Pouco passava da terceira hora quando, defronte à imponente Catedral do Reino, uma multidão buliçosa invadiu a praça numa densidade tal e de rara vez igualada. Os fiéis, vindos de diferentes terras de El-Rei, e de diferentes classes sociais, vinham participar neste grande evento.
A Pontifícia Guarda Romana Lusófona tinha colocado em torno da Catedral alguns batalhões, patrulhando serenamente à procura de menores fatos e gestos suspeitos.
O Cardeal, ainda na sacristia, preparava as suas vestes litúrgicas antes de se dirigir ao altar. O altar apresentava apenas um crucifixo de prata talhada e o Livro das Virtudes. O mármore do altar era belíssimo, e ao seu lado havia esculpido, do chão até alguns metros acima inúmeras imagens religiosas, entre Santos e Anjos, até ao cume de onde olhava Aristóteles.
Os acólitos iam dando os últimos preparativos junto do altar e onde os fiéis ainda davam espaço, indo por fim tocar os sinos que anunciavam o início do ofício.
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