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Há cerca de vinte anos...

Yochanan


Uma estátua de sombra, era o que ele parecia em suas vestes negras da Ordem de Azure, o capuz caído às costas.Ele estava de pé, o rosto voltado para cima, os olhos perdidos no centelhar de centenas de estrelas a pairar no firmamento. A noite de lua nova era propícia para observar até os astros mais pequenos.

Ao seu redor o pequeno descampado se estendia por cerca de cem passos de lado a lado, e altas árvores cresciam no limiar daquela clareira. Perto dali um pequeno riacho corria tímido durante a maior parte do ano, aumentando seu volume apenas com o degelo das neves do inverno. Junto às árvores, arbustos formavam quase uma cerca viva ao redor daquele lugar imaculado.

A noite ia alta quando um ruído atrás de si chamou sua atenção, mas ele não se moveu, instintivamente sabia que era ela quem chegava...

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--Sarah_atena


Sabendo que ele se encontrava ali, ela chega de mansinho, sem muito alarde. Pé ante pé, não via a hora de chegar ao encontro dele. O medo naquele momento não a detia. Anda cada vez mais rápido e compassadamente para que logo chegasse ao local. Quando deu por si já estava lá. Seu coração batia cada vez mais forte, pois, seria a primeira vez sozinha ao lado dele.
A vontade de tê-lo perto era tão grande, nada e nem ninguém a afligia. Foi quando o avistou e viu que seu amor estava ali à sua espera. Meio tremula, foi chegando cada vez mais perto, até que falou bem baixinho para não o assustar.

Yochanan,sou eu, a Sarah.

Parou e ficou à espera que ele a respondesse
Yochanan


Sem virar-se, com a face ainda para cima e os olhos fechados, ele respirou algumas vezes enquanto ela se aproximava. Quando ela falou, o bosque e a noite calaram-se e ele só conseguiu responder.

- Eu sei. Chegas atrasada. - mas não havia nenhum tom de reproche em sua voz. E finalmente virando-se para ela, ele sorria, e estendendo-lhe a mão perguntou: - Vamos? Ainda há um longo caminho que percorrer.

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--Sarah_atena


Ainda trêmula, Sarah ao estender a mão para pegar na dele, tropeça e acaba caindo em seus braços. Naquele momento que Yochannan lhe amparou sentiu um sentimento a tomar seus instintos. Meio que sem saber o que fazer, ela olha fixamente em seus olhos esperando qual seria sua reação.
Yochanan


Sarah terminara em seus braços. Havia sido um ato reflexo o que o levou a aparar-la no momento em que ela caía, e naquele instante ele não pensara. Agora eles se olhavam e o tempo parecia parar.

- Estás bem? - ele perguntou com a voz um pouco presa na garganta. A proximidade dela lhe deixava sem jeito. A respiração ofegava, e apenas com muito esforço ele conseguia controlar-se.

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--Sarah_atena


Estou sim Yochanan. Ai de mim se não tivesse sido tu a me ampara.

Sentindo a respiração dele mais ofegante e um olhar fixo ao seu, Sarah, devolve o mesmo olhar. Até que seus rostos se aproximam cada vez mais e perto de tocarem os lábios um do outro, escutam um barulho como se tivesse algo ali perto.Naquele momento desvia-se a atenção que tinha um no outro e ele logo se põe em posição de defende-la.
Yochanan


Foi com o movimento fluído daqueles acostumados com o manejo das armas que Yochanan colocou-se entre Sarah e a origem do barulho que eles haviam escutado. A mão sobre o punho da espada a meio desembainhar, os sentidos fixos adiante.

Acima deles em algum galho de alguma das árvores que cercavam o claro uma coruja piou, e novamente o farfalhar das folhas fez-se presente. O vulto da ave noturna cruzou o ambiente em picada, caindo justo na origem dos barulhos entre a vegetação. Um momento de agitação e então o bosque silenciou-se novamente. A coruja tinha sua presa e o Viana relaxou; havia ficado mais tenso do que pensara, sua mão ainda estava sobre o punho da espada, os nós dos dedos brancos.

A lâmina retornou à bainha e a cor retornou à mão de Yochanan.

-Não foi nada. - Ele disse respirando profundamente antes de voltar seus olhos para Sarah. - Está tudo bem. - Ele concluiu. Ousado, tomou a mão de Sarah na sua e disse: - Venha, devemos ir. - Apenas aquele contato já o deixava apreensivo. Por que aquilo lhe ocorria? Até pouco tempo ele a considerava um estorvo, uma criança apenas, mas ela havia crescido. Ela havia se tornado uma jovem digna dos Salões da mais alta nobreza, de beleza formosa e inteligência aguçada. Ele procurou afastar aqueles pensamentos, mas eles teimavam em retornar.

Partindo da clareira, eles seguiriam por uma trilha a meio escondida no bosque até um riacho próximo, dali seguiriam o curso da água subindo a serra até encontrarem uma árvore coração-de-pedra. Ali eles parariam para descansar um pouco.

Aquela era uma parte antiga do bosque, e isso se sentia no ar, a solenidade dos anos e das eras vividas por aquelas árvores anciãs. Mas era a Coração-de-Pedra que Yochanan mostrava à Sarah. Uma árvore que cresceu sobre um pilar de pedra, suas raízes buscando o solo o rodearam, fechando-o em seu interior com o passo das décadas até cobrir-lo por completo. Naquele momento, no entanto, parte do pilar ainda era visível, apenas o suficiente para saber que ele se encontrava ali. Mas o que fascinava ao jovem Viana era a única inscrição que era possível ver completa, a runa Nov que identificava a uma das Nove manifestações do Equilíbrio, a manifestação da Sabedoria.

Reconhecer as Runas da Primeira Ordem era algo que todos eles aprendiam chegado o momento, uma forma de se conectar com o passado longínquo das Ordens do Equilíbrio. Mas sempre era em livros e documentos antigos, recopiados inúmeras vezes ao longo dos séculos. Aquela, inscrita no pilar, ele havia encontrado por acaso certa vez, e era um de seus mais preciosos tesouros, algo que ele não havia mostrado a mais ninguém, até aquela noite.

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--Sarah_atena


Depois de perceber o olhar brilhante dele, ela pega na mão dele ainda meio tremula contemplando o que olhava naquele momento. E lhe diz:

Obrigada por me trazer aqui. Não pensava que fosse tão lindo. Vejo pelos olhos teus que aqui é um lugar muito especial pra ti. Será que eu sou assim para tu também?

Naquela hora ela para de contemplar o que observava e volta seu olhar para ele.
Yochanan


Ele segurou a mão dela, o nervosismo também lhe tirava a firmeza.

Yochanan sorriu, mas nada disse, nada havia para dizer. Ele a olhava, seus cabelos escuros fundindo-se com a noite. Ele se aproximou devagar, o tempo não existia mais, o mundo uma ilusão etérea e informe. Seus olhos se encontram, seus rostos se aproximam, apenas centímetros os separam.

Ele gira o rosto, seus lábios agora próximos ao ouvido dela, ele sussurra. - Vamos, falta pouco agora. - e se separando dela a puxa pela mão um pouco mais acima, em meio às árvores. Sua face risonha transmutada e agora séria a medida que reduzia o passo a um caminhar solene, uma última linha de árvores, e então um pequeno claro, no centro, sobre a relva, um disco de pedra de tempos imemoriais gravado com as nove runas desgastado pelo tempo e pelos elementos, coberto por manchas de musgo em seu bordo. -Chegamos,- ele anunciou indicando o disco. e levou Sarah até ali. No alto as estrelas giravam em torno da Polar, mas ali parecia que todo o mundo girava em torno daquele esquecido disco de pedra.

- Este é meu refúgio, somente eu e você sabemos que este lugar existe. - ele disse sorrindo. - És mais que especial para mim Sarah, e é por isso que a trouxe aqui, aqui onde nossos antepassados alguma vez estiveram. - ele disse um pouco emotivo. - Sobre as pedras do passado, erguemos as torres do futuro para ver os Caminhos dos Homens. - Ele recitou um dos ensinamentos da Ordem. - Conheço a tua história e conheces a minha. - ele falou olhando para as estrelas e então para ela, tomando-lhe ambas as mãos. - É meu desejo que me acompanhe em minha jornada e me permita acompanhar-te na tua. O que dizes?

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--Sarah_atena


Após ouvir o que ele falava, Sarah tremia mais que tudo. A alegria estava estampada em sua face meio que perdida na escuridão da noite, mas suas mãos geladas e trêmulas conseguiam dizer qual era o estado que ela se encontrava naquele exato momento. Estava ela diante de seu grande amor e a ser questionada por algo que ela mais temia e queria. Por um momento perdeu a fala, porém, logo em seguida tomou fôlego e olhando nos olhos dele firmemente lhe falou.

Tu és o que eu mais quero, mas és o que eu mais temo. Meu amor por ti me causa medo, mas me dá alegria de viver. É algo confuso, mas algo concreto. E por ele estou disposta a lutar.

Ainda tremendo, fica a espera da reação dele.
Yochanan


Yochanan puxou-a para si firmando suas mãos nas dela. Seus corpos próximos como em um abraço. Em seus lábios um sorriso estampado, enquanto seus olhos brilhavam com a memória da resposta de Sarah. Suas mãos percorreram os braços dela, descendo pela lateral do corpo quase sem tocar-la, apenas as pontas dos dedos roçando seu ser, até chegarem à cintura da jovem. Com suavidade ele a ergueu em um abraço que unia seus rostos, a respiração de um se confundia com a do outro. Seus lábios se tocaram selando a promessa feita no círculo sagrado dos Ancestrais.

Cerca de três ou quatro anos se passariam desde aquele momento até a chegada da filha do casal, e a posterior morte de Sarah, mas naquele momento o futuro estava tão distante quanto as estrelas que giravam na abóbada celeste.

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