Um coche belamente adornado para à porta da Viana. Entretanto, vê uma douda a correr ao redor da casa, a balançar toda a sua fartura. À janela, sai a noiva, zangada com a amiga. Mesmo brava, era como uma pintura encerrada numa moldura. Estava impecável, pronta para se casar. Acaso se precipitasse uma gota que fosse de orvalho da árvore e atingisse seu rosto, a harmonia toda se desfazia. Não havia um milímetro a mais ou a menos de maquilagem se comparassem um lado a outro da face.
- Otto? Mas ele queria-te! E Eduardo quase o matou quando soube! Vais arranjar encrenca com teu marido! Ou Otto talvez termine morto!Sancha não deu ouvidos. Correu buscar o pajem mulherengo e de péssima índole, mas que ao menos possuía um excelente meio de transporte. Enquanto isso, Celly correu até o espelho para tentar reparar os borrões que ela mesma se infligiu.
Emengardo chegou logo depois. Era o pajem oficial de Celestis. Indagou-a acerca de necessitar d'alguma ajuda.
- Teu amigo inconsequente vai levar-me, podes crer nisso? Não sei se há mais algo a fazer...Enquanto Emengardo tentava consolar sua patroa, eis que surge Otto e, logo atrás, Sancha sobre o cavalo da amiga. O coche já estava todo adornado, arrumação para um casamento que ocorrera horas antes. E estranhamente o rapazinho nada queria de pagamento pelo serviço, tampouco, pela arrumação, que pelo visto já estava paga. Flores por todos os lados e uma placa provisória de "recém-casados" na traseira chamavam a atenção de qualquer um que visse aquilo nas ruas. Ao lado de dentro, água e refeições leves para a noiva, além de lenços extras e confortáveis almofadas.
- Eu mal posso acreditar! Espero que agora tudo comece a dar certo! Fica então como presente de casamento, Otto? Perfeito, agradeço muito!Otto abre a porta e auxilia Celly a adentrar. Sancha entra também, porém, sem auxílio. Percebendo que tudo corria bem, Emengardo foi tratar de avisar à gente atrasada que partisse de imediato rumo à igreja, pois a noiva já se encontrava a caminho.[/b]
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