Era uma noite fria e tranquila. O prefeito Fitzwilliam havia deixado para sua esposa a tarefa de coordenar a organização da abertura das festividades de Braga.
Os últimos meses foram de muitos trabalhos e Braga aos poucos ia se tornando mais pulsante, viva e agitada. As festividades foram pensadas para não apenas ajudar ainda mais a povoação, mas como tributo de gratidão a todos os envolvidos, além de poder reunir a todos para que juntos pudessem festejar as conquistas e bons resultados dos trabalhos realizados.
O sr. Henriques saindo em seu coche seguido por dois cavaleiros montados dirigiam-se para a praça onde os bracarenses e os convidados aguardavam a abertura das festividades.
Ao que se aproximavam do local diminuíam a velocidade. Quase parando seguiram para o centro da praça. Dois homens que estavam de prontidão o aguardavam fora do coche, Fitzwilliam desceu do transporte e caminhou pela praça cumprimentando a todos por quem passava. Os dois homens o seguiam a alguns passos. O coche seguiu para fora da praça juntamente com os cavaleiros.
Era um empolgante cenário, conversas, risos e brados de admiração por parte dos que assistiam as apresentações dos artistas. Uma fina neve caia com ventos tranquilos. Fitzwilliam passava uma mão na outra para aquecer-se enquanto caminhava. A praça estava bem ornamentada, com o capricho de sua doce esposa. As tochas e pequenas fogueiras reuniam em alguns grupos os presentes que buscavam por calor e uma boa conversa. Apesar da escuridão da noite a praça estava muito bem iluminada.
O prefeito passou por entre os presentes e foi até Beatrix e seu irmão. Deu um forte abraço no irmão e cumprimentou sua esposa com um doce beijo em seu rosto seguido de um abraço apertado.
- Olá irmão! Sempre bom te ver. Não parabenize a mim e sim a esta ruiva que a tudo faz com única perfeição.- Querida, estas como sempre linda. Irei agora mesmo cumprimentar as majestades e me certificar que nada lhes falte. Eu gostaria que o coral cantasse uma canção antes que eu falasse, para chamar atenção de todos.Era hora de dar início as festividades, mas não poderia sem antes cumprimentar suas majestades o Rei e a Rainha de Portugal que tão ilustremente agraciava a povoação com a sua presença.
Fitzwilliam pediu licença a sua esposa e irmão e se dirigiu até a tribuna de honra onde estavam os reis de Portugal.
Aproximando-se, suavemente ele fez uma vênia cumprimentando ao Rei Yochanan e a Rainha Ava.
- Meu Senhor... Minha Senhora...
É uma honra tê-los pessoalmente aqui conosco. Fico grato com a vossa presença. Espero que aproveitem a noite com o melhor de Braga.Ele os cumprimentou e assim como se aproximou saiu: com uma suave vênia.
Ele dirigiu-se as pessoas que estavam atarefadas de servir aos reis:
- Certifiquem-se que não falte nada para as majestades. E fiquem atentos para atende-los prontamente, seja qual for o pedido.Fitzwilliam então se dirigiu novamente a passos tranquilos ao centro da praça, aguardaria ali o combinado com sua esposa. Caminhava aproveitando cada segundo daquele clima de descontração e alegria que envolvia e aquecia a todos.