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RP: Noite de Luz

--Aia_hanna


A noite estava amena, a proximidade do Verão já se fazia sentir... A hora já ia prolongada, a lua cheia era a única a iluminar o escuro céu nocturno. No exterior da mansão do lago só os animais nocturnos do bosque permitiam que o puro silêncio não reinasse.
Porém, na mansão, o ambiente era contraditório ao que reinava no exterior...
O cheiro a cera das velas fazia-se ainda sentir forte uma vez que ainda ardiam e nada prometia que tão cedo fossem apagadas...

A baronesa andava ainda a pé... de um lado para o outro...
Não conseguindo dormir caminhava enquanto esfregava a barriga, sentava se a cada meia dúzia de passos pois a barriga já teimava em pesar um bom pedaço!

Apercebendo-se da inquietude da Baronesa, a fiel aia, preocupada bate à enorme e pesada porta do quarto...
Sem obter qualquer resposta, empurra a porta de carvalho, espreita e depara-se com a figura da sua senhora inquieta e indisposta e agarrada à barriga.

- Mi sinhôra? - sussurra

- Mi sinhôra?!

Sobressaltada, olha para a porta e lá responde...

- Si .. Sim?!

- Prixiza di auguma coiza sinhôra?!

- Não Hanna. Obrigada. Ide-vos deitar que já se faz mui tarde...

Hanna deixa o quarto da sua senhora um quanto desconfiada... Após um parar pensativa de costas para a porto do quarto, esboça um sorriso corre à cozinha, prepara umas quantas coisas antes de recolher ao seu pequeno e modesto quarto.
Nebulla


Logo após de a aia ter fechado a porta do quarto, Nebulla senta-se na beira da cama com a mão no fundo da barriga já há uns dias descida...

Sem se conseguir voltar a levantar e continuando irrequieta e sem sono fica a olhar fixamente a escura noite pela enorme janela do quarto.

As velas continuavam a arder no quarto da baronesa quando o silêncio da noite foi interrompido por um alto gemido de dor que leva a baronesa a escolher-se e a agarrar com mais força o fundo da barriga, deixando a com a respiração um pouco ofegante...

_________________
Anadu


Anadu dorme em sua confortável cama, tentando recompor das dores que o fim da gravidez começa a apresentar, quando ouve um gemido alto vindo do quarto da mãe...

-AAAAhhhhhh- geme com muita dor, Dama Nebulla no quarto ao lado do da menina.

Anadu acorda assustada, senta-se na cama e diz assustada para si:

-Mamãe!

Anadu levanta-se com dificuldades, sentindo o bebê mexer muito e vai ao quarto da mãe saber o que se passa, afinal a mãe dorme só enquanto o pai está de viagem ao Porto.

Anadu bate à porta do quarto da mãe e pede permissão para entrar...
Nebulla


Ofegante e com algum custo e sem largar o fundo da barriga, dá permissão à filha para entrar no quarto.

- Com sua permissão minha mãe!
Ouvi-vos gemer... Senti-vos bem?!


Anadu aproxima-se devagar da cama da mae, que continua com a respiração pesada e com dores, talvez com edo do que encontraria. Repara que o local onde Nebulla estava sentada estava molhado.

Olha assustada para a mãe.

- Mãe! Estais bem?!
MÃE! Podieis ter ido à casa de banho..
.

Nabulla sem saber se se ria se se queixava com dores, pede à filha que vá chamar Hanna.
Anadu


Anadu depois que a mãe pede para que chame a aia, chega à porta do quarto e grita:

-Hannaaaaaaaaa!!!!!

A baronesa sentindo muita dor, reclama com Anadu:

-filhota, não me irrite!Vá chamar a Hanna sem gritar!-Diz a Dama Nebulla sem reparar que gritava também e gemendo muito de dor.

-de de desculpa, mamãe!É que minha barriga está pesada, fiquei com preguiça de ir até o quarto da Hanna!- Responde Anadu com medo da reação da mãe.

-Vá logo,filhota!-Diz Nebulla.

Anadu sai do quarto e vai andando pelo longo corredor com dificuldade devido ao peso de sua barriga, segurando-a cada vez que o bebê chuta forte, enquanto grita:

-Hanna!Hannaaaa!!A mamãe não conseguiu ir até a casa de banho!Precisa de ajuda!Hannaaaaaaaaaa!!

Depois de descer as escadarias, passar pela sala de estar, pela sala de jantar, pela cozinha, Anadu chega ao quarto de Hanna, bate na porta e diz:

-Hannaaa!Acorde!Mamãe parece precisar de ajuda!

-Xim, Sinhôra!Tô indo, menina Anadu!- diz a aia, lenvantando-se prontamente para atender à sua senhora.
--Aia_hanna


Levantando rápidamente embora meia ensonada e olha a menina.

- Qui si passa com mi sinhôra?! - pergunta a aia ainda sem raciocinar correctamente...

- Não sei Hanna! Ela ta com dores, acordei com um gemido dela, cheguei ao quarto e ela estava sentada na cama toda molhada... acho que nºaoo se conseguiu levantar para ir ao querto de banho! - responde anadu sem perceber ainda muito bem o que se passava...

Hanna depressa disperta, arregala os olhos e acelera o passo e vai a falar sozinha em direcção à cozinha...
- Oh mi Jah! Mi Jah! Mi Jah! Ê sábia... Mi sinhôra tava mui irriquieta... Ê sabia... Oh mi Jah!

Anadu tenta acompanhar o rapido passo da aia que pára na cozinha e que depressa acende o lume poe lhe enorme pote de ferro em cima trata de o encher de água enquanto vai pregando sozinha...

- Hanna! Despacha-te! Deixa isso! A mãe não quer chá... ela precisa de ajuda!

- Si minina! Si minima! Xuba, vrá pó pé di sua mãe! Ê já lá vô teri...
Minina? Fax só u fabor prá ê, leva essis leçois qui tão aí na mesa, eleva pró carto da baronesa! ê ja vô cua auga
Anadu


Anadu fica enfezada vendo Hanna preparar chá para a mãe e volta ao quarto resmungando consigo:

-Que maluca essa aia!EStá velha mesmo!Eu com esta barriga pesada, tendo que carregar esses lençois todos e ela lá fazendo chá enquanto mamãe está toda urinada sobre a cama!

E continua Anadu reclamando e tentando andar o mais rápido que pode para chegar ao quarto da mãe e entregar os lençois...

Atravessando a casa toda, chega ao quarto, vê a mãe gemendo sobre a cama e diz:

-mamãe!Está na hora de trocar de aia!A Hanna está louca!Foi fazer chá para a senhora, enquanto passa mal aqui!- Reclama Anadu com a mãe, que não para de gemer de dor.

Anadu senta-se cansada na cama, ao lado da mãe e fica sem saber como ampará-la...
Nebulla


Nebulla olha para a filha sentada ao seu lado e nao consegue conter o riso apesar da dor!

- A-nadu?! F-filhota?! ... Não é chá ... que ela ... AHH .. está a fazer...


- Não me diga que ela vai cozinhar a esta hora!


Nebulla com a dor espelhada no rosto, mantem o sorriso!

- Não! Não filhota, ... ela ... está a ferver água...


- Sim, mas para quê?! A mãe está aqui aflita e ela continua de volta das panelas lá naquela cozinha suja... Devia ter vindo a correr!


- Ela vem já! De certeza...


- Mas que tem a mãe?! Porque está assim?! Esse meu irmão tá a fazer lhe mal?! É saudade do pai?!
--Aia_hanna


Hanna entra com um enorme recipiente fumegante...

- Ô atão muss tê uma looonga nôite mi sinhora!
Má qui à sinhora tá inda a fazê sintada?!


Hanna, que nem patroa da casa, começa a disparar ordens, afasta Anadu da cama da mãe, ajuda a baronesa a deitar-se e começa a pedir ajuda a Anadu...

- Minina! parece qui sê irmão nã queri mais à bárriga di su maezinha...mus tirar ele cá prá fora atão...
Anadu


-Santo Jah!Santo Jah!Por que essa criança inventou de nascer logo agora?- reclama Anadu super nervosa com o que a aia acaba de relatar.

Anadu fica enfezada, reclamando, olhando para a aia dando ordens e começa a andar pelo quanto de um lado para o outro, segurando a barriga e pergunta para a Hanna:

-Aia, por que não empurramos esse bebê desnaturado de volta se ele inventar de nascer?Temos que esperar o papai voltar do Porto, trazer a parteira!-Diz a menina tremendo de medo, muito nervosa com a situação.

-Uuuuiiii!Como chuta o meu filhote!- Anadu reclama segurando sua barriga.

Anadu fica olhando para a aia que coloca a Dama Nebulla deitada, limpa-lhe o suor e aguarda uma resposta da criada...
--Aia_hanna


A aia, sem desviar a atenção do que estava a fazer, responde a Anadu.

- A minina acaumi-si pru favô!

Anadu continua a caminhar de um lado para o outro no quarto, agora, também ela, a segurar a barriga.

Nebulla, com contrações cada vez mais próximas, olha de vez enquando para a porta do quarto como à espera da entrada de mais alguém...

- U sê paizinhu já divia tê xigado... ê vredadi!
Mas si num xigô... Nádá fazeri...


- Aff! Segure-o mãe! Não o deixe nascer já! O pai continua no Porto... Ele precisa estar aqui, para a ajudar, para ir buscar a parteira - returque a filha da boronesa, nervosa, enciumada pelo nascimento do irmão e fula por a aia ter tomado o comando da situação...

- À minina acaumassi pru favô? Inda tem sê bebé hoji também! Cauma minima! Cauma!

Anadu, pára e fica petrificada a olhar para a aia, entra em pânico...

- E pra qui qué à prateira?! Num princisa! Ah Hanna tá áqui pra cuidá di su sinhôra... Hanna num sisqueceu di cumo si faz! Quem acha qui pos à minina cá fora tambèm?!
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