Posted: 13 Mar 2010 15:58 Post subject: |
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Dama Ludie encontra-se com o querido Matheus e aproveita para contar-lhe um conto afim de saber se há como utilizá-lo na RAL.
Os dois param debaixo de uma árvores e Ludie descontraída e sem cerimônias, assenta-se e começa a contar: Em uma cidade muito longe daqui, lá pelos lados do norte, vivia um homem que era tecelão, ele fabricava roupas e calçados, mas a sua especialidade não eram somente as vestimentas, mas também BOLSAS ENCANTADAS. Essas bolsas tinham o poder de guardar tudo àquilo que nunca ninguém conseguia esconder. Um dia, uma moça muito conhecida naquela cidade procurou o tecelão a fim de contratar os seus serviços. Entristecida a jovem pediu-lhe que fizesse uma bolsa encantada, e pelo preço de ouro, ela pagou pelos serviços prestados. Aquele tecelão em todos os anos de labuta, nunca ousou perguntar qual seria a finalidade de cada bolsa que ele fez, mas para esse ele ficou curioso e resolveu perguntar. Ludie olha Matheus aos olhos e diz: Tenho a sensação de que conheces este conto. Matheus sorri e diz: Continue querida, conheço mas quero ouvir. Ludie recupera a memória de onde parou e continua: A moça muito acanhada disse-lhe que era para guardar o seu SOL. O tecelão sem entender e nem questionar, durante dois dias sem parar, teceu a bolsa e a entregou a jovem. Daquele dia em diante, não houve mais luz na vida da moça, haviam apenas sombras, e por vezes as pessoas ao seu redor podiam ouvir trovoadas e tempestades. Todos a olhavam pela rua e sem entender começaram a se afastar dela. E assim, ela foi vivendo dia após dia, debaixo de um grande temporal. Numa manhã não muito diferente das outras, chovendo sobre a sua cabeça, ela resolveu dar um passeio pela praça. Chegando lá, viu ao longe um homem sentado a escrever, com uma grande nuvem a trovejar sobre a sua cabeça.. ........ Ludie pára e percebe que esqueceu o resto do conto, sorrindo matreira diz ao seu querido amigo Matheus: Tu sabes o resto, tenho certeza que sabes. Ajuda me a lembrar?
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* Filha ÚNICA E LEGÍTIMA de Sao_malaquias, Satélite do papai. Paiiiii, dá-me colo!!! Amo meu pai para todo o sempre!!! ** O MEU PAI NÃO É O BOTO!!!** |
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1000faces
Joined: 14 Aug 2009 Posts: 543 Location: Portugal
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Posted: 20 Mar 2010 14:46 Post subject: |
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Dom Matheus sorriu, pensando conhecer a história. No entanto respondeu à Dama Ludie.
- Longe de mim interromper quem canta tão eloquentemente tais palavras. Minha amiga, por Jah, continue a narração da lenda.
A Dama Ludie fez-se rogada, tomando uma enorme pausa antes de se decidir a contar o resto. Foi então que a Dama Matilde, mulher do caseiro Dom António, e mãe do pequeno Joze, que escutava em siêncio, enquanto esperava ansiosamente o regresso do seu marido e filho, que haviam partido há algum tempo, atalhou com o seu modo directo.
- Os senhores deixem-se de salamaleques, que isso é bom é para os infiéis sarracenos. Um ou outro contem lá essa história que me parece ser bonita, e eu bem ando precisada de coisas assim, que trago o coração nas mãos agora que os meus homens andam por fora, Jah os mantenha a salvo!
_________________ Não é mais fácil responder às perguntas sobre os cargos para os quais foram eleitos, do que atacar as pessoas que mostram interesse em fazê-las?
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Andreya
Joined: 13 Feb 2010 Posts: 33
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Posted: 30 Mar 2010 20:13 Post subject: |
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Andreya ainda perdida em ver a cidade grande, pois nascera na roça.
Aiii que reiva, conta um ou conta o outro cadiquê eu to necessitada de saber o fim.
Voismice conta sinhô Milfaces, o sinhô deve de ser bom das lendas, essa o sinhô de de sabê o fim. E não pricisa voismice curá a cara e simbora logo home a tremina a históra.
Termina Nossosinhorjesuscristo!!!
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1000faces
Joined: 14 Aug 2009 Posts: 543 Location: Portugal
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Posted: 04 Apr 2010 01:05 Post subject: |
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Matheus viu que uma pequena multidão se havia formado para ouvir o resto da história. A Dama Ludie sorria matreira, como se tivesse acabado de o encurralar. Dona Matilde, agora abraçada ao seu filho Joze acabado de chegar de Alcobaça, quase saltava de entusiasmo. Havia mais algumas pessoas, como a Dama Andreya, que Matheus não se lembrava de ter visto antes.
- Pois bem, eu continuo, - disse ele para deleite dos presentes. E após uma curta pausa, começou:
"A moça chegou à praça da cidade, triste e cabisbaixa como sempre. Em tempos desejara encerrar o sol na sua bolsa encantada, para ficar longe das atenções, para que não se sentisse queimar por quem lhe queria mal. Mas agora, sentia que vivia numa eterna escuridão onde nada nem ninguém lhe dava calor, a confortava, ou lhe transmitia uma pontinha de alegria.
"Era como se o seu mundo fosse àparte do mundo dos outros. Eles riam, festejavam, viviam. Mas ela, mesmo que estivesse com eles, sofria, chorava, definhava. A todos perguntava "quem me ajuda a tirar o sol da minha bolsa?" Mas ninguém a entendia.
"Tinha-se resignado à sua condição. Achou-se condenada para sempre. O encantamento da bolsa era final. O seu sol perdera-se lá dentro. Deixou de questionar a sua sina, e vagueou apenas, sem destino.
"Então um dia, encontrou o tal homem, sentado a escrever na praça. Havia nele algo de diferente. Ela aproximou-se e percebeu que também ele parecia toldado pelas mesmas nuvens, vivendo na mesma escuridão que a atormentava. Isso deixou-a curiosa, quis saber que má fortuna era a dele, e o que tornara a sua alma tão sombria.
"Ao lado dele sentava-se um garoto. Uma pequena criança sobre o qual pairava uma luz lindíssima, a luz da inocência. A moça sentou-se pertinho, e admirou essa luzinha. O homem falava ao garoto de esperanças perdidas, de amores não vividos, de corações quebrados. E a pequenina luz da criança iluminou por momentos o rosto do homem sombrio. Vendo isto a moça teve uma ideia. E se a escuridão vem de dentro de nós? E se é a nossa inocência que a vence?
"Acreditou nisso e tentou abrir a sua bolsa com todas as suas forças. Mas não conseguiu. O seu sol ainda se recusava a sair. Uma lágrima rolou-lhe pelo rosto, chamando a atenção do homem a seu lado, que parou de escrever, parou de falar com a criança e a olhou surpreso.
"Sem palavras os dois sorriram um para o outro. Não sabiam porquê, não tinham razões para isso, e já nem sequer se lembravam como um sorriso era. E no entanto ali estava, no rosto de cada um deles, um sorriso sem fim, que teimava em manter-se como se as suas caras se tivessem petrificado naquele esgar de perfeita inocência.
"Perceberam então que as palavras às vezes não servem de nada. Perceberam que duas almas atormentadas pela mesma nuvem estão mais próximas do que imaginam. Perceberam que até no mais fundo peito, quando dois corações se tocam, nasce a luz.
"Sem reparar deram-se as mãos. E nesse toque mágico sentiram-se dizer um ao outro "é ajudando-te que me ajudo a mim". Essas mãos guiadas por algo inexplicável pousaram na bolsa encantada da moça.
"Quebrando o encantamento, a bolsa abriu-se pela primeira vez desde que fora fabricada, e lá de dentro, saiu a mais linda de todas as luzes. A luz da inspiração que ambos precisavam. A luz da inocência que ambos julgavam perdida. A luz a esperança que ambos haviam esquecido.
"Mão na mão, os dois enamorados olharam o sol como se fosse a primeira vez que nascia. O mundo acabara de ser refeito. O tempo acabara de nascer. O antes já não existia. Existia só o futuro que os dois iriam percorrer, de mãos dadas, e sempre com o seu sol por perto, iluminando-lhes os sorrisos."
_________________ Não é mais fácil responder às perguntas sobre os cargos para os quais foram eleitos, do que atacar as pessoas que mostram interesse em fazê-las?
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--Voz_de_anjo Guest
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Posted: 05 Apr 2010 12:33 Post subject: |
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Após ouvir toda a história contada pelos enamorados, um anjo que os seguia sentou-se perto deles e começou a entoar uma canção de amar.
Dedilhando a harpa, o ser alado soltou a sua voz suave e acolhedora a fim de se fazer ouvir o recado que estava a deixar para os presentes:
Bem lá no céu uma lua (Dama Ludie) existia Vivendo Só no seu mundo triste O Seu olhar sobre a terra lançou E veio procurando por amor
Então o mar (Dom Milfaces) frio e sem carinho Também cansou de ficar sozinho Sentiu na pele aquele brilho tocar E pela lua foi se apaixonar
Luz que banha a noite E faz o sol adormecer Mostra como eu amo você
O anjo canta olhando para Milfaces e Ludie:
Se a lenda desse amor Há muitos fará sorrir, a OUTROS fará chorar, O coração é quem sabe Se o amor tocou o mar Ele pode vos tocar Para dizer que a esperança não se acabe
O anjo canta olhando a multidão:
Se cada um faz a sua história A vossa pode ser feliz também Se um coração diz que sim à paixão Como pode o outro dizer não?
E assim, o anjo voa em direção à Caio, o lacaio da Dama Ludie, acena com a cabeça e diz:
Bom trabalho fizeste com a carta que enviaste ao Senhor Milfaces, com a tua ajuda, consegui fazer com que os dois se encontrassem e se amassem.
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Maria.ludie
Joined: 27 Dec 2008 Posts: 404 Location: Na estrada!!!! Pela AAP...
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Posted: 07 Apr 2010 20:46 Post subject: |
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Ao ver o anjo voar, Ludie olha para Milfaces e diz:
Em minha vida sempre sonhei em encontrar-me com alguém que me amasse e quisesse estar comigo na mesma intensidade que eu gostaria de estar com ele. Por um momento eu encontrei alguém, mas ao passar dos dias o sentimento se revelou em algo que fazia-me mais mal do que bem. Depois de um longo período debaixo de uma constante tempestade, no escuro, momento em que eu enfiei o meu SOL dentro da bolsa, REENCONTREI-ME contigo e tu ajudaste-me a retirar o sol e metê-lo novamente ao céu. Da minha vida conhecesses todos os caminhos, sabes os atalhos que tomei, onde fui parar, o que eu fiz nesses lugares.... Sabes as minhas máscaras, cada uma delas, eu sendo boa, ou sendo má, sendo sapeca ou sendo recatada, sendo atrevida ou sendo acanhada.. Tudo tu sabes!! Em mim não há segredos para ti. Ninguém além de ti sabe o que eu sofri.
Hoje quando fecho os meus olhos, consigo sonhar novamente com tudo que antes eu achei que havia morrido.
Por um momento Ludie passa as mãos no rosto e enxuga as lágrimas..
Deste-me vida, deste-me amor, trouxeste-me de volta a vontade de ter uma família, de abraçar um filho, de querer estar com alguém por toda uma vida. Já lhe disse várias vezes, mas agora torno a falar-te para que nunca te esqueças que tu me trouxeste paz enquanto em mim só havia guerra, foste o meu último sopro de vida quando eu já ia desfalecer. Tenho certeza do teu amor, em teus braços estou segura, os teus desejos para mim são uma ordem e eu, ohhhh sim , a mim tu tens de corpo, alma e espírito. Sou tua companheira, tua amiga, teu amor, tua amante, tua lobinha ggrrrr....., teu SOL, sou o que quiseres, no lugar que quiseres e como quiseres.
Matheus com os olhos atentos a ouvir o que nunca ouviu em toda a sua vida, passa as mãos no rosto de Ludie e enxuga as suas lágrimas, em seguida começa a falar......
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* Filha ÚNICA E LEGÍTIMA de Sao_malaquias, Satélite do papai. Paiiiii, dá-me colo!!! Amo meu pai para todo o sempre!!! ** O MEU PAI NÃO É O BOTO!!!** |
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1000faces
Joined: 14 Aug 2009 Posts: 543 Location: Portugal
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--Caio_o_lacaio PNJ
Joined: 01 Jan 1970 Posts: 0
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Posted: 14 May 2010 02:46 Post subject: |
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Caio o lacaio, adormecera no chão,por isso nem vê quando sua senhora deixa a praça de mãos dadas ao seu namorado. Já acordado, senta-se e começa a escrevinhar uma canção dante ouvida em seus sonhos, lembrando pelas palavras da melodia, os erros cometidos por ele.
O mesmo erro
Enquanto me reviro em meus lençóis E mais uma vez não consigo dormir Saio porta fora e subo a calçada Olho as estrelas sob os meus pés Recordo os justos que eu tratei injustamente Então aqui vou eu......
Não há nenhum lugar aonde eu possa ir Minha mente está turva meu coração é pesado, não se nota? Eu perco a trilha que me perde Então aqui vou eu....
E eu mandei um homem à luta, E ele voltou morto a noite dizendo a mim: "você viu meu inimigo?" e eu lhe disse: "Seu inimigo se parecia comigo!!" Assim partiu-se meu coração.
Não estou pedindo uma segunda chance, Eu estou gritando no topo da minha voz Me dê razão, mas não me dê escolha, Porque eu não quero cometer o mesmo erro outra vez...
E talvez um dia nós nos encontremos e iremos conversar e não apenas falar, Não acredite nas minhas promessas Porque eu não as cumpro, eu não sei onde errei, faço tudo errado mesmo e minha reflexão me incomoda, estou refletindo há algum tempo e aqui vou eu......
Olho as estrelas... Olho as estrelas, caindo Eu desejo saber, Onde foi que eu errei, eu já sei, errei quando pensei que poderia apenas falar a minha alegria aos outros.
Assim, Caio, não mais que um lacaio, dá-se conta de que deve ir para casa. A sua senhora já está a sentir sua falta, ela precisa dele. Quem sabe ela o ensine a como não errar, a como se calar e a sempre reconhecer o seu lugar. Caio tem um pai, mas ele está longe demais para lhe dar colo, não tem mãe que possa lhe ser amiga, teve a tristeza de não ter irmãos... Uma vez foi livre para ir em direção ao pai, fez uma escolha, e não quer perder a chance de ser feliz pela escolha que fez. Sua senhora vai ensiná-lo a não cometer os mesmos erros, embora ela própria, por vezes, não consiga deixar de cometê-los, vai ensinar a ele como se calar, assim quem sabe, ela também não aprende a segredar.
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--A_dose Guest
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Posted: 14 May 2010 18:38 Post subject: |
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O amor chega a praça e observa de longe o movimentar do lacaio da dama Ludie. Sái atrás dele e escondido vê quando o lacaio entra em uma bela residência. Em seguida pensa ele:
Será que seria de boa fé dar somente mais uma dose a esse criado?
Então vai ele se aproximando das janelas e lá de dentro vê uma mesa posta, muita comida e dois ruivos sentados jantando. O lacaio chega atordoado, e a dama logo lança-lhe um olhar e pergunta:
Onde estavas, me preocupaste, senta-te, vens comer.
Um homem ruivo pega nas mãos da dama e as beija suavemente.
Em seguida pensa o amor em como fazer esse criado não mais se atordoar, e, sem que ninguém perceba, lança-lhe mais uma dose de seu ardor. Com isso, ele espera que a senhora do lacaio, sentada na outra ponta da mesa, veja com bom olhos aquele que acabara de lançar a dose de bem querer. |
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