Beatrix_algrave
A hospedaria era um local simples mas aconchegante e muito bem organizado. Chamava atenção o piso sempre bem encerado, além das instalações serem agradáveis e de bom gosto. No térreo ficava o balcão de entrado onde os hospedes se registravam. Ali também haviam duas mesas grandes para as refeições e algumas mesas menores espalhadas pelo salão. O salão do refeitório possuía três janelas grandes envidraçadas e cobertas por cortinas de um tom azul escuro e profundo. Nos dois andares superiores, haviam quatro quartos coletivos e dois quartos privados.
A mobília dos quartos coletivos era bastante simples e se constituía de diversas camas com colchão e travesseiros de palha, além de alguns cabideiros e baús para os pertences dos hospedes. Em cada quarto haviam duas janelas que dependendo da época do ano poderiam ficar abertas ou fechadas em caso de frio ou calor. Com o frio do inverno que se aproximava as janelas permaneciam fechadas e cobertas por cortinas do mesmo tom das cortinas do salão do refeitório. Os quartos privados eram dotados de maior conforto e a mobília era de melhor qualidade. Além de camas amplas de casal e um baú, havia um armário, uma mesa e uma cadeira para refeições privadas, além de uma banheira. Para os demais hospedes havia uma casa de banho com banheiras e latrinas.
A cozinha da hospedaria atendia apenas aos fregueses e era bem equipada com um forno grande a lenha para assar, carnes, cozidos e pães. A despesa possuía uma pequena adega onde ficavam os barris de cerveja, vinho e hidromel.
Quem cuidava da hospedaria eram o senhor e a senhora Penha, que contavam com a ajuda de Pedro Miguel um garoto de dez adotado por eles, além da menina Maria Eduarda de sete anos que ajudava na cozinha lavando a louça e fazendo pequenos serviços.
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