite ao chá. Permanecerei sim – e principiou a acompanhar Beatrix para a sala de estar.

_________________
Beatrix_algrave


Assim que chegam a sala de estar, Beatrix oferece uma cadeira para o primo sentar, enquanto aguarda o retorno de Lotte, ela comentou com o primo.

- Estava trancada no meu ateliê a horas, não sei ao certo se Fitz e Samuel já retornaram ou o meu filho Faelnando. Mas gostaria de apresentá-lo a eles assim que possível. Como tem passado, primo, está gostando dos ares de Alcobaça?

Ela perguntou mostrando-se atenciosa.

_________________
Matiahs


Ao se acomodar, Matiahs presta atenção à fala de Beatrix, que demonstra ter interesse sincero em si.

- Como sempre aplicada prima Beatrix. Seria uma enorme honra conhecer vossa família. Na verdade Alcobaça é uma povoação bastante hospitaleira e animada gosto muito disto – responde de modo entusiasta – mas como estou longe de ser um súdito com muitas posses tenho trabalhado arduamente na pedreira a nordeste daqui e tal trabalho têm me desgastado bastante.

Ele pausa por um breve momento em que dá mais um gole na água e prossegue:

- Mas como anda o digníssimo senhor William? Espero por Jah que bem. A senhora tem notícias dele? Ele é um bom rapaz apesar de algumas crenças... curiosas. Ele que me indicou esta povoação para morar, mais uma vez um sensato conselho dele para mim.

_________________
Beatrix_algrave


- Entendo, tens trabalhado duro e és esforçado, isso é importante. Alcobaça é uma cidade tranquila e isso me agrada ao menos no momento. Depois de tantas viagens é bom descansar. Acho que tenho essa mesma característica do meu irmão William. Por sinal, estou sem notícias dele há algumas semanas, mas se ele estivesse com problemas eu saberia.

Ela diz comentando sobre William e em seguida externa um dos assuntos que a preocupa com a presença do primo que conhece há pouco tempo.

- Não sei o que William chegou a contar-lhe sobre a nossa família, me refiro aos Nunes. Passamos por períodos conturbados por conta de uma antiga rixa com a família Casterwill e isso nos trouxe muitos problemas. Daí as vezes não sei se é boa ideia reunir os Nunes novamente ou deixa-los afastados, o que seria mais seguro. Creio que por isso a indicação de William, talvez ele queira mais parentes por perto antes de me deixar. Ainda que eu me sinta bem segura agora. Sei me defender e tenho os Henriques.

Em seguida ela fala um pouco mais sobre William.

- William assim como o meu pai, e como todos os Algrave com exceção de mim, segue a fé druídica, pode parecer estranho, mas na verdade nossa fé aristotélica é que soa estranha para eles.

_________________
Matiahs


Matiahs prossegue a conversa depois de Beatrix comentar a cerca da história da família Nunes, e lhe agrada saber que provavelmente William anda bem.

- Com certeza William deve estar bem – demonstra uma feição assertiva enquanto fala – ele é um sujeito muito astuto. Na verdade, na época que conheci William eu possuía meus próprios demônios se é que me entendes, então não sei muito sobre o assunto além do pouco que me falastes agora. Minha querida mamãe não possui muita afeição pelos Nunes desde que retornara do cativeiro, então tive pouco contato com meus familiares. Não sabia que a situação estava tão grave assim.

Após um momento reflexivo de pausa ele retoma a fala um pouco inflamado:


- Por Jah que não deixarei nada acontecer ao grande amigo William e a vós minha madrinha na Santa Fé Aristotélica! Acho importante ter parentes por perto, em minha modesta opinião.

_________________
Beatrix_algrave


- Não censuro sua mãe, eu mesma tive muitos problemas com os Nunes. Também vivi muito tempo afastada, e desconhecia meus parentes portugueses até um feliz, ou infeliz acaso, dependendo do ponto de vista. Mas certamente Jah tem os seus desígnios, e não cabe a nós questioná-los.

Ela disse ao primo. A menção dos Nunes e dos Casterwill parecia deixa-la mais tensa, talvez por isso, durante muito tempo Beatrix apresentara-se apenas como Algrave, e depois de casada era também conhecida como senhora Henriques. Mas com a chegada do primo tinha que enfrentar novamente esses demônios. Além dos sobressaltos que os nomes Nunes e Casterwill lhe traziam, causava-lhe tristeza lembrar de Nicole, de Maria Madalena e da pobre pequena Eduarda. A morte das duas últimas era ainda uma lembrança dolorosa, uma perda sentida e jamais esquecida.

- Não posso negar que foi uma surpresa agradável, encontrar mais um Nunes e alguém de boa índole como você me parece ser. Por isso quero que saiba que pode contar com minha ajuda para o que precisar. Se meu irmão gostou de você, é porque realmente deve ser uma boa pessoa. Ele tem um instinto que não costuma enganá-lo.

_________________
Matiahs


Matiahs observa um semblante de certa maneira entristecido no rosto de Beatrix quando ela fala sobre os Nunes o que também lhe deixa desconfortável e tenso. Parece que nem tudo o que sonhara em conhecer sua família feliz, como os abades lhe falaram era como tal. Parecia em verdade a família que sua mãe lhe falara.

- Desculpe-me se falei de algo desconfortável senhora Beatrix. Todos nós temos nossos demônios pelo que parece. Bem, William é um grande homem. Ajudou-me em um momento muito difícil. Salvou-me de uma turba enlouquecida que me confundiram com um infiel que queriam me queimar vivo, lá pros lados de Évora. Mas é como que eu sentisse que aquele rapaz de jeito bretão estava me procurando. Pelo visto minha intuição estava acertada.

_________________
Beatrix_algrave


- Afilhado há coisas sobre os Nunes que é melhor deixar no passado, as lembranças da minha avó Juliana ainda me são desagradáveis. Mas não quero que a sua presença em minha casa seja marcada por lembranças tristes. São coisas que não nos dizem mais respeito, felizmente.

Ela disse e tentou sorrir disfarçando a tristeza. O que a consolara era que Juliana morreram em paz. E ninguém nunca saberia da loucura da pobre mulher e que ela em um momento de delírio tentara matar a própria neta. Aquelas eram lembranças que não pertenciam a paz bucólica da residência dos Henriques.

- Meu irmão sempre teve o dom de aparecer nos momentos certos. Fico muito feliz que ele lhe tenha auxiliado. Independente de nosso parentesco ele não permitiria tal injustiça.

Ela disse e quase sorriu esquecendo as lembranças tristes e recordando-se do modo como William a surpreendera com Fitz, às margens do rio Sado. Fitz certamente discordaria dessa declaração sobre William aparecer sempre nos momentos certos.

- William fez sim uma busca, por alguns de nossos parentes. Na verdade esse foi um outro erro da antiga matriarca, ela afastou para longe da família aqueles que ela considerava indesejados ou perigosos, corrompeu os laços da nossa família e foi tremendamente injusta. Mas como disse, ainda que seja difícil não trazer esse assunto a tona, não quero que essas lembranças estraguem sua presença em minha casa. Aqui serás sempre bem vindo.

_________________
Matiahs


Ouvindo atentamente de cabeça baixa, Matiahs se ergue e passa a falar:

- Compreendo. Minha mãe é muito rancorosa com os Nunes por causa desta situação também. Quando ela fora raptada por piratas sarracenos ela jamais pensara que sua própria família, na época recusasse pagar o resgate, pois preferiam sua irmã Prudência a ela, e esta parcialidade chegou a este ponto, deixando-a ser levada para os infiéis sendo escravizada. Não sei o que causa mais desgosto a ela hoje em seu leito de recuperação de uma doença, o desgosto com a sua família, que a renegou ou a lembrança do amor perdido com um também cativo, negro da Guiné, na qual enamorara na terra dos sarracenos sendo eu o fruto disto.

De certa maneira Matiahs se sente culpado pelo estado da sua mãe padecer de uma melancolia muito forte. Muitos dizem que é saudade do mouro da Guiné. Ele pensa na vida difícil dela, o que o deixa mais sólido em vez de entristecer.

- Você está certa Beatrix. É um passado que já nos é ultrapassado. William é a prova concreta de que podemos nos reerguer, nos reinventar. Os Henriques parecem ser uma família muito unida na qual estas segura. Fico muito feliz por isso. Jah vos abençoe com Sua infinita sabedoria.

_________________
Beatrix_algrave


- Sim, de fato, sou muito feliz em meio aos Henriques, são irmão unidos e leais, também amo meus filhos e meu esposo. Apesar das coisas que passei por causa dos Nunes, Jah foi muito misericordioso comigo e creio que nada do que me fizeram se compara a crueldade que sofreu sua mãe. Mas e o seu pai, tens notícias dele, ao menos sabe se ainda é vivo?

Ela pergunta atenciosa, realmente aquela história era bastante singular e diante dos seus olhos ressaltava ainda mais a crueldade de Juliana, que padecera e pagara de modo terrível em vida por aqueles pecados. Que Jah tivesse piedade de sua alma!

- Pelo seu relato, creio que talvez não o saiba, mas meu irmão tem muitos contatos de suas viagens e se houver um meio de ajudar, posso falar com ele, ainda que seja algo mesmo muito difícil.

_________________
Matiahs


Na verdade minha não comenta muita coisa dele para mim – ele fala de modo pensativo – ela comenta que sempre quando olha para mim, me chama de uma palavra que não consigo nem pronunciar, deve ser o nome dele. Quando os irmãos mendicantes que nos resgataram e me catequizou nos trouxe de volta a Portugal, eu estava no ventre dela. Meu pai, segundo ela já havia sido despachado para outros lugares do grande país dos sarracenos. Fico feliz que tenhas uma família - prossegue a fala depois de uma breve pausa seguida de um sorriso tímido mas sincero - esposo e filhos no qual amas muito. Amo muito minha mãe também, mas gostaria muito de poder encontrar meu pai, mas pelo que sei é algo praticamente impossível.

_________________
Beatrix_algrave


- Eu também não conheci meu pai, mas por outros motivos. Não conheci minha mãe pois ela morreu quando eu nasci. Felizmente, Jah coloca em nosso caminho pessoas que nos ajudam e nos apoiam, tive outras figuras paternas e maternas que me acolheram e pelo visto a você também, afilhado. Por isso também é um prazer e uma alegria para mim acolhe-lo. E meu desejo em ajudá-lo é sincero. Vejo que és trabalhador, e aqui sempre precisamos de pessoas dispostas, honestas e dedicadas.

Ela continua a conversa com Matiahs, acreditando que Charlotte tomou as providências para servir o chá e chamar seus familiares, o tempo passa e a hora do chá finalmente se aproxima.

_________________
--Charlotte_lucas


A srtª Lucas pede licença quando entra na sala de estar. Ela vem trazendo uma bandeja com chá e pãezinhos de queijo quentinhos.

- Com licença Srª Beatrix, senhor Mathias. Aqui o chá da tarde Dama Beatrix. Algo mais que eu possa servi-la?

Sorridente como sempre, ela faz uma vênia aguardando a resposta da Srª Henriques.
Beatrix_algrave


- Creio que mais nada, Charlotte.

Antes da criada ir, Beatrix pergunta.

- Por acaso sabe onde está meu esposo? Se ele ou o Faelnando ou o Samuel estiverem em casa, chame-os para o chá por favor. Gostaria de apresentar-lhes meu afilhado Matiahs.

_________________
--Charlotte_lucas


Chalotte sempre sorridente respondeu a Dama Beatrix.

- Vou dar uma olhada lá em cima senhora, porém acredito que não estejam. O sr. Darcy deve estar para chegar. Irei ver lá em cima, com licença.

E saiu Charlotte em busca dos familiares de Beatrix. Quando subia os degraus e já não se ouvia mais os passos de Charlotte o sr. Fitzwilliam passava pela porta de entrada da casa.
See the RP information <<   <   1, 2, 3, 4, 5   >   >>
Copyright © JDWorks, Corbeaunoir & Elissa Ka | Update notes | Support us | 2008 - 2024
Special thanks to our amazing translators : Dunpeal (EN, PT), Eriti (IT), Azureus (FI)