Era entre a Hora Nona e as Vésperas Monásticas, um típico Calor fazia-se e em contrapartida soprava-se leves Brisas que refrescavam os Ares.
Havia, de fato, uma Movimentação peculiar na Catedral do Reino ... Haviam também rumores de que Clérigos oriundos da Itália ali estavam. Na Verdade, a Movimentação estranha era também de Clérigos jamais vistos em Terras Lusitanas; eram Rumores verídicos.
Os Clérigos portavam vestes Monacais, jamais vistas em Nossas Mui Amadas Terras, não se contavam menos de trinta homens e quinze Mulheres. Os Monges admiravam as Belezas da Construção daquele Templo Sagrado, faziam-se inertes as vezes, sem dizer uma só palavra, apenas contemplavam. Estavam em diversos Grupos de poucos Membros, espalhados pela Praça, juntando-se aos Demais que ali se movimentavam.
Gasppare aproximava-se por meio de uma Carruagem. Estava imensamente Alegre, a ponto de ser contagiante da mesma forma que envolvente.
A Carruagem, portava em suas portas de ambos os lados o Brasão da Diocese da Guarda, pelo fato de ter sido Concedido após seu Retorno à Portugal o Título de Vigário-Geral, pelo Primaz.
Os Detalhes das Portas e Janelas daquela Carruagem de cor escura como a Noite eram Dourados, as rodas eram de cor Prateada; dois Cavalos da raça Árabe e de coloração Branca puxavam aquele ambiente em que o Vigário se encontrava. A Carruagem não era Grande, cabiam ao máximo quatro pessoas. Seus Acentos eram Acolchoados, bem macios por sinal, e traziam uma coloração Púrpura.
Gaspar estava um tanto quanto diferente do habitual, não portava uma Grande Barba, havia aparado... Não completamente.
Seu Cabelo, de cor clara puxado ao Ruivo mas com detalhes com tonalidades loiras não ostentava mais aqueles cortes que o tal fazia, muito menos havia volume ou caía-lhe aos ombros como outrora, trazia o Corte Monacal.
Sobre a Cabeça, vinha o Solidéu.
Suas Bochechas estavam rosadas.
Seus olhos penetrantes, cheios de alegria estavam a observar tudo, nada passava por despercebido.
Portava uma Veste Negra, e sobre o Hábito havia um Escapulário também negro com Capuz. Sobre o Escapulário, recaía-lhe ao peito uma Cruz que ganhara em sua Viagem à França.
Em sua Mão direita, havia um Anel dourado com o Símbolo Papal, simbolizando sua Autoridade Clerical, obediência e suas Conquistas. Em sua Mão esquerda, estava outro Anel douro mas com o Símbolo dos Viana.
A Carruagem parou a frente dos Frontões já abertos da Catedral, os Clérigos Italianos ao avistarem a Carruagem, foram entrando aos poucos à Catedral, e, dirigindo-se próximos dum altar de Veneração e não distante do Coro, esperavam a Vinda do Vigário.
Gaspar, sem demora foi ao encontro dos Tais, cumprimentou-os e acolheu-os fraternalmente um a um e pôs-se a sentar-se.
Estava no aguardo de seu Irmão Yoch, ao seu lado esquerdo estavam as Monjas e ao Direito os Monges. Acompanhavam ao lado, dois clérigos com Finalidades Diplomáticas. Aguardava também os últimos preparativos para o Matrimónio que já haviam sido providenciados.
A Catedral estava Belíssima, naltura de receber o Príncipe Real para um dos Dias mais importantes da Vida dum homem.
Gaspar, divertia-se com os Clérigos em assuntos da Igreja, de modo que dispersara seu nervosismo
não maior que de Ava pensava.
O Coral pela voz de seu solista, iniciou uma Sequência, Pascal e belíssima por sinal.
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O Solo-
Admirando, pois, a Beleza do Coral, prosseguiu-se um instante de tempo sem que ninguém se desse conta, foram Várias as estrofes que se eram entoadas.
Eis que então, no dia de Domingo, Yochanan e Ava, após um longo período de noivado, vão unir os seus destinos, entregando-se um ao outro com a bênção divina.