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Maria_Ludie


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Posted: 17 Feb 2010 16:02    Post subject: Reply with quote

Ao levar sua Senhora Dama Ludie para retirar se na igreja, Caio e a Dama veem Milfaces.

Ludie e o lacaio olham-o e a dama diz:

Este sim vale a pena!!!

Caio então pensativo, decide escrever uma carta ao senhor das Faces e o envia via pombo




Senhor Milfaces,

É sabida a sua desventura e sei tb como é sentir toda essa dor. Um dia
amei assim como o senhor.
Minha senhora, que está em retiro dentro de si, anda abatida e a buscar em JAH forças para continuar, ela está a passar por muitas lutas, traz consigo um coração que de tão partido não se consegue juntar os cacos.

Eu venho observando o comportamento das pessoas que amam, e ví que todas sofrem em algum determinado momento. Seja por um amor não correspondido, ou pela perca de um amor, perca essa para a morte ou para outro amor.
Mas contudo, tenho a cada dia mais esperanças neste sentimento, sei que ele pode matar, mas na maioria das vezes ele cura também.

A certeza que devemos ter nisso tudo é de que o tempo cura todas as feridas, e darei a ti o mesmo conselho que dei a minha senhora:

Somente um novo amor para curar outro amor.

Basta os amantes saberem olhar a frente, ao lado e ver que há um começo ao final de cada etapa.

Um coração partido, ainda pode voltar a sentir vida, sendo ele restaurado. Somente quem tem (neste momento) um coração em frangalhos, saberá estar com quem também assim o está. Aprenderão juntos a transpor este obstáculo em que se encontram suas almas.
Mas cabe somente aos que estão sofrendo, quererem ou não dar o próximo passo.

Essa minha carta é somente para lhe perguntar uma coisa:

Conseguiria o senhor curar um coração partido?

Se o conseguisse, ganharia também a cura para o seu.
Saiba que a cura passaria primeiramente pelo senhor...

Cumprimentos,

Caio, somente um lacaio atrevido e que muitas vezes fala pelo nome de sua senhora.

PS: Embora tenha sido comprado em um mercado de escravos, minha senhora nunca me tratou como um. Tenho a minha carta de liberdade nas mãos e recebo pelos meus serviços prestados. Portanto sou livre, mas me sinto preso a ela, preso pela minha enorme gratidão por tudo que me foi feito de bom. Preciso muito fazer algo de bom a ela e vejo no senhor o bem que era tudo o que faltava.

Desculpe a minha ousadia...

Caio

 

Posted: 13 Mar 2010 15:58    Post subject: Reply with quote



Dama Ludie encontra-se com o querido Matheus e aproveita para contar-lhe um conto afim de saber se há como utilizá-lo na RAL.

Os dois param debaixo de uma árvores e Ludie descontraída e sem cerimônias, assenta-se e começa a contar:


Em uma cidade muito longe daqui, lá pelos lados do norte, vivia um homem que era tecelão, ele fabricava roupas e calçados, mas a sua especialidade não eram somente as vestimentas, mas também BOLSAS ENCANTADAS. Laughing Laughing Laughing

Essas bolsas tinham o poder de guardar tudo àquilo que nunca ninguém conseguia esconder.
Um dia, uma moça muito conhecida naquela cidade procurou o tecelão a fim de contratar os seus serviços. Entristecida a jovem pediu-lhe que fizesse uma bolsa encantada, e pelo preço de ouro, ela pagou pelos serviços prestados.
Aquele tecelão em todos os anos de labuta, nunca ousou perguntar qual seria a finalidade de cada bolsa que ele fez, mas para esse ele ficou curioso e resolveu perguntar.


Ludie olha Matheus aos olhos e diz:
Tenho a sensação de que conheces este conto. Embarassed Embarassed
Matheus sorri e diz:
Continue querida, conheço mas quero ouvir.

Ludie recupera a memória de onde parou e continua:

A moça muito acanhada disse-lhe que era para guardar o seu SOL.
O tecelão sem entender e nem questionar, durante dois dias sem parar, teceu a bolsa e a entregou a jovem.
Daquele dia em diante, não houve mais luz na vida da moça, haviam apenas sombras, e por vezes as pessoas ao seu redor podiam ouvir trovoadas e tempestades. Todos a olhavam pela rua e sem entender começaram a se afastar dela. E assim, ela foi vivendo dia após dia, debaixo de um grande temporal.
Numa manhã não muito diferente das outras, chovendo sobre a sua cabeça, ela resolveu dar um passeio pela praça. Chegando lá, viu ao longe um homem sentado a escrever, com uma grande nuvem a trovejar sobre a sua cabeça.. ........


Ludie pára e percebe que esqueceu o resto do conto, Rolling Eyes Rolling Eyes sorrindo matreira diz ao seu querido amigo Matheus:

Tu sabes o resto, tenho certeza que sabes. Ajuda me a lembrar?

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1000faces



Joined: 14 Aug 2009
Posts: 543
Location: Portugal

PostPosted: 20 Mar 2010 14:46    Post subject: Reply with quote



Dom Matheus sorriu, pensando conhecer a história. No entanto respondeu à Dama Ludie.

- Longe de mim interromper quem canta tão eloquentemente tais palavras. Minha amiga, por Jah, continue a narração da lenda.

A Dama Ludie fez-se rogada, tomando uma enorme pausa antes de se decidir a contar o resto. Foi então que a Dama Matilde, mulher do caseiro Dom António, e mãe do pequeno Joze, que escutava em siêncio, enquanto esperava ansiosamente o regresso do seu marido e filho, que haviam partido há algum tempo, atalhou com o seu modo directo.

- Os senhores deixem-se de salamaleques, que isso é bom é para os infiéis sarracenos. Um ou outro contem lá essa história que me parece ser bonita, e eu bem ando precisada de coisas assim, que trago o coração nas mãos agora que os meus homens andam por fora, Jah os mantenha a salvo!

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Andreya



Joined: 13 Feb 2010
Posts: 33

PostPosted: 30 Mar 2010 20:13    Post subject: Reply with quote



Andreya ainda perdida em ver a cidade grande, pois nascera na roça.

Aiii que reiva, conta um ou conta o outro cadiquê eu to necessitada de saber o fim.

Voismice conta sinhô Milfaces, o sinhô deve de ser bom das lendas, essa o sinhô de de sabê o fim. E não pricisa voismice curá a cara e simbora logo home a tremina a históra.


Termina Nossosinhorjesuscristo!!!
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1000faces



Joined: 14 Aug 2009
Posts: 543
Location: Portugal

PostPosted: 04 Apr 2010 01:05    Post subject: Reply with quote



Matheus viu que uma pequena multidão se havia formado para ouvir o resto da história. A Dama Ludie sorria matreira, como se tivesse acabado de o encurralar. Dona Matilde, agora abraçada ao seu filho Joze acabado de chegar de Alcobaça, quase saltava de entusiasmo. Havia mais algumas pessoas, como a Dama Andreya, que Matheus não se lembrava de ter visto antes.

- Pois bem, eu continuo, - disse ele para deleite dos presentes. E após uma curta pausa, começou:

"A moça chegou à praça da cidade, triste e cabisbaixa como sempre. Em tempos desejara encerrar o sol na sua bolsa encantada, para ficar longe das atenções, para que não se sentisse queimar por quem lhe queria mal. Mas agora, sentia que vivia numa eterna escuridão onde nada nem ninguém lhe dava calor, a confortava, ou lhe transmitia uma pontinha de alegria.

"Era como se o seu mundo fosse àparte do mundo dos outros. Eles riam, festejavam, viviam. Mas ela, mesmo que estivesse com eles, sofria, chorava, definhava. A todos perguntava "quem me ajuda a tirar o sol da minha bolsa?" Mas ninguém a entendia.

"Tinha-se resignado à sua condição. Achou-se condenada para sempre. O encantamento da bolsa era final. O seu sol perdera-se lá dentro. Deixou de questionar a sua sina, e vagueou apenas, sem destino.

"Então um dia, encontrou o tal homem, sentado a escrever na praça. Havia nele algo de diferente. Ela aproximou-se e percebeu que também ele parecia toldado pelas mesmas nuvens, vivendo na mesma escuridão que a atormentava. Isso deixou-a curiosa, quis saber que má fortuna era a dele, e o que tornara a sua alma tão sombria.

"Ao lado dele sentava-se um garoto. Uma pequena criança sobre o qual pairava uma luz lindíssima, a luz da inocência. A moça sentou-se pertinho, e admirou essa luzinha. O homem falava ao garoto de esperanças perdidas, de amores não vividos, de corações quebrados. E a pequenina luz da criança iluminou por momentos o rosto do homem sombrio. Vendo isto a moça teve uma ideia. E se a escuridão vem de dentro de nós? E se é a nossa inocência que a vence?

"Acreditou nisso e tentou abrir a sua bolsa com todas as suas forças. Mas não conseguiu. O seu sol ainda se recusava a sair. Uma lágrima rolou-lhe pelo rosto, chamando a atenção do homem a seu lado, que parou de escrever, parou de falar com a criança e a olhou surpreso.

"Sem palavras os dois sorriram um para o outro. Não sabiam porquê, não tinham razões para isso, e já nem sequer se lembravam como um sorriso era. E no entanto ali estava, no rosto de cada um deles, um sorriso sem fim, que teimava em manter-se como se as suas caras se tivessem petrificado naquele esgar de perfeita inocência.

"Perceberam então que as palavras às vezes não servem de nada. Perceberam que duas almas atormentadas pela mesma nuvem estão mais próximas do que imaginam. Perceberam que até no mais fundo peito, quando dois corações se tocam, nasce a luz.

"Sem reparar deram-se as mãos. E nesse toque mágico sentiram-se dizer um ao outro "é ajudando-te que me ajudo a mim". Essas mãos guiadas por algo inexplicável pousaram na bolsa encantada da moça.

"Quebrando o encantamento, a bolsa abriu-se pela primeira vez desde que fora fabricada, e lá de dentro, saiu a mais linda de todas as luzes. A luz da inspiração que ambos precisavam. A luz da inocência que ambos julgavam perdida. A luz a esperança que ambos haviam esquecido.

"Mão na mão, os dois enamorados olharam o sol como se fosse a primeira vez que nascia. O mundo acabara de ser refeito. O tempo acabara de nascer. O antes já não existia. Existia só o futuro que os dois iriam percorrer, de mãos dadas, e sempre com o seu sol por perto, iluminando-lhes os sorrisos."

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--Voz_de_anjo
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PostPosted: 05 Apr 2010 12:33    Post subject: Reply with quote



Após ouvir toda a história contada pelos enamorados, um anjo que os seguia sentou-se perto deles e começou a entoar uma canção de amar.


Dedilhando a harpa, o ser alado soltou a sua voz suave e acolhedora a fim de se fazer ouvir o recado que estava a deixar para os presentes:

Bem lá no céu uma lua (Dama Ludie) existia
Vivendo Só no seu mundo triste
O Seu olhar sobre a terra lançou
E veio procurando por amor

Então o mar (Dom Milfaces) frio e sem carinho
Também cansou de ficar sozinho
Sentiu na pele aquele brilho tocar
E pela lua foi se apaixonar

Luz que banha a noite
E faz o sol adormecer
Mostra como eu amo você

O anjo canta olhando para Milfaces e Ludie:

Se a lenda desse amor
Há muitos fará sorrir, a OUTROS fará chorar,
O coração é quem sabe
Se o amor tocou o mar
Ele pode vos tocar
Para dizer que a esperança não se acabe

O anjo canta olhando a multidão:

Se cada um faz a sua história
A vossa pode ser feliz também
Se um coração diz que sim à paixão
Como pode o outro dizer não?

E assim, o anjo voa em direção à Caio, o lacaio da Dama Ludie, acena com a cabeça
e diz:


Bom trabalho fizeste com a carta que enviaste ao Senhor Milfaces, com a tua ajuda, consegui fazer com que os dois se encontrassem e se amassem.
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Maria.ludie



Joined: 27 Dec 2008
Posts: 404
Location: Na estrada!!!! Pela AAP...

PostPosted: 07 Apr 2010 20:46    Post subject: Reply with quote



Ao ver o anjo voar, Ludie olha para Milfaces e diz:

Em minha vida sempre sonhei em encontrar-me com alguém que me amasse e quisesse estar comigo na mesma intensidade que eu gostaria de estar com ele. Por um momento eu encontrei alguém, mas ao passar dos dias o sentimento se revelou em algo que fazia-me mais mal do que bem. Depois de um longo período debaixo de uma constante tempestade, no escuro, momento em que eu enfiei o meu SOL dentro da bolsa, REENCONTREI-ME contigo e tu ajudaste-me a retirar o sol e metê-lo novamente ao céu. Laughing Laughing
Da minha vida conhecesses todos os caminhos, sabes os atalhos que tomei, onde fui parar, o que eu fiz nesses lugares.... Sabes as minhas máscaras, cada uma delas, eu sendo boa, ou sendo má, sendo sapeca ou sendo recatada, sendo atrevida ou sendo acanhada.. Tudo tu sabes!! Em mim não há segredos para ti.
Ninguém além de ti sabe o que eu sofri.

Hoje quando fecho os meus olhos, consigo sonhar novamente com tudo que antes eu achei que havia morrido.


Por um momento Ludie passa as mãos no rosto e enxuga as lágrimas.. Embarassed

Deste-me vida, deste-me amor, trouxeste-me de volta a vontade de ter uma família, de abraçar um filho, de querer estar com alguém por toda uma vida. Já lhe disse várias vezes, mas agora torno a falar-te para que nunca te esqueças que tu me trouxeste paz enquanto em mim só havia guerra, foste o meu último sopro de vida quando eu já ia desfalecer.
Tenho certeza do teu amor, em teus braços estou segura, os teus desejos para mim são uma ordem e eu, ohhhh sim , a mim tu tens de corpo, alma e espírito.
Sou tua companheira, tua amiga, teu amor, tua amante, tua lobinha Embarassed Embarassed ggrrrr....., teu SOL, sou o que quiseres, no lugar que quiseres e como quiseres.

Matheus com os olhos atentos a ouvir o que nunca ouviu em toda a sua vida, passa as mãos no rosto de Ludie e enxuga as suas lágrimas, em seguida começa a falar......

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1000faces



Joined: 14 Aug 2009
Posts: 543
Location: Portugal

PostPosted: 26 Apr 2010 12:06    Post subject: Reply with quote



Ouvindo as palavras das sua amada e sentindo alguma comoção na voz. Dom Matheus, respirou fundo, e olhando-a nos olhos disse-lhe:

Chegaste quando o céu se fechava e a escuridão me tolhia.
Mostraste-me o sol quando os outros me rodeavam de sombra.
Trouxeste-me o riso quando os meu lábios só cantavam a tristeza.
Acordaste-me quando a vida em mim adormecia.
Fizeste-me acreditar quando eu já nada queria deste mundo.
Numa palavra, deste-me aquilo que eu mais precisava: AMOR.


E abraçaram-se perante o olhar dos amigos.

Na alegria geral, Dom António, não resistiu em lançar mais uma das suas quadras:

Fale lá como falar
Seja mendigo ou doutor
Toda a gente quer amar
Todos vivem p'lo amor


O pequeno Joze bateu palmas e riu, e numa rima desajeitada, tentou seguir o exemplo do pai:

O amigo Dom Matheus
encontrou a sua amada
Agora só falto eu
arranjar uma namorada

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--Caio_o_lacaio
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Joined: 01 Jan 1970
Posts: 0

PostPosted: 14 May 2010 02:46    Post subject: Reply with quote



Caio o lacaio, adormecera no chão,por isso nem vê quando sua senhora deixa a praça de mãos dadas ao seu namorado.
Já acordado, senta-se e começa a escrevinhar uma canção dante ouvida em seus sonhos, lembrando pelas palavras da melodia, os erros cometidos por ele.

O mesmo erro

Enquanto me reviro em meus lençóis
E mais uma vez não consigo dormir
Saio porta fora e subo a calçada
Olho as estrelas sob os meus pés
Recordo os justos que eu tratei injustamente
Então aqui vou eu......

Não há nenhum lugar aonde eu possa ir
Minha mente está turva meu coração é pesado, não se nota?
Eu perco a trilha que me perde
Então aqui vou eu....

E eu mandei um homem à luta,
E ele voltou morto a noite
dizendo a mim: "você viu meu inimigo?"
e eu lhe disse: "Seu inimigo se parecia comigo!!"
Assim partiu-se meu coração.

Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando no topo da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu não quero cometer o mesmo erro outra vez...

E talvez um dia nós nos encontremos
e iremos conversar e não apenas falar,
Não acredite nas minhas promessas
Porque eu não as cumpro, eu não sei onde errei, faço tudo errado mesmo
e minha reflexão me incomoda, estou refletindo há algum tempo
e aqui vou eu......

Olho as estrelas...
Olho as estrelas, caindo
Eu desejo saber,
Onde foi que eu errei, eu já sei, errei quando pensei que poderia apenas falar a minha alegria aos outros.

Assim, Caio, não mais que um lacaio, dá-se conta de que deve ir para casa. A sua senhora já está a sentir sua falta, ela precisa dele. Quem sabe ela o ensine a como não errar, a como se calar e a sempre reconhecer o seu lugar. Caio tem um pai, mas ele está longe demais para lhe dar colo, não tem mãe que possa lhe ser amiga, teve a tristeza de não ter irmãos... Uma vez foi livre para ir em direção ao pai, fez uma escolha, e não quer perder a chance de ser feliz pela escolha que fez. Sua senhora vai ensiná-lo a não cometer os mesmos erros, embora ela própria, por vezes, não consiga deixar de cometê-los, vai ensinar a ele como se calar, assim quem sabe, ela também não aprende a segredar.

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--A_dose
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PostPosted: 14 May 2010 18:38    Post subject: Reply with quote

O amor chega a praça e observa de longe o movimentar do lacaio da dama Ludie. Sái atrás dele e escondido vê quando o lacaio entra em uma bela residência.
Em seguida pensa ele:

Será que seria de boa fé dar somente mais uma dose a esse criado?

Então vai ele se aproximando das janelas e lá de dentro vê uma mesa posta, muita comida e dois ruivos sentados jantando. O lacaio chega atordoado, e a dama logo lança-lhe um olhar e pergunta:

Onde estavas, me preocupaste, senta-te, vens comer.


Um homem ruivo pega nas mãos da dama e as beija suavemente.

Em seguida pensa o amor em como fazer esse criado não mais se atordoar, e, sem que ninguém perceba, lança-lhe mais uma dose de seu ardor. Com isso, ele espera que a senhora do lacaio, sentada na outra ponta da mesa, veja com bom olhos aquele que acabara de lançar a dose de bem querer.
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