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[RP] Câmara Real - Aposentos do Rei Yochanan e da Rainha Ava

Leticia


Letícia foi entrando no castelo com seus auxiliares sem a menor cerimônia. Os guardas reais ainda cruzaram espadas para a passagem da loira que adentrava o recinto impetuosamente.


- Era só o que me faltava. Estou aqui para arrumar um quarto a altura da rainha consorte e querem me fazer perder tempo? Tenho mais o que fazer senhores. Acaso eu tenho cara de assassina de reis, de conspiradora? Façam-me o favor. Estou aqui em nome de Dama Ava, se afastem rapazes que meu tempo é precioso.


Ela sorriu faceira e foi empurrando os guardas, acariciou o peito de um, o rosto de outro, e foi entrando sorridente, enquanto eles ficarem meio atônitos com a presença da mulher e daquele grupo cheio de cortinas, tapetes, móveis e roupas de cama. Não sabia se olhavam para o decote de Letícia ou para aquela profusão de sedas, linho e brocados.

Letícia apenas sentou-se preguiçosa em uma cadeira enquanto os seus auxiliares faziam tudo de acordo com o que ela indicava.

- Ah! Eu sou do povo, eu quero é luxo. Vamos lá, trabalhem que quero isso lindo assim que a rainha chegar com o rei. Quero surpreender, encantar. A banheira ponham ali, atrás do biombo. Essa cortina está torta! Ajeitem aquele laço. Adorei aquele quadro. E claro não pode faltar uma pintura de Dama Ava para embelezar o quarto.

A decoração era em tons de dourado, preto e azul, por conta dos brasões do rei e da rainha consorte.

- Para a chegada dos dois quero pétalas de rosa no leito e uma garrafa de vinho especial. Uma coisinha para "animar" o rei.


Ela deu uma piscadela.


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Yochanan


Muitas coisas haviam ocorrido nos últimos dias, e pareceria que muitos anos haviam se passado ainda que não fossem mais que algumas poucas semanas desde que Yochanan e Ava haviam contraído suas núpcias.

Naquele dia havia chegado para encontrar seus aposentos habilmente decorados e preparados para uma velada especial digna da posição que agora ocupavam. Mas infelizmente a lua de mel durou pouco pois as obrigações da Coroa são muitas e a vida da Corte agitada.

Ainda assim, Yochanan buscava no pouco tempo que tinha, passar-lo o mais que pudesse junto de sua amada Ava.

Em alguns dias deveria partir para Lamego, a situação havia se tornado insustentável e medidas rígidas teriam que ser tomadas. Começavam tempos difíceis para o monarca Viana, a guerra pareceria ser um fardo que acompanhava aos Viana no trono do Reino. Em tempos de sua irmã Marih, ela trouxe a paz ao findar uma triste guerra civil. Agora em seu reinado, Yochanan se via forçado a começar uma para garantir uma paz futura, por mais débil que pudesse resultar.

Com Ava ao seu lado, ele sabia que quaisquer atribulações seriam vencidas e que a paz seria alcançada pelo povo português ainda que não fosse em seu reinado. Havia muito o que fazer pelo futuro de Portugal, pela sua visão de um Portugal mais unido e fortalecido. Ele esperava que em seu tempo conseguisse ao menos lançar os alicerces deste novo Portugal, o demais, o tempo e a história se encarregariam.

Naquele final de dia ele estava inclinado sobre alguns papeis dispersos em sua escrivaninha. Pela janela, a neve invernal caia branca sobre o negrume da noite. Em seu castiçal um toco de vela queimava alaranjada.

Yochanan levantou-se massageando os olhos cansados tanto pelo esforço como pela idade. Apagou o lume de um único sopro, e apenas as luzes que ainda brilhavam no exterior lançavam uma leve claridade pelas janelas, apenas o suficiente para que o rei encontrasse sua cama e sua esposa. Abraçando-a, ele adormeceu.

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Ava


A guerra de Lamego fizera com que Ava e Yochanan pudessem desfrutar do seu casamento como deveria ser feito pelos recém casados.
Ambos se encontravam cansados e após o regresso de Lamego, Yochanan trabalha mais horas ainda com os seus conselheiros e em casa também.

Não reclamara do pouco tempo que o seu Rei passava com ela. Leticia insistia na necessidade de retomar os seus treinos para que se pudesse defender em caso de ameaça.

Ava encontrara em Leticia também uma confidente, que lhe acalentava a alma e lhe sossegava o coração durante as longas ausências de Yochanan.

Assim que Yochanan se deitou e a abraçou, sentiu-se segura e certa de que tudo o que precisava para ser feliz se encontrava ali ao seu lado, abraçado a si.

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Yochanan


Os dias se passaram em uma falsa tranquilidade, como um profundo rio cuja superfície não reflete a força de sua correnteza.

Havia chegado o fatídico dia da despedida, que Yochanan desejava que fosse breve, mas o mundo tinha seu próprio jeito de fazer com que as coisas que se esperavam não fossem precisamente o que se consegue. O Viana sabia bem disso, e tinha a certeza que as batalhas que enfrentaria não seriam fáceis e provavelmente durariam muito além do inverno.

Naquela dia o monarca partiria para o fronte nas aforas da cidade de Lamego.

-Minha querida. Que grande tristeza a minha de ter que separarme de ti tão pronto. - Ele disse abraçando-a por trás e depositando um suave beijo em sua bochecha.

Alguns momentos depois ele partiria para Lamego, sem ao menos saber se voltaria.

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Ava


Alguns dias se haviam passado desde a partida do Rei. Ava se sentira demasiado sozinha, e pedira para chamarem Leticia, poderia ser que retomasse os seus treinos e sempre teria alguém para lhe fazer companhia durante os dias.

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Leticia


Letícia adentrou os aposentos reais, caminhando despreocupadamente.

Ela apenas sorriu discretamente para os guardas e cruzou o corredor que levava aos aposentos da rainha consorte. Eles já haviam se acostumado com a presença de Letícia, e sabiam dessa vez que ela teria livre acesso, por isso sequer a importunaram. Era melhor não criar problemas com aquela estranha mulher.

Assim que avistou Ava, ela se anunciou.

- Saudades?

Ela disse levantando a sobrancelha e sorriu.

- Quais as novidades? Andei meio ocupada ultimamente, mas vim assim que soube que precisava de mim.

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Ava


Ava sorriu assim que viu Leticia. Sentira a sua falta, desde que pararam os seus treinos.


- Novidades? Só que o Senhor meu marido foi para Lamego. E eu estou aqui a olhar pelas janelas para o nada e estou a ficar cansada. Pensei que poderiamos retomar os treinos, nunca se sabe quando serei precisa. E esta barriga...

- Diz olhando envergonhadamente, porque sabia que Leticia ia perceber que andava a comer mais do que deveria.


Olhou para Leticia e esperou pela sua resposta e pelo seu sermão.

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Leticia


- Ora, não é que está precisando MESMO de treino. Não é porque se tornou rainha que vai aí ficar toda molenga.

Ela sorriu e deu uma beliscada de leve na cintura de Ava.

- Ainda bem que cheguei a tempo para te tirar desse estado. Aqui mesmo no castelo, tem uma masmorra mais isolada. Só pedir para não deixarem nenhum paspalho entrar. Teremos privacidade para o treino. Apesar de que como você parece fora de forma, um pouco de movimento ao ar livre faria bem antes. Que tal?


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Ava


Fazia meses que Ava mal saira do Castelo. Yochanan temia que algo lhe acontecesse. Mas com Leticia por perto estaria segura.

- Acho que foi a melhor ideia que alguém teve nos últimos tempos neste Castelo. Já não aguento mais estar fechada aqui a costurar e a ler. Podemos ir já até lá fora.

Esperou a resposta de Leticia, sabia que ela não iria esperar que Yo desse o seu consentimento para a continuação do seu treino, e mesmo que ele não desse, Ava era teimosa o suficiente para o contrariar

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Leticia


- Vamos lá, rainha, antes que você mofe. Estou te achando pálida.

Ela comentou a medida que caminhavam pelos corredores.

Como Ava parecia realmente fora de forma, Letícia pensou em algo leve, como atirar punhais em um alvo de madeira. Ao menos aquele exercício tão fácil poderia animar Ava e nas próximas visitas poderiam fazer algo mais difícil.

- Daremos uma caminhada para tirar esse seu torpor, depois vamos aos alvos na ala de treinos. Quero ver como está a sua pontaria depois de tanto tempo.


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Ava


Ava tentava acompanhar o passo de Leticia, mas era algo dificil. Realmente estava mesmo em baixo de forma, e passava os dias a comer todas as iguarias que lhe preparavam.

Acreditava mesmo que se caisse conseguiria rebolar até ao exterior.

- Tenho treinado a minha pontaria nos meus aposentos e acredito que não falharei nenhum alvo.

A sua respiração estava ofegante e agarrou o braço a Letecia de forma a que esta abrandasse o passo.

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Leticia


Letícia continuou seguindo para o destino indicado, sem diminuir o passo, pois se ela queria por sua aprendiz em forma, não devia abrandar. Era bom que ela percebesse o quanto precisasse de treino. Em outros tempos ela até aceleraria, mas não desejava ser ainda mais dura.

- Veremos, veremos...Sigamos, sigamos. Lá você recupera o fôlego enquanto arrumo as facas.

Ao chegarem ao local onde os alvos se encontravam, ela dispôs várias facas de arremesso em uma mesa, para que Ava as utilizasse.

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Ava


Enquanto Leticia ajeitava as facas, Ava cai redonda no chão. Esqueceu as boas maneiras e a postura de rainha e caiu. Leticia cansara ela demais. De certeza que iria precisar de ajuda para se levantar do chão quando fosse para o treino começar.

Enquanto Leticia estava distraida, aproveitou e deitou-se um pouco, precisava recuperar as energias.

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Leticia


Letícia virou-se e deu com Ava deitada a descansar, não viu se ela caíra ou se simplesmente sentara e depois deitara ali.

- Pelo visto, é mais grave do que eu imaginava. Mas isso não está parecendo só falta de treino. Tem comido direito.

Letícia encarou Ava, abaixando-se perto dela. Inicialmente sorria, mas depois ficou preocupada.

- Perto do sol você parece ainda mais pálida. Já está me preocupando.

Várias ideias passaram pela cabeça de Letícia, que afinal tinha bastante experiência.

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Ava


Ao ouvir Leticia perguntar se havia andado a comer direito, Ava sorriu e respondeu sem pensar:

-Não tenho feito mais nada no Castelo além de comer, ler, fazer bolos e dormir. Mas tenho-me sentido muito cansada.


Ava estica a mão a Leticia e pergunta:

- Pode me ajudar a levantar? Quero mostrar lhe o quanto tenho treinado e como pode ver sozinha está dificil de sair do chão.

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