Logo após seu noivado com Beatrix, Fitzwilliam recebeu a inesperada visita de um estrangeiro. Um velho italiano que fora enviado a pedido do irmão de sua esposa, William. Um pedido que William teria feito ao prior de uma ordem secreta e em extinção, a qual ele (William) fazia parte. O Prior, por sua vez atendeu ao pedido de William e enviou um velho conhecido, O Fiorentino, de sobrenome Spada.
O velho italiano logo atendeu ao chamado do Prior e tornou-se mestre do jovem Fitzwilliam. Durante muitos anos o treinou. Fitz tornou-se um habilidoso espadachim, o que o ajudou como militar e guerreiro.
Já casado e com filhos o treinamento de Fitz continuou até que foi interrompido por uma grande guerra civil no Reino de Portugal. As suas habilidades como guerreiro iriam triplicar com aquela terrível guerra. Assim como também a sua habilidade para ensinar, pois treinara a seu filho primogênito, Rafael Fernando nos princípios da mesma filosofia que aprendera com o velho Fiorentino.
Com o fim da terrível guerra, Fitzwilliam é nomeado Condestável Real, pela Rainha Marih I. Apesar de seu tempo encurtado pelos serviços a coroa e ao Exército Real Português, onde fora nomeado como Comandante Regional de Coimbra e com liberdade para atuar no condado no Porto, Fitzwilliam continuou seu treinamento com o Mestre Fiorentino.
Durante o reinado da Rainha Marih I, a sublime, a paz voltou a reinar no Reino de Portugal. Fitz conheceu soldados valorosos, os quais trouxe para trabalhar para ele. Além de aprofundar os ensinamentos a seu filho primogênito e primeiro aluno.
A filosofia do mestre italiano, suas práticas e pensamentos foram fixados em sua mente e coração ao longo dos anos. Servindo como conselheiro condal antes da guerra. Durante a guerra e após ela. Servindo a coroa e ao Exército Real. Fitzwilliam não podia acreditar em todas as coisas terríveis que vira. E os ensinamentos de seu mestre deixavam ainda mais claro para ele a podridão que envolvia o Reino de Portugal.
O fim trágico da Rainha Marih I, a sublime, deixara Fitzwilliam perplexo. A culpa pela morte da Rainha pesava sobre seus ombros. Era ele o responsável pela segurança de sua majestade. Para ele o assassinato era uma verdadeira representação do que era o reino português. Com o fim daquele reinado Fitzwilliam fora naturalmente substituído no conselho Real e também deu uma pausa em sua carreira militar.
Porém, seus treinamentos não paravam e ao fim do reinado da Rainha Marih Fitzwilliam tornou-se Mestre. O Fiorentino via que o jovem Henriques se tornara um homem capaz de ensinar não apenas com palavras, não apenas repassando ideias, entretanto com suas próprias experiências. Apesar de não ter sido treinado desde criança Fitzwilliam era dedicado e mergulhava nos ensinamentos do velho italiano. Além disso a guerra e a carreira militar forjaram nele um grande guerreiro. O Senhor Henriques era a partir daquele momento um espadachim apto a treinar novos jovens que fossem, em sua visão, merecedores de tais ensinamentos.
Os negócios da família de Fitz cresciam cada dia mais. A Companhia Comercial Henriques já era conhecida e possuía negócios em todo o reino. Um dos ensinamentos que recebera do Fiorentino foi que ele deveria passar os seus ensinamentos a pessoas que ele julgasse terem características semelhantes as que ele havia aprendido dentro da filosofia, para que essas características fossem assim estimuladas e alimentadas.
Mesmo antes de se tornar mestre ele já ensinara a seu filho, quando Comandante Regional e Condestável Real buscava sentir essas características em seus subordinados, para assim detectar a quem seria possível ensinar.
Após tornar-se um mestre, dedicou-se a família e a Companhia Comercial Henriques. Em suas viagens ele pôde imaginar e planejar, como faria para cumprir sua missão de ensinar aquilo que aprendera. Ele sonhara em criar uma escola ou academia, um lugar onde pudesse reunir e ensinar àqueles que estivessem dentro do que requeria a sua filosofia. Em uma viagem de negócios ao norte de Portugal o senhor Henriques decidiu que seria naquele condado onde criaria sua escola. Ele buscou uma região onde pudesse construir e encontrou o lugar perfeito.
Ao norte de Portugal, no condado do Porto, na região de Palmeiras, próximo ao Rio Cávado ficava um lugar semi plano, conhecido como Vale do Rio Cávado. Ali, aproximadamente a duas horas do centro da povoação de Braga, iniciou-se, meses após o reinado da Rainha Marih I, a construção da escola que Fitzwilliam sonhara.
Fitzwilliam investira boa parte do que possuía na construção de sua academia. Para acelerar as obras ele recebeu ajuda de sua esposa e investimentos da Companhia Comercial Henriques, para quem a academia poderia futuramente prestar serviços. Seria uma forma de pagar e retribuir os investimentos.
Enquanto o local era construído Fitzwilliam continuava a ensinar seus filhos e aos soldados de quem ele tinha extrema confiança. Além desses ele tomara mais quatro aprendizes, também seus soldados, que conhecera após a guerra civil e que serviram a ele durante o reinado da falecida rainha.
Grandes oportunidades surgiram no norte de Portugal e a família Marques Henriques juntamente com a sede de seus negócios (Companhia Comercial Henriques) mudaram-se para a povoação de Braga, no condado do Porto. Assim Fitzwilliam pôde acompanhar de perto o fim da construção de sua academia, a qual daria o nome de Spada, em homenagem ao seu mestre, O Fiorentino Spada.