Money_of_poors
Luís vinha cheio de pressa. Acabara de publicar o anuncio nos dois sítios que era devido e voltava para acabar a conversa com o Cardeal. Estava verdadeiramente feliz pelo que tinha acontecido naquela última hora, e ansioso por continuar a conversa.
Entrando de novo no gabinete, fica imediatamente prostado, sem mover um único músculo. Estava ainda com a maçaneta da porta na mão e o braço estendido para trás.
A imagem que lhe tinha surgido tão repentinamente aterrorizara-o de tal modo que, embora uma série continua de pensamentos estivesse na sua cabeça, não fazia ideia do que fazer.
Apenas passados alguns segundos, num ritmo muito acelerado, Luís se dirige desajeitadamente ao Cardeal. A distancia até ao seu destino era pequena, mas fez-la à maior velocidade que podia. Sem pensar em mais nada, tenta ver se o Cardeal-Bispo tinha pulso. Nada.
Afastando a cabeça para olhar melhor para a situação que tinha encontrado repara no sangue que escorria do nariz do seu amigo. As mãos aparentavam também estar sujas da mesma substância, certamente por ter Sylarnash mexido com elas no nariz.
Luís verifica novamente o pulso do corpo totalmente imóvel que estava à sua frente. Nada.
Olhando para Sylarnash nota que, embora a sua posição não pareça a mais normal possível, a sua face, à excepção do sangue que se via, parecia completamente calma. Era como se o seu velho e querido amigo estive-se completamente em paz.
Luís passa as mãos pelos olhos do Cardeal para os fechar, beija-lhe a testa e diz, numa voz quase inaudível:
-Requiescat in pace!
Estava ainda em choque, sabia que tinha de chamar um médico, mas dentro de si tinha aquela certeza absoluta que aquele era o fim da vida do Primaz de Portugal. E que vida...
Saiu rapidamente para chamar um médico que pudesse confirmar o que ele já sabia, apenas para voltar logo de seguida. Ao reentrar na sala, repara num papel por cima da secretária que, pelo seguimento dos eventos, não tinha reparado. O selo do Cardeal ainda estava colado àquela folha; cuidadosamente, Luís retira o selo cardinalício e pousa-o na mesa.
Em total silêncio, lê aquele pequeno documento uma, duas e três vezes.
Era bom saber que o seu amigo tinha morrido em paz consigo mesmo. Luís saía novamente do gabinete, para ver quando chegaria o médico que já tinha chamado. No canto do seu olho esquerdo corria uma lágrima, que tanto tentava evitar.
Entrando de novo no gabinete, fica imediatamente prostado, sem mover um único músculo. Estava ainda com a maçaneta da porta na mão e o braço estendido para trás.
A imagem que lhe tinha surgido tão repentinamente aterrorizara-o de tal modo que, embora uma série continua de pensamentos estivesse na sua cabeça, não fazia ideia do que fazer.
Apenas passados alguns segundos, num ritmo muito acelerado, Luís se dirige desajeitadamente ao Cardeal. A distancia até ao seu destino era pequena, mas fez-la à maior velocidade que podia. Sem pensar em mais nada, tenta ver se o Cardeal-Bispo tinha pulso. Nada.
Afastando a cabeça para olhar melhor para a situação que tinha encontrado repara no sangue que escorria do nariz do seu amigo. As mãos aparentavam também estar sujas da mesma substância, certamente por ter Sylarnash mexido com elas no nariz.
Luís verifica novamente o pulso do corpo totalmente imóvel que estava à sua frente. Nada.
Olhando para Sylarnash nota que, embora a sua posição não pareça a mais normal possível, a sua face, à excepção do sangue que se via, parecia completamente calma. Era como se o seu velho e querido amigo estive-se completamente em paz.
Luís passa as mãos pelos olhos do Cardeal para os fechar, beija-lhe a testa e diz, numa voz quase inaudível:
-Requiescat in pace!
Estava ainda em choque, sabia que tinha de chamar um médico, mas dentro de si tinha aquela certeza absoluta que aquele era o fim da vida do Primaz de Portugal. E que vida...
Saiu rapidamente para chamar um médico que pudesse confirmar o que ele já sabia, apenas para voltar logo de seguida. Ao reentrar na sala, repara num papel por cima da secretária que, pelo seguimento dos eventos, não tinha reparado. O selo do Cardeal ainda estava colado àquela folha; cuidadosamente, Luís retira o selo cardinalício e pousa-o na mesa.
Em total silêncio, lê aquele pequeno documento uma, duas e três vezes.
Era bom saber que o seu amigo tinha morrido em paz consigo mesmo. Luís saía novamente do gabinete, para ver quando chegaria o médico que já tinha chamado. No canto do seu olho esquerdo corria uma lágrima, que tanto tentava evitar.